Pela primeira vez um presidente ou ex-presidente dos Estados Unidos é condenado criminalmente. Por unanimidade, um tribunal do júri do Distrito de Manhattan, em Nova York, considerou o ex-presidente Donald Trump culpado de todas as 34 acusações do processo.
Trump falsificou documentos de suas empresas para justificar um pagamento de US$ 130 mil para comprar o silêncio da atriz pornô Stormy Daniels, com quem teve um caso, durante a campanha eleitoral de 2016. Além de fraudar os documentos, deveria declarar o pagamento como despesa de campanha.
O juiz vai proferir a sentença em 11 de julho. Como não foi crime violento, é improvável que Trump vá para a cadeia. Fica a mancha histórica. Seus advogados vão recorrer, mas como é decisão de tribunal do júri a tendência é que seja mantida.
Trump venceu as eleições primárias do Partido Republicano e será candidato à Casa Branca pela terceira vez consecutiva. Como a Constituição dos EUA, de 1787, não considerou a possibilidade de um condenado concorrer à Presidência, mesmo preso, em tese, Trump pode ser presidente. Seria uma desmoralização internacional para os EUA.
A candidatura Trump abala os pilares da democracia nos EUA. Seus eleitores fanáticos não vão mudar de ideia. "Virou um culto. Só nos EUA isso é possível", comentou na TV norte-americana CNN Bob Woodward, um dos jornalistas que descobriram o Esc ˆândalo de Watergate, que derrubou o presidente Richard Nixon em 1974.
Talvez condenação mude o voto de eleitores independentes, que não votam sempre no mesmo partido.
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