JOANA D'ARC EXECUTADA
Em 1431, os ingleses queimam na fogueira Joana d'Arc, heroína e santa da França.
A Guerra dos Cem Anos (1337-1453) entra numa nova fase em 1415, quando o rei Henrique V, da Inglaterra, invade a França e conquista uma série de vitórias contra Carlos VI. Quando Henrique V morre, em 1422, os ingleses e seus aliados da Borgonha controlam a Aquitânia e o Norte da França, inclusive Paris.
Carlos VI morre um mês depois e seu filho Carlos, regente desde 1418, prepara-se para reivindicar a coroa francesa, mas o local da coroação, a cidade de Reims, está sob o controle do inimigo. Enquanto isso, Henrique VI, filho de Henrique V e Catarina de Valois, filha d Carlos VI, é proclamado rei da França pelos ingleses.
Aos 16 anos, Joana d'Arc "ouve vozes" de três santos católicos - Santa Catarina, Santa Margarida e São Miguel - exortando-a a apoiar o Delfim na reconquista de Reims e do trono da França. Em abril e maio de 1429, o Exército da França, comandando por Joana d'Arc, conquista Orleans. Depois de uma série e vitórias francesas, Carlos VII é coroado em Reims.
Joana d'Arc foi presa pela forças de Borgonha em 23 de maio de 1430 e entregue aos ingleses, que a julgam por heresia em março de 1431. Aos 19 anos, ele é queimada na fogueira na Praça do Velho Mercado, em Rouen. O primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, que também foi historiador, considerou a execução sumária um erro que a transformou em mártir.
Sob a inspiração da jovem camponesa, a Guerra dos Cem Anos vira a favor da França. Em 1453, Carlos VII havia reconquistado todo o território francês menos o porto de Calais, que os ingleses entregam em 1558. Em 1920, Joana d'Arc é canonizada pela Igreja Católica.
DUELO FRAUDADO
Em 1806, o futuro presidente Andrew Jackson (1829-37) mata Charles Dickinson num duelo.
Dickinson havia acusado Jackson de trapacear numa aposta em corridas de cavalos e ofendido a mulher dele. Ambos eram fazendeiros e criadores de cavalo.
Jackson é baleado e erra o primeiro tiro, mas dá um segundo, quebrando as regras, e mata o oponente. Ele não foi processado e venceu as eleições presidenciais em 1828 e 1832.
500 MILHAS
Em 1911, é realizada a primeira prova das 500 Milhas de Indianápolis, uma das provas mais famosas do automobilismo.
A ideia de construir uma pista para testar carros de alta velocidade é proposta em 1906 por Carl Fisher, um vendedor de automóveis, diante da precariedade das estradas da época. O objetivo é promover competições entre as principais marcas para que os consumidores tirassem suas conclusões. Em 1911, Fischer e seus sócios decidem fazer apenas uma corrida longa por ano.
Há 110 anos, 40 carros iniciam as 500 Milhas. Um acidente na volta número 13 provoca grande confusão. No fim, Ralph Mulford se declara vencedor, mas o prêmio de US$ 14.250 vai para Ray Harroun, que completa a corrida em 6h42min a uma velocidade média de 119 quilômetros por hora. Seu carro, Marmon Wasp, é o primeiro a usar um espelho retrovisor.
GUERRAS DOS BÁLCÃS
Em 1913, termina a Primeira Guerra dos Bálcãs com a vitória da Liga Balcânica (Bulgária, Grégia, Montenegro e Sérvia) sobre o Império Otomano, expulso da Macedônia.
Depois de uma revolta nacionalista na Macedônia em 1908, o Império Austro-Húngaro anexa a Bósnia-Herzegovina e incentiva a Bulgária, então dominada pelo Império Otomano, a declarar a independência. A Sérvia rejeita a anexação da Bósnia-Herzegovina, que considerava parte de seu território. A Rússia, aliada da Sérvia, também é contra.
Na primavera de 1912, a Bulgária, a Grécia, Montenegro e a Sérvia formaram a Liga Balcânica. Em 8 de outubro, Montenegro declara guerra à Turquia. Em 17 de outubro, os outros países da liga entram na guerra. O Império Otomano é derrotado rapidamente. Em um mês, perde quase todos os seus territórios no Sudeste da Europa.
Um mês depois do acordo de paz, sentindo que seu país havia sido prejudicado, na noite de 29 para 30 de junho de 1913, o rei Ferdinando I, da Bulgária, ordena um ataque contra as ex-aliadas Grécia e Sérvia. Começa a Segunda Guerra dos Bálcãs.
A Grécia, a Romênia, a Sérvia e a Turquia vencem rapidamente a Bulgária. No Tratado de Bucareste, em agosto de 1913, a Bulgária perde parte de seu território para a Sérvia e a Grécia assume o controle sobre quase toda a Macedônia.
O Império Austro-Húngaro não intervém e é surpreendido pelo resultado das guerras nos Bálcãs, que fortalecem sua inimiga Sérvia.
Em 28 de junho de 1914, o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austro-húngaro, pelo estudante radical sérvio Gavrilo Princip em Sarajevo, a capital bósnia, é o estopim da Primeira Guerra Mundial (1914-18), que começa um mês depois, quando a Áustria-Hungria bombardeia a Sérvia.
A Sérvia é aliada da França, do Reino Unido e da Rússia, que formam a Tríplice Entente e entram na guerra contra a Tríplice Aliança (Alemanha, Áustria-Hungria e Itália). Como a Tríplice Aliança era meramente defensiva, a Itália fica neutra inicialmente e, em abril de 1915, entra na guerra ao lado da Tríplice Entente. O Império Otomano se aliou às potências centrais.
No fim da Primeira Guerra Mundial, desaparecem os impérios alemão, austro-húngaro, otomano e russo.
REUNIFICAÇÃO DA ALEMANHA
Em 1990, o líder soviético Mikhail Gorbachev chega a Washington para uma reunião de cúpula com o presidente George Bush sobre a reunificação da Alemanha.
Em meio a revoluções democráticas na Europa Oriental, o Muro de Berlim é aberto em 9 de novembro de 1989. O encontro de três dias acabou sem acordo, mas a União Soviética pede ajuda econômica ao Ocidente em julho de 1990 e Gorbachev acaba aceitando a reunificação alemã. Em 3 de outubro de 1990, a Alemanha Ocidental e a Alemanha Oriental se unem.
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