VULCÃO KRAKATOA EXPLODE
Em 1883, na maior erupção vulcânica da história, uma explosão do vulcão da ilha de Krakatoa, na Indonésia, na época Índias Orientais Holandesas, ouvida a 5 mil quilômetros de distância, joga lama e lava a uma altura de 80 km, causa um maremoto com ondas gigantes de 40 metros e mata 36.417 mil pessoas.
Nos dois meses seguintes, navios e habitantes das ilhas vizinhas de Java e Sumatra veem pequenas explosões. A população local festeja até que uma explosão destrói dois terços da ilha no dia 26.
Ao desabar no Estreito de Sunda, que fica entre Java e Sumatra, a montanha causa uma série de catástrofes ambientais sentidas durante anos no mundo inteiro, a começar por um maremoto com ondas gigantescas.
Quatro erupções a partir das 5h30 de 27 de agosto são cataclísmicas, ouvidas a 5 mil km de distância, e projetam uma maré de uma lava vulcânica de gás, cinza e rocha fundida a mais de 60 km do Krakatoa. Dos 36 mil mortos, as tsunames mataram 31 mil. Outros 4,5 mil foram vítimas da lava incandescente.
Uma nuvem de cinza e poeira vulcânica fina envolve o planeta e reduz a temperatura da Terra durante anos.
Além do Krakatoa, ativo até hoje, a Indonésia tem mais 130 vulcões em atividade, mais do que qualquer outro país. Fica no Círculo de Fogo do Oceano Pacífico.
ROMÊNIA ENTRA NA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
Em 1916, depois de declarar guerra ao Império Austro-Húngaro, a Romênia entra na Primeira Guerra Mundial (1914-18) e invade a região da Transilvânia, um território de maioria romena pertencente à Hungria cuja soberania reivindica.
Ao observar o sucesso da Rússia contra a Áustria-Hungria na frente oriental no verão de 1916, a Romênia decide entrar na guerra. Em 18 de agosto, fecha um acordo secreto com os aliados e, no dia 27, lança o ataque.Enquanto a Romênia invade a Transilvânia, os britânicos pressionam os alemães na Batalha do Somme e a Áustria-Hungria cai diante da Rússia no Leste. O kaiser Guilherme II, da Alemanha, chega a dizer que “a guerra está perdida”.
Numa reunião que incluiu ainda a Turquia e a Bulgária, os Poderes Centrais criam um comando militar supremo entregue ao general Paul Hindenburg, comandante em chefe das Forças Armadas da Alemanha.
O general que deixa o comando geral, Erich von Falkenhayn, assume o comando da guerra contra a Romênia. Junto com o general August von Mackensen, eles derrotam a Romênia e tomam Bucareste em 9 de dezembro de 1916.
A Rússia vem em socorro, mas as revoluções de 1917, a queda do império czarista e a ascensão do comunismo tiram o país da guerra. Com a saída da Rússia, a Ucrânia se rende em maio de 1918. No Tratado de Bucareste (1918), perde parte do litoral para a Bulgária e o controle sobre a Foz do Rio Danúbio. No Tratado de Versalhes (1919), recupera estas perdas e ganha a soberania sobre a Transilvânia.
AVIÃO A JATO
Em 1939, o primeiro avião a jato, o He 178, projetado e construído pelo engenheiro alemão Ernst Heinrich Heinkel, voa pela primeira vez.
Heinkel nasce em 24 de janeiro de 1888 em Grunbach. Seu primeiro avião, construído em 1910, cai e pega fogo. Antes do início da Primeira Guerra Mundial (1914-18), ele se torna projetista chefe da Companhia Aeronáutica Albatros, em Berlim.
Depois da guerra, em 1922, Heinkel cria a empresa Flugzeugwerke (Fábrica de Aeronaves), onde constrói o He 70, que bate oito recordes mundiais de velocidade nos anos 1930. O He 111, o He 162 e o He 178 são usados pela Luftwaffe, a Força Aérea da Alemanha Nazista, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45).
LANÇADO O LIVRO DOS RECORDES
Em 1955, sai a primeira edição do Guinness - o Livro dos Recordes, uma publicação anual com feitos da humanidade e do mundo animal.
Pensando que os donos dos pubs britânicos e irlandeses gostariam de ter um livro capaz de dirimir as dúvidas dos clientes, Beaver contratou dois irmãos donos de uma agência que vendia dados estatísticos para jornais e agência de propaganda, Norris e Ross McWhirter.
A proposta inicial é distribuir o livro de graça nos pubs para promover a cerveja Guinness. Diante do sucesso, passa a ser vendido. A primeira edição norte-americana sai em 1956.
Ross trabalha no livro até ser morto pelo Exército Republicano Irlandês (IRA), em 1975. Norris continua sendo editor até 1986.
IRA MATA LORDE MOUNTBATTEN
Em 1979, na luta armada para acabar com o domínio britânico sobre a Irlanda do Norte, o Exército Republicano Irlandês (IRA) mata o lorde Louis Mountbatten, herói de guerra, último vice-rei da Índia e primo segundo da rainha Elizabeth II, com a explosão de uma bomba de pouco mais de 20 quilos no seu barco.
A violência destes ataques leva a primeira-ministra Margaret Thatcher, eleita pela primeira vez em maio de 1979, a endurecer a política em relação ao IRA, radicalizando ainda mais o conflito na Irlanda do Norte.
Em 1981, depois de 66 dias de greve, morre na prisão de Maze o deputado eleito para o Parlamento Britânico Bobby Sands, que nunca tomou posse porque o Sinn Féin, partido político do IRA, sempre se nega a jurar lealdade à coroa britânica.
A própria Thatcher é alvo de um atentado em 1984 num hotel em em Brighton, na Inglaterra, durante a Convenção Anual do Partido Conservador, em que morrem cinco pessoas, inclusive um deputado da Câmara dos Comuns.
A partir daí, o deputado John Hume, do Partido Trabalhista e Social-Democrata, o braço do Partido Trabalhista britânico na Irlanda do Norte, começa um diálogo secreto para tentar atrair o Sinn Féin para a negociação.
Em 1985, o Reino Unido e a Irlanda assinam o Acordo Anglo-Irlandês para encaminhar o fim do conflito. A Declaração de Downing Street, em 1993, estabelece as bases para as negociações, que exigem um cessar-fogo do IRA, anunciado em 6 de abril de 1994.
Diante da estagnação das negociações, o IRA rompe a trégua num atentado na Ilha dos Cães, em Londres, em 9 de fevereiro de 1996. Um novo cessar-fogo, em 1997, permite a retomada das negociações para o Acordo da Sexta-Feira Santa, de abril de 1998, que acaba com quase 30 anos de uma guerra civil em que 3,5 mil pessoas morreram.
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