segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Hoje na História do Mundo: 11 de Agosto

PRISÃO DE SEGURANÇA MÁXIMA 

    Em 1934, o primeiro grupo de prisioneiros perigosos chega à Ilha de Alcatraz, na Baía de São Francisco, na Califórnia, convertida de prisão militar em prisão federal de segurança máxima dos Estados Unidos.

Os primeiros seres humanos chegam à Baía de São Francisco entre 20 e 10 mil anos antes de Cristo. Quando os europeus a descobrem, há cerca de 10 mil indígenas entre Point Sur, hoje um parque nacional perto de Carmel, e a Baía de São Francisco.

Alcatraz é um lugar de isolamento e ostracismo para quem viola as leis de tribo. É também um local de pesca e coleta de frutos do mar e ovos de aves. Também é refúgio para indígenas que não se submetem ao sistema de missões do início da colonização da Califórnia.

Quando a Califórnia pertence ao México, a ilha é cedida a John Workman para a construção de um farol. Com a Guerra Mexicano-Americana (1846-48) e a conquista de cerca de 40% do território mexicano pelos EUA, há uma preocupação em defender a Baía de São Francisco, especialmente porque em 24 de janeiro de 1848 começa a Corrida do Ouro na Califórnia.

Em 1853, Alcatraz é fortificada por uma guarnição para 200 soldados. A partir de 1868, as instalações passam a ser usadas como prisão para bandoleiros e indígenas rebeldes. Durante as guerras indígenas, muitos índios são confinados na ilha. No século 20, Alcatraz recebe uma quantidade expressiva de presos. É ampliada.

Durante a Grande Depressão (1929-39), uma crise econômica brutal que é a principal causa econômica da Segunda Guerra Mundial (1939-45), a criminalidade aumenta nos EUA. Aquela pequena ilha rochosa de 8,9 quilômetros quadrados que fica a 2,4 km da cidade de São Francisco é um bom lugar para assustar qualquer bandido.

De 1934 a 1963, Alcatraz é uma das prisões mais seguras do planeta. Por lá, passam Robert Stroud, James Whitey Bulger e o mais famoso dos mafiosos, Al Capone.

JACKSON POLLOCK MORRE EM ACIDENTE

    Em 1956, morre aos 44 anos em acidente de automóvel em Springs, no estado de Nova York, quando dirigia alcoolizado, o pintor Jackson Pollock, um expoente do expressionismo abstrato, um movimento caracterizado pela livre associação de gestos num método conhecido como "pintura em ação". Ele andava sobre as telas salpicando-as com gotas de tinta.

Paul Jackson Pollock nasce em Cody, no estado de Wyoming, nos Estados Unidos, em 28 de janeiro de 1912. É o mais novo de cinco filhos de Stella May McClure, de origem escocesa, e de LeRoy Pollock, de origem escocesa e irlandesa. O sobrenome original do pai era McCoy, antes de ser adotado por em 1890 pela família Pollock depois da morte de seus pais.

Quando ele tem 11 meses, a família sai de Cody e passa 18 anos na Califórnia e no Arizona. Em 1928, eles vão para Los Angeles onde Pollock se matricula na Escola Secundária de Artes Manuais, onde sofre influência de Frederick John de St. Vrain Schwankovsky, um pintor e ilustrador membro da Sociedade Teosófica, uma seita que promove a espirtualidade oculta e metafísica.

Schwankovsky ensina desenho e pintura a Pollock, e o apresenta aos movimentos da arte moderna da Europa e à literatura teosófica. Esta experiência o prepara para seguir a teoria do psicanalista suíço Carl Jung e a explora as imagens do inconsciente na pintura.

Em 1930, Jackson Pollock segue o irmão Charles e vai para Nova York, onde entra para a Liga dos Estudantes de Arte. Depois de alguns anos na miséria durante a Grande Depressão (1929-39), ele consegue um emprego no Projeto de Arte Federal. Isto lhe dá segurança e oportunidade para desenvolver sua arte.

Com problema de alcoolismo, Pollock começa um tratamento psiquiátrico em 1937. No ano seguinte, tem uma crise de saúde mental. É hospitalizado durante quatro meses. Depois deste problema, sua arte se torna semiabstrata e mostra influência dos pintores espanhóis Pablo Picasso e Joan Miró e do muralista mexicano José Clemente Orozco.

Depois do fim do Projeto de Arte Federal, Peggy Guggenheim o contrata em julho de 1943 para sua galeria Arte deste Século, em Nova York, onde ele desenvolve seu estilo totalmente pessoal. Ele pinta Mural para a entrada da casa de Guggenheim. Por sugestão do amigo Marcel Duchamp, Pollock pinta uma tela para ser portátil. O crítico Clement Greenberg observa: "Isto é uma arte extraordinária. Pollock é o maior pintor que este país já produziu."

Em 1947, Pollock usa pela primeira vez a técnica de gotejamento sobre a tela criada por Max Ernst. Coloca a tela no chão e não usa pincéis. 

É descrito por seus contemporâneos como gentil e contemplativo cquando sóbrio e violento quando bebia. A morte vem num acidente quando Pollock dirigia embriagado. Seu conversível sai da estrada, fere uma passageira, Ruth Kligman, com quem tem um caso, e mata sua amiga Edith Metzger.

INDEPENDÊNCIA DO CHADE

    Em 1960, o Chade se torna independente da França sob a liderança de François Tombalbaye, primeiro presidente, mas não consegue paz e estabilidade, e enfrenta cerca de 40 anos de guerra civil e violência, além de um conflito com a vizinha Líbia de 1978 a 1987.


O Chade vira uma república autônoma dentro da Comunidade Francesa em novembro de 1958 e consegue a independência total em agosto de 1960. É um dos países mais pobres do mundo até se tornar um grande produtor de petróleo, em 2003.

É também o berço da humanidade. O primeiro hominídeo, o Sahelanthropus tchadensis, surgiu lá há 7 milhões de anos.

REIS DO IÊ IÊ IÊ

    Em 1964, o primeiro filme dos Beatles, A Hard Day's Night (Os Reis do Iê Iê Iê), tem avant-première em Nova York no auge da Beatlemania.

É uma comédia musical em que John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr enfrentam produtores nervosos, fãs histéricas e parentes problemáticos tentando equilibrar os compromissos profissionais e se divertir com sua arte.

O filme é um dos musicais mais influentes de todos os tempos, um precursor dos videoclipes feito com orçamento baixo.

REVOLTA EM LOS ANGELES

    Em 1965, a tensão racial explode no bairro de maioria negra Watts, em Los Angeles, quando dois policiais brancos lutam para submeter e prender um motorista negro suspeito de dirigir bêbado.

Uma multidão se reúne na esquina do Avalon Boulevard com a Rua 116 para ver o que acontece e se revolta. Vê a cena como mais um abuso de poder de caráter racista.

A rebelião se espalha por uma área de 130 quilômetros quadrados no Centro-Sul da segunda maior cidade dos Estados Unidos em população e a maior em área, com saques de lojas, incêndio de prédios e tiroteios com a polícia. Com a intervenção da Guarda Nacional, a violência é controlada em 16 de agosto.

Em cinco dias, 34 pessoas são mortas, 1.032 feridas e cerca de 4 mil presas. O prejuízo material é de US$ 40 milhões.

RETIRADA DO VIETNÃ

    Em 1972, a última unidade de combate terrestre dos Estados Unidos, que defendia a base de Da Nang, deixa o Vietnã do Sul, como parte do acordo de paz com o regime comunista do Vietnã do Norte. 

A Segunda Guerra da Indochina ou Guerra do Vietnã (1955-75) começa quando os EUA suspendem as eleições para unificar o país, dividido depois da derrota da potência colonial, a França, na Primeira Guerra da Indochina (1946-54), porque os comunistas do Vietnã do Norte liderados por Ho Chi Minh são favoritos.

Os EUA começam a enviar assessores militares ao Vietnã do Sul nos governos Harry Truman (1945-53) e Dwight Eisenhower (1953-61). No fim do governo John Kennedy (1961-63), são mais de 2,8 mil. Alguns atuam em combate.

Depois de forjar o Incidente do Golfo de Tonkin, um ataque falso a navios contratorpedeiros norte-americanos, em 4 de agosto de 1964, o presidente Lyndon Johnson declara guerra ao Vietnã do Norte. Em 1968, os EUA tem 548 mil soldados na Guerra do Vietnã e mais de 30 mil perdas.

Impopular por causa da guerra, Johnson desiste da reeleição em 1968. O presidente Richard Nixon, do Partido Republicano, se elege prometendo acabar com a guerra e ameaça usar armas nucleares. Depois de visitar a China e a União Soviética em 1972, na chamada détente, um período de degelo na Guerra Fria nos anos 1970, a Guerra do Vietnã, com forte oposição interna, perde o sentido para os EUA. Ao todo, mais de 58,2 mil soldados norte-americanos morrem no Vietnã.

Ainda ficam no país 43,5 mil assessores militares, aviadores e tropas de apoio dos EUA. Este número não inclui os marinheiros da 7ª Frota estacionados no Mar do Sul da China nem o pessoal das bases aéreas na Tailândia e na ilha de Guam.

A Guerra do Vietnã termina em 30 de abril de 1975, quando o Vietnã do Norte toma Saigon, a capital do Vietnã do Sul, hoje Cidade de Ho Chi Minh, e reunifica o país sob um regime comunista no poder até hoje. 

Mais de 3 milhões de vietnamitas morrem na Guerra do Vietnã (1955-75). Desde 1986, o Vietnã introduz reformas econômicas no modelo chinês, Doi Moi, que significa Renovação. Em 1995, estabelece relações diplomáticas com os EUA. 

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