sábado, 3 de agosto de 2024

Hoje na História do Mundo: 3 de Agosto

COLOMBO ZARPA PARA A AMÉRICA

     Em 1492, o navegador genovês Cristóvão Colombo sai do porto de Palos, na Espanha, com três caravelas – Santa María, Pinta e Niña – tentando chegar às Índias e acaba descobrindo a América para os europeus. 

Em 12 de outubro, a expedição ancora na ilha de Guanahani. Depois, chega a Cuba em 28 de outubro e a Hispaniola, a ilha dividida hoje entre Haiti e República Dominicana, em 6 de dezembro.

A Santa Maria encalha em 24 de dezembro. Colombo e seus homens erguem então o Forte da Natividade, a primeira fortaleza da América, e criam uma pequena colônia com 39 homens. Em 16 de janeiro, eles partem de volta à Europa, mas uma tempestade afasta as caravelas. 

A Pinta chega à Espanha no fim de fevereiro e dá a notícia a Fernando de Aragão e Isabel de Castela, que recebem o título de Reis Católicos do papa Alexandre VI por expandir a fé. Colombo volta na Niña, que para na ilha portuguesa de Santa Maria, no Arquipélago dos Açores, e atraca em Lisboa em 4 de março.

Depois de sete meses e 23 dias de viagem, o navegador regressa a Palos. No mês seguinte, é recebido pelos reis da Espanha em Badalona.

Ao todo, Colombo vem quatro vezes à América. Ao morrer aos 55 anos, em 20 de maio de 1506, em Valladolid, na Espanha, ainda acredita ter chegado às Índias, Por isso, o continente é batizado em homenagem ao navegador florentino Américo Vespúcio, um dos primeiros a descrevê-lo como o Novo Mundo.

TERRA NOVA PARA A RAINHA

    Em 1583, o navegante inglês Humphrey Gilbert chega a São João, na Terra Nova, hoje parte do Canadá, e reivindica a posse do território para a rainha Elizabeth I da Inglaterra.

O lugar é batizado por João Cabot, um navegador italiano, um dos primeiros a chegar à América, sob patrocínio do rei Henrique VII da Inglaterra, em 1497.

Meio-irmão de Sir Walter Raleigh e primo de Sir Richard Grenville, Gilbert nasce em 1539, estuda navegação e ciências militares na Universidade de Oxford e entra para o Exército Real. Em 1566, ele propõe uma viagem em busca da Passagem do Noroeste, que permita chegar à Ásia pelo Norte do Oceano Atlântico. 

A rainha Elizabeth I não aceita a sugestão e o envia em 1567 à Irlanda, onde Gilbert reprime brutalmente uma revolta e faz planos para criar colônias protestantes na província de Munster, no Sul da Irlanda. Como recompensa, ganha o título de cavaleiro em 1570.

Em 1572, Gilbert comanda uma força de 1,5 mil voluntários que luta ao lado da revolta holandesa contra a Espanha.

Na sua última viagem, ele saiu de Plymouth em 11 de junho de 1583, chega a São João em 3 de agosto. Ao navegar rumo ao sul, perde um navio em 29 de agosto e naufraga na volta à Europa perto do Arquipélago dos Açores em setembro, durante uma tempestade no Oceano Atlântico.

LA SCALA DE MILÃO

    Em 1778, o teatro de ópera La Scala é aberto em Milão com a apresentação de Europa riconosciuta, de Antonio Salieri.

Uma das mais famosas casas de ópera do mundo, o Teatro Scala é construído por ordem da imperatriz Maria Teresa da Áustria, que na época domina o Norte da Itália, para substituir o Teatro Regio Ducale. O projeto é do arquiteto italiano Giuseppe Piermarini.

Lá se apresentam óperas de Gioachino Rossini, Giuseppe Verdi, Giacomo Puccini, Richard Wagner, Richard Strauss, Igor Stravinsky e Claude Debussy, entre outros.

ALEMANHA E FRANÇA DECLARAM GUERRA UMA À OUTRA

    Em 1914, dois dias depois de declarar guerra à Rússia, a Alemanha declara guerra à França, que faz o mesmo três horas depois e prepara a invasão das províncias da Alsácia e da Lorena, que ficaram com a Alemanha no fim da Guerra Franco-Prussiana (1870-71).

A Primeira Guerra Mundial (1914-18) é deflagrada pelo assassinato do herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, arquiduque Francisco Ferdinando, em Sarajevo, capital da Bósnia-Herzegovina, pelo estudante radical sérvio Gavrilo Princip.

Um mês depois, a Áustria-Hungria, aliada da Alemanha, declara guerra e ataca a Sérvia, aliada da Rússia, da França e do Reino Unido.

Horas depois das declarações de guerra entre Alemanha e França, o secretário do Exterior britânico, Edward Gray, vai ao Parlamento Britânico defender a entrada do Reino Unido na guerra, se a Alemanha violar a neutralidade da Bélgica.

EX-DIPLOMATA É ENFORCADO NO REINO UNIDO

    Em 1916, Sir Roger Casement, um diploma britânico nascido na Irlanda e condecorado como cavaleiro pelo rei George V, é enforcado sob a acusação de traição por apoiar a Revolta da Páscoa na Irlanda.

Casement, um irlandês protestante, fica famoso ao denunciar a escravidão no Congo e na Amazônia, inclusive no Brasil. 

Apesar da origem no Úlster protestante, se torna partidário do movimento pela independência da Irlanda. Depois do início da Primeira Guerra Mundial (1914-18), vai à Alemanha e aos Estados Unidos em busca de ajuda para o movimento nacionalista irlandês.

A Alemanha, que está em guerra com o Reino Unido, promete uma ajuda limitada. Casement volta à Irlanda levado por um submarino alemão. É preso em 21 de abril de 1916, dias antes do início, em Dublin, na Revolta da Páscoa. No fim do mês, a rebelião é derrotada.

O ex-diplomata é condenado à morte em 29 de julho de 1916 e enforcado cinco dias depois.

ATLETA NEGRO DERRUBA MITO DA SUPERIORIDADE ARIANA

    Em 1936, o atleta negro norte-americano Jesse Owens vence a prova dos 100 metros rasos na Olimpíada de Berlim. 

É seu primeiro ouro olímpico. Com quatro medalhas de ouro ao todo, Owens derruba o mito de superioridade ariana, uma das fundações ideológicas do regime nazista que domina a Alemanha até o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-45).

No primeiro dia de competição, 2 de agosto, Hitler cumprimenta todos os medalhistas de ouro alemães e alguns finlandeses. Deixa o Estádio Olímpico antes do salto do afro-americana Cornelius Johnson, campeão do salto em altura.

Na volta aos EUA, onde há segregação racial, ele afirma que é mais maltratado nos EUA do que na Alemanha Nazista.

SUBMARINO NUCLEAR PASSA SOB O POLO NORTE

    Em 1958, o Nautilus, primeiro submarino nuclear da história, faz a primeira viagem sob o Polo Norte.

Com 116 pessoas a bordo, inclusive quatro cientistas, o Nautilus submerge em Point Barrow, no Alasca, e anda cerca de 1,6 mil quilômetros sob a calota polar do Ártico, a uma profundidade de 150 metros até chegar ao Polo Norte.

O submarino nuclear é construído sob o comando do capitão Hyman Rickover, um brilhante engenheiro nascido na Rússia que adere ao programa nuclear dos Estados Unidos em 1946. Ele começa a tocar o projeto no ano seguinte.

A primeira-dama Mamie Eisenhower lança a embarcação quebrando uma garrafa de champanha no casco do Nautilus em 30 de setembro de 1954 no Rio Tâmisa em Groton, no estado de Connecticut. Em 17 de janeiro de 1955, o Nautilus usa pela primeira vez a propulsão nuclear.

Muito maior do que os submarinos anteriores, o Nautilus tem 97 metros de comprimento, desloca 3,18 toneladas de água e pode ficar longos períodos submerso porque o motor usa pequenas quantidades de urânio e não precisa de ar. Pode navegar debaixo d'água a uma velocidade superior a 20 nós, cerca de 37 quilômetros por hora.

Depois de viajar 800 mil quilômetros em 25 anos, o Nautilus é desativado em 3 de março de 1980. Está em exposição no Museu da Força Submarina, em Groton, em Connecticut.

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