quarta-feira, 15 de maio de 2024

Hoje na História do Mundo: 15 de Maio

CAMUNDONGO MICKEY

    Em 1928, com a avant-première de Plane Crazy, Walt Disney lança o primeiro filme do Camundongo Mickey.

Plane Crazy é um desenho animado de curta metragem originalmente mudo que apresenta ao público Mickey e sua namorada Minnie. É um teste para ver a reação da plateia a um filme de animação. Um executivo da Metro-Goldwin-Mayer viu o filme, mas não conseguiu distribuir.

No mesmo ano, os estúdios Disney lançaram o primeiro filme sonoro com Mickey, Steamboat Willie. Plane Crazy é relançado em 17 de março de 1929 como o quarto filme do Mickey.

GUERRA DA INDEPENDÊNCIA DE ISRAEL

    Em 1948, os países vizinhos árabes rejeitam a fundação de Israel e atacam o novo países. Os exércitos do Egito, da Síria, da Jordânia, do Líbano, do Iraque e da Arábia Saudita convergem e invadem em três frentes e pequena faixa de terra que é o Estado de Israel.

O conflito começa em 30 de novembro, um dia depois que as Nações Unidas aprovam a Resolução 181, que divide o território histórico da Palestina num país árabe e outro judeu. Até a fundação oficial de Israel se chama a Guerra Civil da Palestina Mandatária.

No fim da Primeira Guerra Mundial (1914-18), os impérios Britânico e Francês recebem mandatos da Liga das Nações para administrar territórios do extinto Império Otomano, inclusive a Palestina, onde o Reino Unido havia prometido criar uma pátria para o povo judeu.

A guerra acontece principalmente no território histórico da Palestina e também no Líbano e na Península do Sinai, parte do Egito. Termina com a vitória de Israel, que conquista 50% do território que seria destinado ao país árabe, e um armistício, em 10 de março de 1949. Na realidade, não acabou até hoje. A Jordânia ocupa a Cisjordânia e o Egito, a Faixa de Gaza.

Do lado de Israel, morrem 6.373 pessoas. Entre os árabes, as estimativas vão de 6,7 a 20 mil contando militares e civis.

RETIRADA SOVIÉTICA

    Em 1988, na era das reformas do líder Mikhail Gorbachev, começa a saída das forças da União Soviética do Afeganistão, invadido mais de oito anos antes, no Natal de 1979, para Moscou impor seus favoritos no regime comunista afegão.

Antes da invasão, há uma revolta incipiente da população muçulmana, que não aceita o comunismo. Disso se aproveitam os Estados Unidos, a Arábia Saudita, a China e o Paquistão, decididos a fazer do Afeganistão o Vietnã da URSS.

Com armas como os mísseis antiaéreos Stinger, enviados pelos EUA, os mujahedin conseguem derrotar o invasor, que nunca assume o controle do interior do país. Cerca de 15 mil soldados soviéticos morrem no Afeganistão, menos do que a Rússia perdeu em 80 dias de invasão da Ucrânia.

Também em 1988, os chamados árabes afegãos, liderados pelo saudita Ossama ben Laden, fundam a rede terrorista Al Caeda (A Base), que ataca os EUA em 11 de setembro de 2001, levando as guerras do Oriente Médio para o território norte-americano.

A rebelião muçulmana derruba em 1992 o ditador Mohamed Najibullah, entronizado pela URSS. O Afeganistão vive um período de anarquia até que a Milícia dos Estudantes (Talebã), criada em 1994 com o apoio do serviço secreto militar do Paquistão, assume o poder em Cabul (nunca controla todo o país) em 1996.

Depois dos atentados de 11 de setembro, os EUA invadem o Afeganistão, derrubam o regime dos talebã e chegam a cercar a liderança da Caeda na Batalha de Tora Bora, em dezembro de 2001, mas Ben Laden consegue fugir para o Paquistão, onde é morto por uma operação de comandos de elite da Marinha dos EUA em 2 de maio de 2011.

Com a retirada das forças internacionais e o fim da guerra, a mais longa da história dos EUA, em 30 de agosto de 2021, os Talebã retomam o poder no Afeganistão e, ao contrário das promessas, voltam a reprimir as mulheres, proibidas de estudar, trabalhar, viajar sem um parente e obrigadas a cobrir o rosto ao sair à rua.

PRIMEIRA-MINISTRA DA FRANÇA

    Em 1991, o presidente socialista François Mitterrand (1981-95) nomeia Édith Cresson como a primeira mulher a chefiar o governo da França, mas a primeira-ministra cai em menos de um ano por causa do desemprego em massa e da queda do apoio dentro do Partido Socialista.

Édith Campion nasce em 27 de janeiro de 1934 em Bologne-Billancourt, perto de Paris. Filha de um funcionário público, ela faz doutorado em demografia na Escola Superior de Estudos Comerciais. Em 1959, casa com Jacques Cresson. 

Ela entra para o Partido Socialista (PS) em 1965 e trabalha na fracassada campanha presidencial de Mitterrand naquele ano. Concorre a uma cadeira na Assembleia Nacional e perde em 1975, mas se torna deputada do Parlamento Europeu em 1979. É eleita prefeita duas vezes, em Thuré (1977) e Châtelleroult (1983).

Depois da eleição de Mitterrand, em 1981, Cresson é ministra várias vezes, da Agricultura, do Turismo e Comércio Exterior, e da Europa antes de se tornar primeira-ministra. Com a demissão do primeiro-ministro Michel Rocard, o presidente a nomeia para o cargo.

O governo Cresson é um dos mais curtos da 5ª República Francesa. Impopular, ela cai em 2 de abril de 1992. Na luta contra o predomínio no mercado de produtos do Japão, ela dá uma tirada racista ai chamar os japoneses de "formigas amarelas que querem dominar o mundo". Ao comentar a vida sexual dos britânicos, declarou que "a homossexualidade me parece estranha. É diferente e marginal. Existe mais na tradição anglo-saxã do que na latina."

Em 1995, no fim de seu governo, Mitterrand a indicou para comissária de Ciência, Pesquisa e Educação da União Europeia. A Comissão Europeia renuncia coletivamente em 1999 num escândalo de fraude e corrupção. Cresson é condenada em 2006 por favoritismo e má administração, mas não é punida.

Hoje ela faz parte do Conselho das Mulheres Líderes Mundiais.

A segunda primeira-ministra da França é Élisabeth Borne (2022-24), que cai em janeiro de 2024.

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