segunda-feira, 9 de maio de 2022

Hoje na História do Mundo: 9 de Maio

FDA APROVA PÍLULA

    Em 1960, a agência de Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos aprova a primeira pílula anticoncepcional comercial, Enovid-10, deflagrando a revolução sexual ao liberar a mulher do risco de uma gravidez indesejada.

O desenvolvimento da pílula foi feito pelo bioquímico Gregory Pincus, da Fundação Worcester para Biologia Experimental, e o ginecologista John Rock, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, a partir do início dos anos 1950.

ALDO MORO ENCONTRADO MORTO

    Em 1978, o cadáver do ex-primeiro-ministro italiano Aldo Moro, sequestrado em 16 de março pelo grupo terrorista Brigadas Vermelhas, é encontrado crivado de balas no porta-malas de um carro no centro histórico da Roma.

Cinco vezes chefe de governo, Moro, da Democracia Cristã, é um dos políticos mais importantes da Itália depois da Segunda Guerra Mundial (1939-45), favorito para a eleição presidencial de 1978 quando é capturado durante um tiroteio.

Conciliador, no seu primeiro governo, em 1963, Moro se aliou ao Partido Socialista (PS). Em 11 de março de 1978, negociou uma grande coalizão com o Partido Comunista Italiano (PCI), o chamado "compromisso histórico".

Cinco dias depois, seu carro é atacado por mais de 10 terroristas. Seus cinco guarda-costas morrem e Moro vira refém. Em 18 de março, as Brigadas Vermelhas reivindicam a autoria do sequestro e avisam que o ex-primeiro-ministro será submetido a um "julgamento popular".

As Brigadas Vermelhas, fundadas em 1970 pelo Renato Curzio, são um grupo terrorista que realiza atentados a bomba, assassinatos, sequestros e assaltos a banco para deflagrar uma revolução comunista na Itália. O PCI, segundo maior partido do país, defende a democracia parlamentar e condena a luta armada.

O governo italiano se nega a negociar com terroristas. Centenas de suspeitos são presos, mas o "cárcere do povo" não é descoberto. Cartas de Aldo Moro de 19 de março e 4 de abril apelam ao governo para que negocie. 

Quando começam negociações secretas, as Brigadas Vermelhas rompem o diálogo em 15 de abril e anunciam que o tribunal popular considerou Moro culpado e o sentenciou à morte. Em 24 de abril, os terroristas exigiram a libertação de 13 milicianos do grupo presos.

Em 9 de maio, Moro envia uma carta de despedida à mulher: "Eles disseram que vão me matar logo, beijo você pela última vez." A pedido dele, nenhum político italiano participou do funeral.

No ano seguinte, as Brigadas Vermelhas matam o ativista sindical Guido Rossa. Durante os anos 1980, a polícia italiana prendeu 12 mil extremistas de esquerda e 600 saíram do país. De 1974 a 1988, o grupo terrorista matou cerca de 50 pessoas.

Nenhum comentário: