sábado, 16 de agosto de 2025

Trump aceita as exigências de Putin para a paz na Ucrânia

 Depois de ameaçar o ditador russo, Vladimir Putin, com "sérias consequências", se não aceitasse um cessar-fogo na guerra de agressão contra a Ucrânia, no encontro de cúpula de ontem no Alasca, o presidente Donald Trump não só tirou Putin do isolamento a que estava submetido desde o início da guerra como aceitou todas as exigências do agressor.

Na segunda-feira, Trump recebe o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e líderes da União Europeia na Casa Branca e deve apresentar a proposta que atende aos interesses da Rússia. Já falou que a Ucrânia terá de ceder territórios para acabar com a guerra. Os europeus estão preocupados com o futuro da segurança do continente se a Rússia ganhar com a guerra de agressão. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, ainda apareceu no Alasca com uma camiseta da União Soviética.

Putin quer o reconhecimento internacional da soberania da Rússia sobre a Península da Crimeia, que anexou em março de 2014, e as províncias de Donetsk e Lugansk, na região de Donbass, e possivelmente também Zaporíjia e Kherson, além de um veto à entrada da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar liderada pelos Estados Unidos. 

Mas nenhum líder ucraniano pode aceitar a cessão de territórios conquistados numa guerra de agressão, o que é proibido pela Carta das Nações Unidas e pelo direito internacional, nem aceitar um acordo que não dê garantias de segurança ao país. Estas garantias só podem vir de países da OTAN.

Então, é possível que a guerra acabe com um armistício, mas é muito difícil um acordo de paz definitivo.

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