sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Hoje na História do Mundo: 2 de Agosto

REVOLUÇÃO DE JULHO

    Em 1830, o rei Carlos X abdica ao trono da França sob pressão da Revolução de Julho, que entrega a coroa ao Duque de Orleans, que se torna Luís Felipe III.

Neto de Luís XV, quinto filho do delfim Luís e de Maria Josefa da Saxônia, Carlos é irmão de Luís XVI, o rei guilhotinanado pela Revolução Francesa de 1789 em 21 de janeiro de 1793 ,e do restaurador da monarquia depois da revolução e das guerras napoleônicas, Luís XVIII.

Ele nasce em Versalhes em 9 de outubro de 1757 e passa a juventude na orgia. É nomeado Conde de Artois. Serve o Exército da França no cerco de Gibraltar, em 1782, mas nunca leva a carreira militar a sério. Com a revolução, foge do país em 1789 a conselho de Luís XVI.

Carlos X ascende ao trono em 16 de setembro de 1824 com a morte do irmão, Luís XVIII, que restaura a Dinastia de Bourbon depois da queda do imperador Napoleão Bonaparte, em 1815. É o último rei francês da Dinastia de Bourbon.

Os Bourbon querem voltar ao Antigo Regime. Não entendem as novas demandas democráticas da população após a Revolução de 1789. Durante o reinado de Carlos X, a aristocracia atacada pela revolução pode voltar a França e recebe indenização pelo confisco de suas terras.

A Revolução de Julho começa com um conflito em março de 1830 entre o rei e a Assembleia Nacional, que não aceita a nomeação de Augusto Polignac como primeiro-ministro. Com a rejeição do impopular Polignac, Carlos X dissolve a câmara, mas a oposição vence as eleições.

Em 25 de julho de 1830, o rei dissolve a nova Assembleia Nacional antes da primeira reunião, violando a Constituição, e censura a imprensa, deflagrando a Revolução de Julho e a queda de Carlos X.

HITLER ASSUME PODERES ABSOLUTOS

   Em 1934, com a morte do presidente Paul von Hindenburg, Adolf Hitler unifica os cargos de presidente e chanceler (primeiro-ministro) da Alemanha e se torna um ditador com o título de Führer (Guia)

A unificação dos cargos é confirmada por quase 90% dos eleitores em referendo em 19 de agosto. É o fim do que resta da democracia alemã.

Führer funda o Terceiro Reich e promete ao povo alemão que o regime nazista vai durar mil anos, mas seu reino de terror dura menos de 11 anos, com o suicídio de Hitler, em 30 de abril de 1945, e a rendição da Alemanha na Segunda Guerra Mundial, em 8 de maio daquele ano.

IRAQUE TOMA O KUWAIT

    Em 1990, o Iraque do ditador Saddam Hussein invade o Kuwait e anexa o emirado, violando o direito internacional e a Carta das Nações Unidas, que proíbe a guerra de conquista. O emir e a família real do Kuwait fogem para a vizinha Arábia Saudita.

As monarquias petroleiras do Golfo Pérsico apoiam Saddam na Guerra Irã-Iraque (1980-88), apostando na derrota da Revolução Islâmica liderada pelo aiatolá Khomeini no Irã. Apesar do apoio, o ditador iraquiano exige mais ajuda para compensar os prejuízos e reconstruir o país. Sem sucesso, apela para a força.

Em 6 de agosto, o Conselho de Segurança da ONU impõe sanções econômicas, proibindo o comércio com o Iraque. No dia 9, começa a Operação Escudo no Deserto. Por ordem do presidente George Herbert Walker Bush, os Estados Unidos enviam centenas de milhares de soldados para proteger a Arábia Saudita.

Ao tomar o Kuwait, Saddam assume o controle sobre 20% das reservas de petróleo conhecidas. Se ocupasse a Arábia Saudita, ficaria com 45%. 

Em 29 de novembro, o Conselho de Segurança da ONU aprova o uso da força se o Iraque não sair do Kuwait até 15 de janeiro de 1991. A União Soviética de Mikhail Gorbachev vota a favor e a China se abstém.

Como Saddam não recua, na madrugada de 16 para 17 de janeiro, uma aliança de 32 países liderada pelos EUA lança a Operação Tempestade no Deserto, começando a Guerra do Golfo com um bombardeio maciço.

A guerra aérea dura seis semanas. Neste período, o Iraque dispara mísseis contra a Arábia Saudita e Israel. Saddam aposta que a entrada de Israel na guerra leve os países muçulmanos a abandonar a aliança, mas os EUA contêm Israel.

Uma força aliada de 700 mil soldados inicia a operação terrestre em 24 de fevereiro. Quatro dias depois, Bush anuncia a vitória e o fim da guerra. Pelo menos 25 mil soldados e 100 mil civis iraquianos, e 250 soldados da aliança liderada pelos EUA morrem na Guerra do Golfo.

Em abril, o Conselho de Segurança da ONU aprova a Resolução 687, que proíbe o Iraque de exportar petróleo antes de entregar suas armas de destruição em massa (químicas, biológicas e nucleares). As sanções causam a morte de mais 1 milhão de iraquianos.

Algumas armas químicas e biológicas são confiscadas e desmontadas. Mesmo assim, as supostas armas de destruição em massa servem de pretexto para a invasão norte-americana de março de 2003, ordenada pelo presidente George Walker Bush, o filho, depois dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, que não têm qualquer relação com o Iraque. 

A invasão de 2003 depõe Saddam e resulta na sua morte. Até hoje, o Iraque vive em estado de guerra, depois de ser o berço da organização terrorista Estado Islâmico, que continua sendo uma ameaça onde tem uma oportunidade.

JACKIE JOYNER GANHA SEGUNDO OURO NO HEPTATLO

    Em 1992, a americana Jacqueline Joyner Kersee se torna a primeira mulher a conquistar as medalhas de ouro do heptatlo em duas olimpíadas, Seul (1988) e Barcelona (1992). 

Jackie Joyner nasce pobre. Precisa superar a miséria e uma asma crônica para obter uma bolsa de estudos na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e conquistar o ouro. Na faculdade, destaca-se no atletismo e no basquete.

Em 1986, casa com Robert Kersee, treinador de atletismo na UCLA. No ano seguinte, ganha o heptatlo e o salto em distância no campeonato mundial de atletismo. Em 1988, repete a dose na Olimpíada de Seul, com recorde no heptatlo.

Depois de conquistar o segundo ouro em Barcelona, ela abandona a prova na Olimpíada de Atlanta, em 1996, com um estiramento muscular, mas consegue a medalha de bronze no salto em distância. 

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