sábado, 16 de agosto de 2025

Hoje na História do Mundo: 16 de Agosto

NASCE LAWRENCE DA ARÁBIA

    Em 1888, nasce em Tremadog, no País de Gales, o arqueólogo, diplomata, estrategista militar, agente secreto e escritor Thomas Edward Lawrence, oficial de ligação do Exército Real britânico com a Revolta Árabe (1916-18) contra o Império Otomano durante a Primeira Guerra Mundial (1914-18), o que lhe valeu o nome de Lawrence da Arábia.

Arabista formado na Universidade de Oxford, Lawrence trabalha como oficial de inteligência do Exército Real britânico no Egito a partir de 1914. Quando começa a Revolta Árabe (1916-18) contra o Império Otomano, aliado da Alemanha e do Império Austro-Húngaro na guerra, Lawrence convence seus superiores a apoiar a rebelião do emir de Meca, Hussein ibn Ali. É enviado como oficial de ligação do Exército Real para unir as tribos árabes com o apoio da França e do Reino Unido.

Em julho de 1917, os árabes tomam o porto de Ácaba, perto da Península do Sinai, e se juntam aos britânicos para marchar rumo a Jerusalém. Lawrence é promovido a coronel. Preso numa ação de inteligência, é torturado e abusado sexualmente até conseguir escapar.

Forças australianas sob o comando do general Henry Chauvel atacam Damasco primeiro, mas seguem perseguindo os turcos em fuga quando as tropas de Lawrence chegam.

Lawrence é a favor da unidade da Arábia. Como os vencedores não honram a promessa de apoiar a criação de uma grande nação árabe e as diversas facções árabes se dividem, Lawrence volta para a Inglaterra desiludido e rejeita medalhas do rei George V por entender que o Império Britânico fomenta a divisão dos árabes na velha política de dividir para reinar.

CORRIDA DO OURO

     Em 1896, quando pesca salmão perto do Rio Klondike, no território canadense do Yukon, George Carmack descobre pepitas de ouro no leito de um riacho e deflagra a maior corrida do ouro da história da América, com 100 mil garimpeiros indo para o Alasca e o Canadá em três anos.

Carmack se muda da Califórnia para o Alasca em 1881 em busca de ouro. Sem sucesso, ele cruza a fronteira para o território do Yukon. Em 1896, outro caçador da fortuna, Robert Henderson, lhe diz que há ouro no Klondike.

Com dois indígenas, Carmack vai investigar. Eles acampam perto do Riacho Coelho e um deles, Skookum Jim, cunhado de Carmack, avista as pepitas.

A notícia se espalha rapidamente pelos Estados Unidos e o Canadá. Em duas semanas, 50 mil garimpeiros correm para o Yukon. A Febre do Klondike atinge a temperatura máxima em julho de 1897, quando navios com mais de duas toneladas de ouro do Yukon chegam a São Francisco e Seattle.

Uma nova onda de migrantes vai para o Norte, mas o maior parte do ouro já está garimpada. Entre os fracassados, está o jovem escritor Jack London, de 21 anos, que escreve livros sobre a saga dos caçadores de ouro.

Carmack enriquece. Sai do Yukon com US$ 1 milhão. Os pequenos mineiros vendem os direitos de exploração para grandes empresas. A exploração de ouro em grande escala continua até 1966 e rende US$ 250 milhões. Cerca de 200 pequenas minas de ouro operam hoje na região.

RAMONES LANÇAM PUNK ROCK

    Em 1974, cinco anos depois do auge da era hippie com o Festival de Woodstock, quatro garotos do bairro nova-iorquino do Queens, os Ramones, entram no palco de um bar do Village Leste de jeans e jaquetas de motoqueiros para iniciar uma nova revolução musical.


O termo punk rock só seria cunhado em 1975 pela revista musical McNeil. A música feroz e selvagem, "eliminando o desnecessário para focar na substância", estridente e ensurdecora, inspira bandas britânicas como Sex Pistols e The Clash, ícones do movimento punk.

REI DO ROCK MORRE

    Em 1977, o cantor, músico e ator norte-americano Elvis Presley, o Rei do Rock, morre aos 42 anos em Memphis, no Tennessee, de ataque cardíaco, provavelmente por causa do vício em drogas de farmácia, deflagrando uma romaria até sua casa, a Mansão de Graceland.

Elvis nasce pobre em Tupelo, no Mississípi, em 8 de janeiro de 1935. O irmão gêmeo Jesse morre no parto. Depois do ensino médio, consegue um emprego como motorista de caminhão.

Aos 19 anos, entra num estúdio e paga US$ 4 para gravar algumas músicas para presentear a mãe. O dono do estúdio, Sam Philips, gosta da voz e convida Elvis para ensaiar com músicos locais. Ao ouvir a gravação da canção de rhythm & blues That's All Right, decide lançar um compacto na sua gravadora Sun Records.

O disco chega ao primeiro lugar nas paradas de sucesso locais e lança Elvis, o cantor solo que mais vendeu discos até hoje no mundo. Em 1955, a Sun Records vende o contrato com Elvis para a RCA, uma das gravadoras mais importantes dos Estados Unidos pelo preço recorde de US$ 40 mil.

Em setembro de 1956, Elvis aparece no programa de televisão Ed Sullivan Show, mas as câmeras só o mostram da cintura para cima. Seu requebrado de dança de origem africana é considerado sensual demais para os padrões moralistas da época.

Cerca de 60 milhões de pessoas assistem ao programa, 82% dos televisores ligados naquela noite, a maior audiência de TV dos anos 1950.

De 1956 a 1958, ele estrela quatro filmes. Em 1958, para desespero dos fãs, é convocado para servir o Exército dos EUA na Alemanha Ocidental durante a Guerra Fria. Seu empresário, coronel Tom Parker, guarda cinco compactos a serem lançados durante o ano do serviço militar. Todos vendem mais de um milhão de cópias.

Após deixar o Exército, Elvis muda seu estilo do rock para baladas românticas que embalam os melosos filmes de Hollywood que ele estrela. 

Nos anos 1960, o rock sofre uma revolução com bandas como os Beatles e os Rolling Stones, entre outras. Acomodado e conformado, Elvis deixa de ser um ídolo da juventude. John Lennon diz que ele morreu quando serviu o Exército.

Nos anos 1970, Elvis entra em declínio físico e mental. Divorcia-se da mulher, Priscilla. Deprimido, se vicia em álcool e drogas de farmácia. Engorda com comida de má qualidade e se torna obeso. Em 16 de agosto de 1977, é encontrado inconsciente na Mansão de Graceland, onde está enterrado, que vira uma grande atração turística.


HOMEM-RELÂMPAGO

    Em 2009, o corredor jamaicano Usain Bolt reduz seu próprio recorde mundial nos 100 metros em rasos em 11 décimos de segundo, com o tempo de 9,58 seg, no Estádio Olímpico de Berlim, onde na Olimpíada de 1936 o negro americano Jesse Owens conquistou quatro medalhas de ouro destruindo o mito nazista da superioridade da raça ariana (branca).

Bolt bate o recorde mundial na Olimpíada de 2008, em Beijim, na China, com o tempo de 9,69 seg. É o primeiro homem a correr 100 m em menos de 9,7 seg. Em Berlim, é o primeiro a baixar a marca para menos de 9,6 seg.

O homem mais rápido da história promete reduzir o tempo para 9,4 seg. Deixa as pistas no Campeonato Mundial de Atletismo de 2017 sem conseguir, mas o recorde é seu até hoje.

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