sábado, 2 de agosto de 2025

Trump aceita falar com Lula mas o diálogo é difícil

Pela primeira vez desde que anunciou um tarifaço de 50% sobre importações do Brasil, a maior alíquota de sua guerra comercial, o presidente Donald Trump admitiu ontem estar disposto a conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É um diálogo difícil porque Trump exige o fim do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Os Estados Unidos anunciaram há dois dias as tarifas que serão impostas a partir de 7 de agosto pela guerra comercial de Trump aos países que não fecharam acordos. Até agora, só fizeram acordos países que dependem de Washington para segurança e defesa. É um sinal de que essas negociações nunca são só sobre comércio para equilibrar a balança comercial norte-americanas.

Há tarifas punitivas. É o caso do Brasil, que tem déficit comercial com os EUA. O país conseguiu isenção do tarifaço para 694 produtos, mais de 40% das exportações para os EUA, que serão taxados em 10%, a alíquota anunciada em 2 de abril. Ficaram de fora desta isenção itens importantes da pauta de exportações como carne e café. O governo brasileiro vai continuar negociando a questão comercial, mas rejeita a interferência política.

Trump parece determinado a apostar na eleição no próximo ano de um presidente brasileiro que seja seu aliado e afaste o Brasil da China numa nova guerra entre os EUA e a China.

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