quinta-feira, 9 de maio de 2024

Hoje na História do Mundo: 9 de Maio

QUARTA VIAGEM À AMÉRICA

    Em 1502, Cristóvão Colombo, parte de Cádiz, na Espanha, para sua quarta viagem à América, o continente que descobriu para os europeus pensando haver chegado à Índia.

Colombo nasce em Gênova, na Itália, que na época não era unificada, em 1451. Ele apresenta o projeto de chegar a Ásia navegando rumo ao oeste a Portugal, que rejeita, porque está tentando chegar dando a volta pelo Sul da África. 

Depois de convencer os reis católicos da Espanha, Fernando de Aragão e Isabel de Castela, Colombo parte de Palos com três caravelas – Santa Maria, Pinta e Niña – em 3 de agosto de 1942 e chega a Guanahani, que batiza como São Salvador, hoje parte das Bahamas, em 12 de outubro. Também foi a Cuba e a Hispaniola, a ilha hoje dividida entre Haiti e República Dominicana, antes de voltar à Espanha.

Na segunda viagem (1493-96), com 3 naus e 14 caravelas, Colombo vai às Antilhas, à Martinica, a Porto Rico e depois a Hispaniola, onde os índios haviam destruído a colônia instalada na primeira viagem. Funda São Domingos, a primeira povoação europeia na América, hoje capital da República Dominica. Também vai à Jamaica.

Na terceira viagem (1498-1500), com 6 naus, chega a Trinidad e ao Delta do Rio Orinoco, hoje parte da Venezuela.

Na quarta viagem (1502-4), com quatro naus, Colombo busca encontrar uma passagem para o Oriente. Vai ao que hoje é a América Central, a Honduras, Nicarágua, Costa Rica e Panamá. Ao voltar a Hispaniola, com as naus em péssimo estado, é obrigado a voltar à Espanha.

FDA APROVA PÍLULA

    Em 1960, a agência de Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA), órgão regulador dos Estados Unidos, aprova a primeira pílula anticoncepcional comercial, Enovid-10, deflagrando a revolução sexual ao liberar a mulher do risco de uma gravidez indesejada.

O desenvolvimento da pílula foi feito pelo bioquímico Gregory Pincus, da Fundação Worcester para Biologia Experimental, e o ginecologista John Rock, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, a partir do início dos anos 1950.

ALDO MORO ENCONTRADO MORTO

    Em 1978, o cadáver do ex-primeiro-ministro italiano Aldo Moro, sequestrado em 16 de março pelo grupo terrorista Brigadas Vermelhas, é encontrado crivado de balas no porta-malas de um carro no centro histórico da Roma.

Cinco vezes chefe de governo, Moro, da Democracia Cristã, é um dos políticos mais importantes da Itália depois da Segunda Guerra Mundial (1939-45), favorito para a eleição presidencial de 1978 quando é capturado durante um tiroteio.

Conciliador, no seu primeiro governo, em 1963, Moro se alia ao Partido Socialista (PS). Em 11 de março de 1978, negocia uma grande coalizão com o Partido Comunista Italiano (PCI), o chamado "compromisso histórico".

Cinco dias depois, seu carro é atacado por mais de 10 terroristas. Seus cinco guarda-costas morrem e Moro vira refém. Em 18 de março, as Brigadas Vermelhas reivindicam a autoria do sequestro e avisam que o ex-primeiro-ministro será submetido a um "julgamento popular".

As Brigadas Vermelhas, fundadas em 1970 por Renato Curzio, são um grupo terrorista que realiza atentados a bomba, assassinatos, sequestros e assaltos a banco para deflagrar uma revolução comunista na Itália. O PCI, segundo maior partido do país, defende a democracia parlamentar e condena a luta armada.

O governo italiano se nega a negociar com terroristas. Centenas de suspeitos são presos, mas o "cárcere do povo" não é descoberto. Cartas de Aldo Moro de 19 de março e 4 de abril apelam ao governo para que negocie. 

Quando começam negociações secretas, as Brigadas Vermelhas rompem o diálogo em 15 de abril e anunciam que o tribunal popular julgou Moro culpado e o sentenciou à morte. Em 24 de abril, os terroristas exigem a libertação de 13 milicianos do grupo presos.

Em 9 de maio, Moro envia uma carta de despedida à mulher: "Eles disseram que vão me matar logo, beijo você pela última vez." A pedido dele, nenhum político italiano participou do funeral.

No ano seguinte, as Brigadas Vermelhas matam o ativista sindical Guido Rossa. Durante os anos 1980, a polícia italiana prende 12 mil extremistas de esquerda e 600 saem do país. De 1974 a 1988, o grupo terrorista mata cerca de 50 pessoas.

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