sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Hoje na História do Mundo: 1º de Novembro

 TETO DA CAPELA SISTINA

    Em 1512, a Capela Sistina, no Vaticano, é aberta ao público pela primeira vez com o teto pintado por Michelangelo Buonarrotti, um dos maiores artistas do Renascimento.

Michelangelo nasce em Caprese em 6 de março de 1475 e cresce em Florença, um dos berços do Renascimento. Aos 13 anos, torna-se um artista aprendiz. Por seu talento, recebe a proteção de Lorenzo de Medici, o governante da cidade-estado italiana.

Depois de criar algumas das esculturas mais famosas da história, a Pietà (1498) e o David (1504), vai para Roma em 1508 para pintar o teto da Capela Sistina. Ele trabalha até a morte, aos 88 anos, em 1564.

TERREMOTO DE LISBOA

    Em 1755, três tremores de terra, o mais forte de 8 a 9 pontos na escala aberta de Richter, seguidos de um maremoto com ondas de 6 metros, arrasa a capital, onde vivem 10% dos 3 milhões de portugueses, e o litoral sul de Portugal, matando de 10 a 90 mil pessoas.

O Terremoto de Lisboa é tema de reflexão de grandes filósofos do Iluminismo como o francês Voltaire, que observa: "Se Deus é misericordioso, não é todo-poderoso; se é todo-poderoso, não é misericordioso."

A cidade é reconstruída sob a orientação do Marquês de Pombal, talvez o primeiro-ministro mais poderoso de Portugal, um déspota iluminado que expulsa os jesuítas do reino.

PRESIDENTE NA CASA BRANCA

    Em 1800, o segundo presidente dos Estados Unidos, John Adams, se muda para a Casa Branca, em Washington, construída para ser a sede do governo na nova capital do país a um custo de US$ 232 mil.

A pedra fundamental é lançada pelo presidente George Washington em 13 de outubro de 1792. A Casa Branca é queimada pelos britânicos em agosto de 1814 durante a Guerra de 1812, quando o Reino Unido tenta acabar com a independência dos EUA. Em 1817, o presidente James Madison volta a morar lá.

Hoje, depois de muitas reformas, a Casa Branca tem seis andares e 142 peças.

BOMBA DE HIDROGÊNIO

    Em 1952, durante a Guerra Fria, os Estados Unidos explodem no atol de Eniwetok, nas Ilhas Marshall, no Oceano Pacífico, a primeira bomba atômica de hidrogênio, Ivy Mike, reproduzindo a reação que produz a energia e a luz do sol e das estrelas, com efeitos devastadores para dar uma superioridade temporária ao país na corrida armamentista depois da explosão da primeira bomba nuclear da União Soviética, em 29 de agosto de 1949.


A primeira bomba H tem o poder de destruição de 10,4 megatons (milhões de toneladas de dinamite). 

Mil vezes mais poderosa do que as bombas atômicas de urânio e plutônio, que usa como detonador, a bomba H teve a oposição de Robert Oppenheimer, o pai da bomba nuclear dos EUA.

Uma bomba de urânio de 15 kilotons (15 mil toneladas de dinamite) é jogada em Hiroxima, em 6 de agosto de 1945, e uma bomba de plutônio de 20 quilotons três dias depois em  Nagasáki, no Japão, no fim da Segunda Guerra Mundial.

Em 12 de agosto de 1953, a URSS explode sua bomba H elevando a corrida armamentista a um novo patamar. O físico Andrei Sakharov, que depois de tornou um dissidente do regime comunista e ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 1975, é o pai da bomba H soviética.

A maior explosão nuclear até hoje é um teste soviético em 23 de outubro de 1961 com uma bomba H. a Bomba Czar, de 58 megatons. 

A fusão de átomos de hidrogênio pesado (deutério) e mais que pesado (trítio), liberando a energia equivalente à massa de um nêutron, gera a energia do sol e das estrelas. Nunca foi controlada. Exige uma temperatura de 100 mil graus.

Com o aquecimento global, aumentam as pesquisas para ver se é possível usar a fusão a frio como uma fonte de energia segura. Até agora, é impossível. A 100 mil graus, tudo derrete.

NASCE A UNIÃO EUROPEIA

    Em 1993, depois de um atraso por causa da rejeição em plebiscito na Dinamarca, entra em vigor o Tratado de Maastricht, concluído em dezembro de 1991, para criar a União das Comunidades Europeias, fortalecer o Parlamento Europeu, criar o Banco Central da Europa (BCE) e a política externa e de segurança comum.

A integração europeia começa em 9 de maio de 1950 com o lançamento do Plano Schuman, batizado com o nome do ministro das Relações Exteriores da França, Robert Schuman, para consolidar a paz no continente, especialmente entre a Alemanha e a França, cujo conflito histórico estava na origem das duas guerras mundiais. 

Em 1951, surge a Comissão Europeia do Carvão e do Aço para garantir o controle da produção de dois componentes básicos da indústria bélica.

A Comunidade Econômica Europeia é criada pelo Tratado de Roma, em 1957, e instalada em 1958 com seis países: Alemanha Ocidental, Bélgica, França, Holanda, Itália e Luxemburgo. A Dinamarca, a Irlanda e o Reino Unido entram em 1973.

A Grécia, a Espanha e Portugal se associam nos 1980, depois de se democratizar. Quando é assinado o Tratado de Maastricht, são 12 países-membros. Com o fim da Guerra Fria, a Áustria, a Finlândia e a Suécia, países neutros, aderem em 1995.

Sua maior expansão acontece em 2004, depois das revoluções democráticas de 1989 nos países comunistas da Europa Oriental e da dissolução da União Soviética, em 1991: Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia e República Tcheca.

A Bulgária e a Romênia entram em 2007 e a Croácia em 2013. Até hoje, só um país deixou o bloco, o Reino Unido, em 31 de janeiro de 2020, depois de um plebiscito realizado em 23 de junho de 2016. 

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