O czar lidera a Rússia em guerras contra o Império Otomano, a Pérsia e a Suécia. A vitória sobre a Suécia dá acesso ao Mar Báltico. Ele funda São Petersburgo como uma saída para o Ocidente e obriga a aristocracia russa a contratar arquitetos da Europa Ocidental para criar uma Veneza do Norte.
Pedro, o Grande, abandona o título de czar em 1721 e passa a ser chamado de imperador. Quatro anos depois, morre, depois da expandir o império russo e transformar o país numa potência europeia. É sucedido pela mulher, Catarina I, que não é Catarina, a Grande, que reina de 1762 a 1796 como Catarina II e amplia ainda mais o império.
JAPÃO DESTRÓI FROTA RUSSA
Em 1905, durante a Guerra do Pacífico (1904-5), a Marinha do Japão praticamente destrói a Frota do Extremo Oriente da Rússia na Batalha do Estreito de Tsushima.
Só 10 dos 45 navios russos escapam. A derrota convence a Rússia a desistir da guerra iniciada em 8 de fevereiro de 1904.
Depois da recusa da Rússia de dividir a Manchúria e a Coreia em zonas de influência, o Japão faz um ataque de surpresa contra a base naval russa de Port Arthur, na China. É a primeira grande batalha do século 20.
Em janeiro de 1905, o Japão toma a base de Port Arthur. O czar Nicolau II acredita que a Rússia pode recuperar a posição, mas a derrota na Batalha de Tsushima mina as esperanças.
Mais uma série de derrotas leva a Rússia a aceitar o acordo de paz mediado pelo presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt. A Guerra do Pacífico marca a primeira derrota de uma potência europeia na era moderna para um país não branco e causa a Revolução Russa de 1905, precursora das revoluções de 1917.
GOLDEN GATE
Em 1937, depois de cinco anos de construção, é aberta a Golden Gate Bridge, ligando São Francisco ao Condado de Marin, na Califórnia.
Na época, a maior ponte pênsil do mundo. A inauguração é um dia para os pedestres. Cerca de 200 mil pessoas percorreram os 1.260 metros da ponte, que fica na entrada da Baía de São Francisco. Os carros começaram a circular no dia seguinte.
SS ATACA RETIRADA DE DUNQUERQUE
Em 1940, tropas da SS, o braço armado do Partido Nazista, massacram soldados britânico durante a Retirada de Dunquerque.
Quando a Alemanha toma a França, em maio de 1940, no início da Segunda Guerra Mundial (1939-45), a Força Expedicionária britânica, que luta ao lado dos franceses, bate em retirada.
Depois de sustentar o combate enquanto tem munição, 99 soldados do Regimento Real de Norfolk se refugiaram numa casa de campo a 80 quilômetros do porto de Dunquerque. Cercados, os ingleses se rendem, mas são atacados pelo fogo de metralhadoras.
Os sobreviventes são levados para um campo aberto e metralhados. Quem não morre é atacado com pistolas e baionetas. Dois soldados britânicos sobrevivem se fingindo de mortos até o escurecer, em meio a uma tempestade.
Sem ter para onde ir, eles se rendem para outras forças alemãs. São libertados anos depois numa troca e prisioneiros. O capitão alemão Fritz Knochlein, que deu a ordem de atirar é processado depois da guerra num tribunal militar em Hamburgo, condenado à morte e enforcado.
SOLJENÍTSIN VOLTA À RÚSSIA
Em 1994, o escritor e dissidente Alexander Soljenítsin, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1970, volta à Rússia duas décadas depois de ser expulso da União Soviética.
Soljenítsin é condenado a oito anos de trabalhos forçados na Sibéria em 1945 por criticar o ditador soviético Josef Stalin numa carta a um amigo. Sua experiência na prisão o levou a escrever Um Dia na Vida de Ivan Denissovich.
Quando ganhou o Nobel, estava começando a escrever Arquipélago Gulag, um romance sobre o sistema totalitário de repressão do comunismo soviético de Lenin a Stalin. A publicação deste livro no exterior provocou sua expulsão da URSS. Soljenítsin morreu do coração em Moscou em 3 de agosto de 2008.
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