terça-feira, 13 de maio de 2025

EUA e China têm trégua temporária na guerra comercial

Os Estados Unidos e a China concordaram ontem em negociações em Genebra, na Suíça, em reduzir as tarifas de importação em 115 pontos percentuais. A trégua de 90 dias na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo traz um alívio para a economia mundial. 

As bolsas de valores voltaram ao nível de 2 de abril, o dia do anúncio do tarifaço, mas as questões de fundo permanecem: o déficit comercial dos EUA, as restrições à venda de microprocessadores à China, a competição tecnológica em torno da inteligência artificial.

A alíquota de 145% imposta pelo presidente Donald Trump à China e a retaliação chinesa de 125% inviabilizavam o comércio bilateral. As negociações começaram há três semanas. Durante uma reunião do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington, o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, encontrou-se com o ministro das Finanças da China, Lan Fo'an. No fim de semana, Bessent esteve em Genebra com o vice-primeiro-ministro chinês para questões econômicas, He Lifeng.

A rapidez do acordo indica que as duas partes estavam interessadas num recuo. Ambas cantaram vitória. Na prática, quem cedeu foi Trump, ao pressupor que poderia aumentar as tarifas impunemente. Depois, ameaçou não negociar com quem retaliasse.

A trégua dá um respiro à economia mundial, mas um acordo comercial entre as duas maiores economias ainda está distante e é apenas um aspecto da competição econômica, política, científica, tecnológica e militar entre os EUA e a China pela supremacia mundial.

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