terça-feira, 23 de julho de 2024

Hoje na História do Mundo: 23 de Julho

PRIMEIRO FORD

    Em 1903, a Ford Motor Company vende seu primeiro automóvel, o Ford Modelo A. Cinco anos depois, lança o bem-sucedido Ford Modelo T.

Henry Ford e 11 sócios fundam a empresa em 1903, no fim da revolução industrial norte-americana, na chamada Era Dourada do capitalismo nos Estados Unidos, quando o país ultrapassa o Reino Unido, no fim do século 19, para se tornar a maior economia do mundo, posição. Ocupa está posição até hoje. Agora,é ameaçada pela China.

A grande jogada da Ford é popularizar o automóvel, tornando-o num produto com consumo em massa. Henry Ford quer que seus operários possam comprar o carro que fabricam. A partir de 1914, paga um salário mínimo de 5 dólares por hora. Também investe em tecnologia. Introduz a linha de montagem móvel, uma revolução na produção industrial.

O fordismo é um sistema de produção em massa e de gestão da empresas criado em 1913 por Ford ao escrever o livro Minha Filosofia e Indústria.

Com sede em Dearborn, no estado de Michigan, a Ford cresceu para se tornar uma das maiores fabricantes de automóveis do mundo.

ÁUSTRIA-HUNGRIA DÁ ULTIMATO À SÉRVIA

    Em 1914, pouco menos de um mês depois do assassinato do herdeiro do trono, arquiduque Francisco Ferdinando, pelo estudante radical sérvio Gavrilo Princip nas ruas de Sarajevo, o embaixador do Império Austro-Húngaro em Belgrado dá um ultimato à Sérvia.

O plano austro-húngaro, elaborado em conjunto com a Alemanha, é provocar uma guerra que o governo de Viena espera vencer rapidamente, antes que a Rússia, poderosa aliada da Sérvia, reaja.

Pelos termos do ultimato, considerado inaceitável e sem precedentes por Winston Churchill, a Áustria-Hungria exige que a Sérvia aceite uma investigação austro-húngara do atentado, proíba toda e qualquer propaganda política contra a Áustria e acabe com todas as organizações terroristas baseadas em território sérvio.

Princip é ligado ao grupo Mão Negra, que fornece armas e leva o assassino de Belgrado para Sarajevo.

Viena dá 48 horas de prazo para a Sérvia. É um ultimato tão duro que o embaixador austríaco, Barão Giesl von Giesling, entrega e prepara sua mudança. Em toda a Europa, há um consenso de que nenhum país independente e soberano pode aceitar tais imposições.

O continente está dividido entre duas alianças. Desde 1882, Alemanha, Áustria-Hungria e Itália formam a Tríplice Aliança, enquanto França, Reino Unido e Rússia se aliam na Tríplice Entente em 1907.

A Sérvia imediatamente apela à aliada Rússia. Em 24 de julho, o Conselho de Ministros do império czarista ordena a mobilização de quatro regiões militares.

No dia seguinte, o primeiro-ministro sérvio, Nicola Pasic, mobiliza o Exército e vai pessoalmente entregar a resposta ao embaixador austro-húngaro. A Sérvia aceita todas as exigências, menos a investigação em seu território.

A resposta não faz a menor diferença. Von Giesling rompe relações da Áustria-Hungria com a Sérvia e vai para a estação ferroviária.

Três dias depois, em 28 de julho, começa a Primeira Guerra Mundial (1914-18). A Áustria-Hungria declara guerra e ataca a Sérvia. A Alemanha, que apoia a Áustria-Hungria, dá um ultimato a Rússia França e Reino Unido para que permaneçam neutros.

O Reino Unido cobra em 31 de julho de Alemanha e França que respeitem a neutralidade da Bélgica. A Alemanha não responde.

Em 1º de agosto, findo o ultimato alemão, Alemanha e Rússia estão em guerra. O Reino Unido anuncia que fica neutro se a França não for atacada.

A Alemanha invade Luxemburgo em 2 de agosto e troca tiros com guarnições da França. Em 3 de agosto, a Alemanha declara guerra à França. Na manhã de 4 de agosto, invade a Bélgica, que pode ajuda ao Reino Unido com base no Tratado de Londres.

O Reino Unido exige a retirada alemã da Bélgica até meia-noite. Como a Alemanha não recua, os dois países entram em guerra. 

A Itália não participa inicialmente. Alega que a Tríplice Aliança é meramente defensiva. Em 1915, entra ao lado dos aliados ocidentais. O Império Otomano (turco) se une às potências centrais.

A Primeira Guerra Mundial, o conflito que forja o século 20, termina em 11 de novembro de 1918 com a vitória dos aliados ocidentais depois da intervenção dos Estados Unidos. No fim, desaparecem os impérios alemão, austro-húngaro, otomano e russo. A revolução comunista na Rússia e a ascensão do nazifascismo são consequências.

Se era "a guerra para acabar com todas as guerras", como afirmava o presidente Woodrow Wilson para convencer os norte-americanos a entrar numa guerra na Europa, a Conferência de Versalhes, em 1919, é a paz para acabar com todas as pazes. Planta as sementes da Segunda Guerra Mundial (1939-45).

CORONÉIS DERRUBAM MONARQUIA NO EGITO

    Em 1952, a Sociedade dos Oficiais Livres depõe o rei Faruk e toma o poder no Egito num golpe liderado pelo coronel Gamal Abdel Nasser. O rei é acusado de corrupção e pela derrota na Guerra de Independência de Israel (1948-49).

A Revolução dos Coronéis redistribui a terra, processa políticos corruptos e abole a monarquia. Nasser sai da sombra em 1954 como primeiro-ministro e promulga a Constituição da República Socialista Árabe do Egito. Em 1956, assume o novo cargo de presidente e se transforma no grande líder do nacionalismo pan-árabe.

Nasser nacionaliza o Canal de Suez em 1956, provocando uma intervenção militar da França e do Reino Unido, com o apoio de Israel, na Guerra de Suez. Sob pressão dos Estados Unidos e da União Soviética, as forças franco-britânicas se retiram e o Egito assume o controle sobre o canal.

Com a derrota esmagadora dos países árabes na Guerra dos Seis Dias (1967) contra Israel, Nasser perde o prestígio e morre em 1970 de ataque cardíaco.

LUTA CONTRA O RACISMO NOS EUA

    Em 1967, começa a Rebelião de Detroit, a mais violenta da onda de protestos de rua contra o racismo do longo e quente verão de 1967 nos Estados Unidos
Em cinco dias de conflitos entre a comunidade negra e a polícia, 43 pessoas morrem, 1.189 saem feridas, mais de 7,2 mil são presas e 1,4 mil prédios vandalizados.

Tudo começa com uma operação policial às 3h45 contra um bar clandestino chamado Blind Pig (Porco Cego), num bairro pobre onde há uma festa para veteranos da Guerra do Vietnã (1964-71). A ação policial em plena madrugada atrai moradores da vizinhança, que se revoltam com a prisão das 82 pessoas.

Enquanto a polícia espera viaturas em quantidade suficiente, um porteiro filho do dono do bar incita a multidão. Joga uma garrafa contra os policiais. Quando a polícia vai embora, a multidão enfurecida saqueia uma loja de roupas próxima. Logo, a onda de saques se amplia.

O governador George Romney convoca a Guarda Nacional e o presidente Lyndon Johnson envia a 82ª e a 101ª divisões aerotransportadas, tropas de elite de paraquedistas que costumam estar na linha de frente das intervenções militares dos EUA no exterior.

AMY WINEHOUSE MORRE

    Em 2011, a cantora, compositora e multi-instrumentista britânica Amy Winehouse, que ganha cinco prêmios Grammy pelo álbum Back to Black (2006), mas enfrenta problemas com álcool e drogas ilícitas, morre de intoxicação alcoólica aos 27 anos.

Amy Winehouse nasce em Londres em 14 de setembro de 1983, filha de mãe farmacêutica que se separa do pai, um motorista de táxi, quando ela tem nove anos. Desde menina, ela revela dotes artísticos. É expulsa da Escola de Teatro Sylvia Young por causa de um piercing no nariz, o que hoje Sylvia Young negue.

Na prestigiada BRIT School, que tem como missão desenvolver a criatividade de jovens de todas as origens sociais para "dar uma grande contribuição à sociedade, Amy mostra talento como atriz e cantora. Aos 16 anos, começa a se apresentar com grupos de jazz.

Com sua poderosa voz contralto, Amy mistura soul, jazz, rhythm & blues e ritmos caribenhos. Quando lança o primeiro álbum, Frank (2006), um sucesso de crítica, é comparada a Sarah Vaughn, Dinah Washington e Billie Holiday.

A vida amorosa tumultuada inspira a poesia cáustica de Back to Black, seu maior sucesso. Depois de casar com Blake Fielder Civil, em 2007, Amy Winehouse entra numa fase de comportamento errático. Perde peso, cancela shows, se apresenta bêbada e é presa na Noruega por posse de maconha. O marido é preso numa briga de bar. Em janeiro de 2008, o jornal sensacionalista britânico The Sun divulga um vídeo em que ela aparece supostamente usando cocaína.

Em 2008, por causa do uso de drogas, não consegue visto para ir para os EUA e participa da entrega dos Prêmios Grammy através de um link via satélite. Back to Black ganha cinco grammies, inclusive melhor disco e melhor música para Rehab.

O casal se divorcia em 2009. Dois anos depois, ela tenta voltar aos palcos, mas a turnê é cancelada depois que Amy aparece doidona no primeiro show. Ela morre no mês seguinte.

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