terça-feira, 13 de agosto de 2024

Hoje na História do Mundo: 13 de Agosto

CONQUISTA DO MÉXICO

Em 1521, com a ajuda de uma epidemia de varíola, depois de um cerco de 93 dias, o conquistador espanhol Hernán Cortez toma Tenochtitlán, a capital do Império Asteca, e submete ao domínio da Espanha uma das três grandes civilizações pré-colombianas.

Tenochtitlán, fundada em 1325, era a segunda maior cidade do mundo e provavelmente a mais bela, com seus canais construídos sobre o Lago Texcoco.

O Império Asteca domina a região central do México. No momento de maior extensão, em 1502, ano da coroação de Montezuma II, vai até o Norte da Nicarágua. Para tanto, submete várias tribos inimigas que se aliam ao conquistador.

Filho da nobreza espanhola, Cortez visita Hispaniola, a ilha hoje dividida entre o Haiti e a República Dominicana. Em 1511, participa da conquista de Cuba com Diego Velázquez. É eleito duas vezes prefeito de Santiago, capital de Hispaniola.

Em 1518, Cortez é nomeado capitão-geral de uma expedição espanhola ao continente, mas Velázquez, governador de Cuba, rescinde a ordem. Cortez zarpa sem permissão e desembarca na Baía de Campeche em 1519, com 500 soldados, 100 marinheiros e 16 cavalos, um animal que não existia na América.

Logo, Cortez se alia a índios e recebe uma escrava mulher, Malinche, que se torna sua amante e lhe dá um filho. Ele funda a cidade de Veracruz, na expectativa de criar uma nova colônia e responder diretamente a Carlos V, e não a Diego Velázquez.

TOMADA DO PORTO DE MANILA

    Em 1898, durante a Guerra Hispano-Americana, os Estados Unidos assumem o controle do porto da capital das Filipinas.

guerra é um marco do fim do Império Espanhol, com a perda de Cuba, que se torna independente; de Porto Rico, que é associado aos EUA; e das Filipinas, que viram colônia dos EUA. É também um marco do imperialismo norte-americano. 

MURO DA VERGONHA

   Em 1961, pouco depois da meia-noite, o regime comunista da Alemanha Oriental começa a construir um muro para isolar Berlim Ocidental e evitar a fuga em massa para o lado capitalista da antiga capital da Alemanha.

No fim da Segunda Guerra Mundial (1939-45), a Alemanha é ocupada e dividida entre os Estados Unidos, a França, o Reino Unido e a União Soviética. As partes norte-americana, francesa e britânica formam a Alemanha Ocidental, e o lado soviético, a Alemanha Oriental. Berlim também é dividida e a parte ocidental vira um enclave em território alemão-oriental.

Com o Bloqueio de Berlim, o ditador soviético Josef Stalin tenta isolar Berlim Ocidental em 1948, mas os aliados ocidentais fazem a maior ponte aérea da história e abastecem a cidade. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar liderada pelos EUA durante a Guerra, fundada em 1949, é uma reação ao Bloqueio de Berlim.

Em junho de 1953, há uma revolta que começa com uma greve de trabalhadores da construção civil, duramente reprimida pela URSS.

A fronteira aberta permitia que os alemães-orientais "votem com os pés", atravessando para Berlim Ocidental. O líder do Partido Socialista Unificado, Walter Ulbricht, nega em 15 de junho que planeje erguer um muro. A obra começa madrugada de 13 de agosto de 1961.

O Muro de Berlim é um símbolo, a cicatriz viva da Guerra Fria entre EUA e a URSS, que dominou a política internacional na segunda metade do século 21. Sua abertura, em 9 de novembro de 1989, é um marco do fim do conflito e leva à reunificação da Alemanha, em 3 de outubro de 1990.

A fronteira de Berlim Ocidental com a Alemanha Oriental tem 156 quilômetros, 112 km com a muralha. A última das quatro versões do muro é feita de placas de concreto de 4,2 metros de altura. Cerca de 5 mil pessoas tentam escapar através do muro e cerca de 200 são mortas dentro da política de atirar para matar da Alemanha Oriental.

SOPRANDO AO VENTO

    Em 1963, o cantor, compositor, poeta e guitarrista norte-americano Bob Dylan lança em compacto simples um de seus maiores sucessos, Blowin' in the Wind, com Don't Think Twice, It's All Right no lado B.

Judeu norte-americano, Robert Allen Zimmerman nasce em 24 de maio de 1941 em Duluth, no estado de Minnesota. Sob influência do poeta galês Dylan Thomas, ele adota o nome artístico de Bob Dylan. Começa sua carreira musical na tradição da música popular do interior dos Estados Unidos sob a inspiração de músicos como Woody Guthrie, que cantou a miséria do país durante a Grande Depressão (1929-39).

Ao longo da carreira, Dylan lança 37 álbuns gravados em estúdios, 11 álbuns gravados ao vivo, 58 compactos simples e mais 12 álbuns das bootleg series, com gravações não aproveitadas em outros discos.

Quando lançou o LP The Times They Are a-Changing, em 1964, teve uma das músicas entre as dez mais vendidas nas paradas de sucesso. As outras nove eram da banda inglesa The Beatles. "O que eles têm que eu não tenho?", perguntou-se Dylan. Guitarras elétricas.

Apesar do protesto dos tradicionalistas da música folclórica do interior dos EUA, Dylan eletrifica sua música, forma uma parceria com o conjunto The Band e se torna o maior nome da música popular dos Estados Unidos nas últimas décadas e o maior da história para seus fãs.

Dylan esteve várias vezes no Brasil. Em 1998, participou de um show dos Rolling Stones no Sambódromo, no Rio de Janeiro. Juntos, eles fizeram uma interpretação antológica de Like a rolling stone, talvez o maior sucesso do poeta e compositor. Em 2016, Bob Dylan ganha o Prêmio Nobel de Literatura.


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