LINCOLN PREPARA ABOLIÇÃO
Em 1862, o presidente Abraham Lincoln anuncia a seus ministros que vai proclamar a abolição da escravatura quando o Exército da União (Norte) tiver obtido uma vitória militar substancial na Guerra da Secessão (1861-65) contra os Estados Confederados da América (Sul).
Mas o momento não é bom para o Norte. Os confederados conquistam grandes vitórias. A França e o Reino Unido estão prestes a reconhecer a independência do Sul.Lincoln faz a Declaração de Emancipação em 1º de janeiro de 1863 para ver se muda o destino da guerra. Em carta ao editor do jornal New York Tribune, em agosto de 1862, revela que seu principal objetivo na guerra é "salvar a União e não salvar ou abolir a escravidão".
A esperança é que a proclamação leve a uma adesão em massa de escravos ao Exército da União. Mas a Guerra Civil Americana continua até 9 de abril de 1865. A emenda constitucional que acaba com a escravidão é aprovada meses antes, em 31 de janeiro. Com cerca de 620 mil mortes, é o conflito armado mais violento da história dos EUA.
PRIMEIRA VOLTA AO MUNDO DE AVIÃO
Em 1933, o piloto americano Wiley Post se torna o primeiro aviador a dar a volta ao mundo sozinho.
Post leva sete dias, 18 horas e 49 minutos. Sai de Nova York em 15 de julho e vai direto até Berlim. Depois, cruza a União Soviética e faz escalas no Alasca e no Canadá antes de posar em Nova York.Seu avião, chamado Winnie Mae, é um monomotor Lockheed Vega. Em agosto de 1935, Post e o humorista Will Rogers morrem num acidente aéreo no Alasca quando tentam ir para a URSS sobrevoando o Polo Norte.
FBI MATA INIMIGO PÚBLICO NÚMERO UM
Em 1934, agentes do FBI (Federal Bureau of Investigation), a polícia federal dos Estados Unidos, matam em Chicago o criminoso John Dillinger, o "inimigo público número um" do país.
Durante uma carreira de crimes de pouco mais de um ano, em meio à Grande Depressão (1929-39), Dillinger e sua gangue assaltam 11 bancos em sete estados, roubam mais de US$ 300 mil, atacam uma prisão e matam 10 policiais. Como só assalta bancos e parte da população norte-americana culpa os bancos pela Grande Depressão (1929-39), é chamado de Robin Hood.
Preso em Tucson, no Arizona, em 25 de janeiro de 1934, é extraditado para Indiana, onde aguarda julgamento pelo assassinato de um policial. Em 3 de março, foge espetacularmente e rouba duas submetralhadoras do arsenal da cadeia. Vai para Chicago, onde se associa a Nelson Cara de Bebê, um assassino psicótico que trabalhara para o mafioso Al Capone.
No seu último assalto, em South Bend, no estado de Indiana, em 30 de junho, a gangue rouba US$ 30 mil, mata um policial e fere quatro civis. Em julho, Anna Sage, uma dona de bordel nascida na Romênia, entrega Dillinger em troca de um acordo de leniência com o FBI.
Eles vão ao cinema ver Manhattan Melodrama. Vinte policiais cercam o prédio. Quando Dillinger sai, às 22h40, recebe ordem de prisão, foge correndo, é baleado e morto.
DO GUETO DE VARSÓVIA PARA TREBLINKA
Em 1942, começa a deportação sistemática de judeus do Gueto de Varsóvia para o recém-construído campo de concentração de Treblinka, na Polônia. Milhares de judeus são presos todos os dias e enviados para a morte em centros de extermínio.
A Conferência de Wannsee, nome de um lago em Berlim, aprova em 20 de janeiro a "solução final", a decisão de exterminar os judeus da Europa.Em 17 de julho, Heinrich Himmler chega a Auschwitz para assistir à chegada de 2 mil judeus holandeses e à morte nas câmaras de gás de 500, a maioria velhos, doentes e muito jovens. No dia seguinte, Himmler promove o comandante do campo, Rudolph Hess, a major das SS, as tropas de choque do regime nazista, e ordena uma "limpeza total" no Gueto de Varsóvia.
Mais de 250 mil judeus são enviados a Treblinka, a cerca de 100 quilômetros de Varsóvia, e mortos nas câmaras de gás em sete semanas a partir da ordem de Himmler.
Ao todo, estima-se que 11 milhões de pessoas morrem no Holocausto. Além de 6 milhões de judeus, 1,5 milhão de ciganos, comunistas, anarquistas, socialistas, deficientes, resistentes e opositores do regime nazista.
ALIADOS TOMAM PALERMO
Em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), as forças aliadas, sob o comando do general norte-americano George Patton, tomam Palermo, a capital da Sicília, que fica no noroeste da ilha e lhes dá uma cabeça de ponte para invadir a Itália continental.
A Alemanha Nazista teme uma invasão através do Canal da Mancha ou em qualquer ponto da longa costa do Mar Mediterrâneo que dominava, da França à Grécia. A Alemanha está perdendo a guerra para o Exército Vermelho da União Soviética na frente oriental.
No verão europeu de 1943, a Itália tem apenas 10 divisões na Sicília e a Alemanha duas unidades de tanques. Os britânicos e norte-americanos invadem a ilha com 478 mil homens, 150 mil nos primeiros três dias, com o apoio de 4 mil aviões de combate contra 1,5 mil do Eixo.
Em 25 de julho, o ditador Benito Mussolini cai e o rei Vítor Emanuel III ordena sua prisão. Ele seria libertado pelos alemães e instalado num regime chamado de República Social Italiana numa região dominada pelos nazistas no Norte da Itália.
Inicialmente as forças do Eixo criam uma barreira no centro da Itália. A Força Expedicionária Brasileira (FEB) luta com os aliados para destruir esta barreira e tomar toda a Itália.
DENG XIAOPING REABILITADO
Em 1977, depois da cair em desgraça durante a Grande Revolução Cultural Proletária (1966-76), Deng Xiaoping é reabilitado pelo Partido Comunista da China e recebe todos seus antigos cargos de volta, inclusive o de vice-primeiro-ministro.
Filho de um proprietário rural, Deng nasce em Guang'an, na província de Sichuã, em 22 de agosto de 1904. Ele estuda na França (1920-24), onde começa a militância comunista, e na União Soviética (1925-27).
De volta à China, entra para a luta armada. É um líder político e militar do Soviete de Jiangxi, um enclave comunista criado por Mao em 1931. Quando os nacionalistas do Kuomintang (KMT) massacram e perseguem os comunistas, Deng participa da Longa Marcha (1934-35). uma fuga de 9 mil quilômetros durante um ano.
Durante a resistência à invasão japonesa (1937-45), Deng é comissário político junto a um dos exércitos guerrilheiros dos comunistas e comissário-chefe do 2º Exército durante a Guerra Civil Chinesa que termina em 1º de outubro de 1949 com a vitória da revolução comunista.
Deng vira líder regional do partido no Sudoeste. Em 1952, é nomeado vice-primeiro-ministro e depois ministro das Finanças (1953-54), membro do Politburo (1955) e secretário-geral do Partido Comunista (1956-67). Como sua visão da economia era considerada liberal demais para o radicalismo maoísta, Deng cai em desgraça durante a Revolução Cultural e é enviado para reeducação no interior.
Reabilitado por Mao em 1975, no mesmo ano é novamente marginalizado por "desviacionismo direitista" em razão de suas críticas à Revolução Cultural.
Depois de uma grande manifestação de massa na Praça da Paz Celestial, em abril de 1976, Deng é reabilitado pela segunda vez. Em 1977, lança a Primavera de Beijim, uma campanha para criticar os crimes e abusos cometidos naquele período, e se insurgiu contra a política dos Dois Quaisquer, de Hua Guofeng, o sucessor de Mao, considerando-a inaceitável.
Em 13 de dezembro de 1978, Deng Xiaoping lança seu programa de reformas e abertura econômica, que promoveu o maior e mais rápido desenvolvimento econômico da história. Em 40 anos, mais de 800 milhões de chineses saem da pobreza. A China vira a segunda maior economia do mundo e
A reforma leva a um renascimento acadêmico e cultural. Os anos 1980 são uma década de mais liberdade na China. Acaba com o Massacre na Praça da Paz contra o movimento pela liberdade e democracia liderado por estudantes em 4 de junho de 1989. A abertura política morre aí.
Deng não tem cargo de presidente ou primeiro-ministro nesta época, em que é o supremo líder. É presidente da Comissão Militar Central. Tem o comando das Forças Armadas. Ele cria um sistema de liderança coletiva sob o princípio de que o presidente e o líder do partido devem servir dois mandatos de cinco anos. O atual ditador, Xi Jinping, quebra esta regra para se eternizar no poder.
ADEUS A ARMA NUCLEARES
Em 1987, o líder soviético Mikhail Gorbachev aceita negociar o primeiro tratado da história para eliminar toda uma classe de armas atômicas, os mísseis nucleares terrestres de curto e médio alcances (500 a 5,5 mil km).
No fim de 1986, as duas superpotências parecem próximas de um acordo, mas Gorbachev exige o fim da Iniciativa de Defesa Estratégica, mais conhecida como Guerra nas Estrelas, a tentativa de instalar um sistema de defesa antimísseis no espaço, violando o Tratado de Mísseis Antibalísticos (ABM), de 1972, mais conhecido como MAD (destruição mutuamente assegurada), que significa louco em inglês.
Nesta data, Gorbachev aceita negociar sem precondições. Em 8 de dezembro de 1987, num encontro de cúpula em Washington, Reagan e Gorbachev assinam o Tratado sobre Forças Nucleares Intermediárias, abandonado pelo presidente Donald Trump em 2 de agosto de 2019 sob a alegação de que a Rússia o violou.
EUA MATAM FILHOS DE SADDAM
Em 2004, os filhos do ditador iraquiano Saddam Hussein, Uday e Qusay morrem num tiroteio com forças dos Estados Unidos em Mossul, no Norte do Iraque.
Ambos são considerados mais cruéis do que o pai e acusados de uma série de atrocidades como sequestro, tortura e morte de dissidentes, estupros e violência sexual. Acumulam grande fortunas com contrabando durante o regime de sanções imposto pelas Nações Unidas depois da invasão do Kuwait, em 2 de agosto de 1990.
Depois da invasão de 2003, os EUA oferecem uma recompensa de US$ 15 milhões por informações sobre cada filho de Saddam. Em 22 de julho, forças especiais dos EUA cercam a casa onde eles se escondem. Com o apoio de helicópteros de combate e 100 paraquedistas da 101ª Divisão Aerotransportada, os americanos liquidam os filhos de Saddam.
Os EUA são muito criticados por divulgar imagens dos cadáveres. Alegam que é a única maneira de convencer os aliados do regime das mortes.
O próprio Saddam foi preso em 13 de dezembro de 2003. Um tribunal especial iraquiano o condena à morte em 5 e novembro de 2006. O ditador é enforcado em 30 de dezembro do mesmo ano.
NASCE UM HERDEIRO DO TRONO
Em 2013, nasce o príncipe George, primeiro filho do príncipe William e da princesa Kate Middleton, segundo na linha sucessória do rei Carlos III, da Inglaterra, depois do pai.
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