segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Hoje na História do Mundo: 25 de Novembro

PEÇA FAZ 72 ANOS EM CARTAZ

    Em 1952, a peça A Ratoeira, da escritora e dramaturga inglesa Agatha Christie de histórias policiais e de mistério, estreia no Ambassadors Theatre, em Londres, para se tornar o espetáculo teatral que fica mais tempo em cartaz continuamente, com mais de 25 mil apresentações.

Depois de 9 mil apresentações, em 1974, A Ratoeira passa para o Saint Martin's Theatre, onde fica em cartaz até março de 2020, quando é suspensa por causa do confinamento para combater a doença do coronavírus de 2019 (covid-19). 

Com a queda no contágio e nos casos graves, volta a ser encenada e está em cartaz no Saint Martin's Theatre. 

JFK ENTERRADO COMO HERÓI

    Em 1963, três dias depois do assassinato, o presidente John Fitzgerald Kennedy é enterrado como herói no Cemitário Nacional de Arlington, na Virgínia.

A cerimônia transmitida ao vivo para o mundo revela o caráter ritual da televisão, com a viúva Jacqueline Kennedy, os filhos pequenos, os irmãos Robert e Edward Kennedy e líderes mundiais como o presidente francês, Charles de Gaulle, acompanhando o cortejo fúnebre.

Kennedy é o 35º presidente dos Estados Unidos, o mais jovem e o primeiro católico (Biden é o segundo). Morre ao desfilar em carro aberto em Dallas, no Texas. As investigações oficiais concluem que o atirador Lee Harvey Oswald, preso pouco depois, agiu sozinho.

Dois dias depois do assassinato, Oswald é morto por Jack Ruby, um dono de boate em Dallas supostamente ligado à máfia, o que alimenta o mistério e as teorias conspiratórias sobre a morte de um dos mais carismáticos presidentes da história dos EUA, um ícone da era da televisão e dos anos 1960.

MORTE DE MISHIMA

    Em 1970, o escritor ultranacionalista japonês Yukio Mishima se mata com um seppuku, o suicídio ritual dos samurais, diante da falta de apoio a suas ideias extremistas e golpistas.

Mishima, nascido em 1925, tem uma obsessão contra a falta de espiritualidade da vida contemporânea. Preferia o Japão imperial de antes da Segunda Guerra Mundial (1939-45), com suas tradições e um patriotismo austero, ao materialismo do Japão ocidentalizado do pós-guerra.

Para defender seus valores, funda a Sociedade Escudo, um exército privado com 100 homens para defender o imperador de um possível levante esquerdista.

Em 25 de novembro, Mishima lança o último dos quatro volumes de O Mar da Fertilidade, um épico sobre a vida do Japão no século 20, talvez sua maior obra. Com um grupo de seguidores, ele vai até um quartel e toma o escritório do comandante.

Em seguida, faz um discurso diante de mil soldados e os exorta a derrubar a Constituição imposta durante a ocupação do país pelos Estados Unidos. Diante da indiferença dos militares, comete suicídio.

ESCÂNDALO IRÃ-CONTRAS

    Em 1986, três semanas depois de um jornal libanês revelar que os Estados Unidos estã0 vendendo armas secretamente para a República Islâmica do Irã durante a Guerra Irã-Iraque (1980-88), o procurador-geral e ministro da Justiça, Edwin Meese, admite que o dinheiro recebido está sendo desviado para os rebeldes contrarrevolucionários que lutam contra a Revolução Sandinista na Nicarágua, os contras.

A venda de armas ao Irã choca a opinião pública. Afinal, o presidente Ronald Reagan sempre declara publicamente que não negocia com terroristas. Os EUA consideram o regime fundamentalista xiita iraniano terrorista, especialmente a partir da ocupação por 444 dias a partir de 4 de novembro de 1979 da Embaixada Americana em Teerã, e a venda de armas ao país está proibida.

Desde 1982, também está proibida a ajuda federal "com o propósito de derrubar o governo da Nicarágua".

Diante da notícia, Reagan demite o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, vice-almirante John Poindexter, e o coronel Oliver North (foto), o operador do esquema. O procurador especial Lawrence Walsh é nomeado para investigar o escândalo.

O inquérito conclui que nem Reagan nem o vice-presidente George Bush violou a lei. Em 24 de dezembro de 1992, depois de perder a reeleição para Bill Clinton, Bush dá o indulto presidencial a seis acusados, entre eles o ex-secretário da Defesa Caspar Weinberger.

MORTE DE MARADONA

    Em 2020, morre em Tigre, na Grande Buenos, Diego Maradona, um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos, que leva a Argentina à vitória na Copa do Mundo de 1986.


Diego Armando Maradona Franco nasce pobre numa família de origem galega em Lanús, na Grande Buenos Aires, em 30 de outubro de 1960. É criado na Villa Fiorito, uma favela do sul de Buenos Aires. Desde criança, mostra grande talento para o futebol. Aos 8 anos, entra para o clube Los Cebollitas, que vence 136 partidas consecutivamente e um campeonato nacional.

Aos 14 anos, começa a jogar profissionalmente pelo Argentinos Juniors. Em 1976, estreia no Campeonato Argentino da 1ª Divisão 10 dias antes de completar 16 anos. Quatro meses depois, estreia na seleção argentina, mas não é convocado para a Copa de 1978, vencida pela Argentina por desavença com o técnico César Menotti.

Em 1981, Maradona vai para o Boca Juniors, o clube mais popular da Argentina, e ganha o campeonato nacional. É vendido em 1982 para o Barcelona, onde vence a Copa da Espanha em 1983. No ano seguinte, vai para o Napoli, da Itália.

Seu maior sucesso é a vitória na Copa do Mundo de 1986, quando marca um gol com a mão contra a Inglaterra na quarta-de-final vencida pela Argentina por 2-1 e declara que foi a "mão de Deus". O segundo é um dos gols mais bonitos da história das Copas. Maradona pega a bola no meio do campo e passa por toda a defesa até marcar. Quando se quer avaliar o caráter de um argentino, a pergunta é: qual dos dois gols de Maradona contra a Inglaterra na Copa de 1986 você gostou mais?

Na Copa de 1990, a Argentina começa mal. Perde na estreia para Camarões, mas se recupera. Fica em terceiro lugar no seu grupo e vence o Brasil nas oitavas-de-final por 1-0 com gol de Claudio Caniggia finalizando grande jogada de Maradona. Chega à final e perde para a Alemanha por 1-0.

Pelo Napoli, Maradona ganha dois campeonatos italianos, uma Copa da Itália e uma Copa da UEFA (União Europeia de Futebol Associativo). Sua carreira na Itália termina quando ele é suspenso por um ano e três meses pela FIFA, em 6 de abril 1991, por um teste positivo de cocaína após um jogo contra o Bari em 17 de março.

De volta à Argentina, Maradona é preso em Buenos Aires por posse de cocaína. Atribui a prisão ao então presidente Carlos Menem (1989-99), interessado em abafar escândalos de corrupção de seu governo. O craque paga fiança e vai se tratar em Cuba.

Com o fim da suspensão imposta pela FIFA, vai para a Espanha, onde joga pelo Sevilla (1992-93). De novo na Argentina, atua pelo Newell's Old Boys (1993-94) e pelo Boca Juniors (1995-97), onde encerra a carreira depois de fazer 345 em 680 jogos, média de 0,5 por jogo, bem abaixo de Pelé (0,85), com quem os argentinos gostam de compará-lo. Talvez a melhor comparação seja com Garrincha, nosso anjo caído, que ganhou a Copa de 1962 para o Brasil e teve problemas com alcoolismo.

Dieguito também é treinador, inclusive da seleção da Argentina na Copa de 2010, eliminada ao perder de 4-0 para a Alemanha nas quartas-de-final, mas cumprimenta todos os seus jogadores no fim do jogo, ao contrário do técnico brasileiro Dunga, que xinga seu time durante a derrota por 2-1 para a Holanda, quando um gol basta levar o jogo a prorrogação e pênaltis.

De agosto a novembro de 2005, Maradona apresenta um programa de televisão, La Noche del 10. O primeiro convidado é Pelé. Os dois fazem embaixadinhas trocando a bola de cabeça e ele deixa a bola cair.

Maradona morre de insuficiência cardíaca aguda, congestiva e crônica que causa um edema de pulmão atribuída aos vícios de cocaína e álcool. Oito profissionais de saúde que o atendem estão sendo processados por homicídio e supostos erros cometidos no tratamento.

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