VASCO DA GAMA CHEGA À ÍNDIA
Em 1498, o navegador português Vasco da Gama chega a Calicute, tornando-se o primeiro europeu a chegar à Índia pelos oceanos Atlântico e Índico, contornando a costa da África.
Em Calicute, Vasco da Gama enfrenta a hostilidade de mercadores muçulmanos e tem de lutar para voltar a Portugal, onde chega em setembro de 1499. Ele volta à Índia em 1502 para vingar um massacre de portugueses. Em 1524, é enviado como vice-rei da Índia, onde contrai malária e morre na cidade de Cochim, em 24 de dezembro de 1524.
MORTE DE COLOMBO
Em 1506, o navegador genovês Cristóvão Colombo, primeiro europeu a explorar a América desde que os vikings estabeleceram colônias na Groenlândia e no Canadá, no século 10, morre em Valladolid, na Espanha, sem saber que descobrira um novo continente. Ele acredita ter chegado às Índias.
Depois de ser rejeitado uma vez pelo rei Dom João II, de Portugal, e duas vezes pelos reis da Espanha, Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela, na terceira tentativa, os reis católicos, fortalecidos pela conquista de Granada e a expulsão dos mouros da Península Ibérica em 2 de janeiro de 1492, decidem bancar a viagem.
Em 3 de agosto do mesmo ano, Colombo sai de Palos com três pequenos, Santa Maria, Pinta e Niña, e chega à América em 12 de outubro, provavelmente a uma das ilhas Bahamas. No mês seguinte, vai a Cuba. Em dezembro funda uma pequena colônia na ilha de Hispaniola, hoje dividida entre Haiti e República Dominica.
Ao todo, Colombo faz quatro viagens à América sem se dar conta de que não estava na Ásia. Em 1507, um ano após sua morte, é publicado o primeiro mapa múndi, incluindo o novo continente, batizado como América em homenagem ao navegador florentino Américo Vespúcio, que a chamara de Novo Mundo.
LEI DE TERRAS
Em 1862, o presidente Abraham Lincoln sanciona a Lei de Propriedade Rural dos Estados Unidos, que garante a propriedade de até 160 acres (64 hectares) de terras pública sem qualquer ônus para quem vive na terra e a cultiva por pelo menos 5 anos.
Assim, o acesso à terra nos EUA se dá através da posse. No Brasil, em contraste, a lei de terras é de 1850 e estabelece como princípio de acesso à terra a propriedade. Desta maneira, os grandes fazendeiros compram terras para seus descendentes, enquanto a maioria não tem acesso à terra e trabalha como agregado às grandes propriedades.
TRÍPLICE ALIANÇA
Em 1882, a Alemanha, a Áustria-Hungria e a Itália formam a Tríplice Aliança, um acordo militar defensivo para se proteger de ataques de outras potências europeias. Com o início da Primeira Guerra Mundial (1914-18), a Itália deixa a aliança em 1915 sob a alegação de que é só para defesa.
A Alemanha e a Áustria-Hungria são estreitamente ligadas desde 1879. A Itália busca apoio contra a França, inimiga histórica da Alemanha, que se unifica depois da Guerra Franco-Prussiana (1870-71).
O principal responsável pela Tríplice Aliança é o chanceler (primeiro-ministro) alemão, Otto von Bismarck, o Marechal de Ferro, interessado em preservar o status quo na Europa para evitar que a França tente reconquistar a Alsácia e a Lorena.
Como a Primeira Guerra Mundial começa com uma declaração de guerra da Áustria-Hungria à Sérvia em 28 de julho de 1914, um mês depois do assassinato do herdeiro do trono austro-húngaro em Sarajevo, na Bósnia, a Itália inicialmente não entra na guerra sob a alegação de que a Áustria é agressora.
Em 1915, abandona a Tríplice Aliança e entra na guerra ao lado da Tríplice Entente (Reino Unido, França e Rússia), formada em 1907.
No fim da guerra, com a derrota da Tríplice Aliança, desaparecem os impérios Alemão, Austro-Húngaro e Otomano (turcos), que adere às potências centrais. Também desaparece o Império Russo, que perde a guerra para a Alemanha antes da derrota final alemã em 11 de novembro de 1918.
PRIMEIRO VOO TRANSATLÂNTICO
Em 1926, o aviador norte-americano Charles Lindbergh parte para o primeiro voo sem parar atrás do Oceano Atlântico. Vai de Nova York a Paris no avião monomotor Espírito de São Luís em 33 horas e meia.
O jovem Lindbergh deixa a Universidade de Wisconsin em Madison no segundo ano para se dedicar à aviação. Entra para uma escola em Lincoln, em Nebraska, e compra um avião Jenny da Primeira Guerra Mundial para viajar pelo Sul e o Meio-Oeste dos EUA.
Depois de ficar um ano numa escola de pilotos do Exército, Lindbergh vai ser piloto do correio aéreo. Em 1926, faz a rota de São Luís, no Missouri, a Chicago, em Illinois. Aí surge a ideia de concorrer ao Prêmio Orteig, de US$ 25 mil, oferecido a quem primeiro cruzar o Atlântico sem parar.
De 10 a 12 de maio de 1926, LIndbergh leva o Espírito de São Luís de São Diego para Nova York com escala em São Luís.
Depois de dias de atraso por causa do meu tempo, ele decola do Campo Roosevelt, em Long Island, ao lado de Nova York, às 7h52 de 20 de maio. Pouco antes do anoitecer, sobrevoa a Terra Nova, no Canadá, e se aventura em mar aberto. Chega ao aeroporto de Le Bourget, perto de Paris, 33 horas e meia e 5,8 mil km depois, às 22h21 de 21 de maio.
A vida do herói é tumultuosa. Em março de 1932, Charles Augustus Jr., filho de Charles e Anne Lindbergh, é sequestrado e encontrado morto.
O casal sai dos EUA e vai para a Europa em dezembro de 1935, primeiro para a Inglaterra e depois para a Alemanha, onde Lindbergh claramente flerta com as ideias de supremacia racial do nazismo, que via como única força capaz de conter o comunismo da União Soviética, a maior ameaça em sua opinião.
De volta aos EUA, Lindbergh defende a neutralidade dos EUA na Segunda Guerra Mundial (1939-45) e trava em debate com o presidente Franklin Roosevelt em 1941, quando a intervenção militar norte-americana parece inevitável antes do ataque japonês a Pearl Harbor em 7 de dezembro de 1941. Lindbergh tem um comício do grupo América Primeiro (o mesmo slogan de Donald Trump) em dezembro, que é cancelado.
Durante a guerra, Lindbergh é enviado para a Guerra no Pacífico em abril de 1944 e participa de 50 mísseis de combate como tripulante que arma e dispara bombas e tiros de artilharia. Mas ele era acima de tudo um técnico. Reduziu o consumo de combustível dos aviões P-38, aumentando a autonomia de voo e o alcance dos ataques.
Depois da guerra, o casal levou uma vida tranquila em Connecticut e no Havaí, onde Charles Lindbergh morre em 26 de agosto de 1974 aos 72 anos.
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