Depois de ameaçar o ditador russo, Vladimir Putin, com "sérias consequências", se não aceitasse um cessar-fogo na guerra de agressão contra a Ucrânia, no encontro de cúpula de ontem no Alasca, o presidente Donald Trump não só tirou Putin do isolamento a que estava submetido desde o início da guerra como aceitou todas as exigências do agressor.
Putin quer o reconhecimento internacional da soberania da Rússia sobre a Península da Crimeia, que anexou em março de 2014, e as províncias de Donetsk e Lugansk, na região de Donbass, e possivelmente também Zaporíjia e Kherson, além de um veto à entrada da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar liderada pelos Estados Unidos.
Mas nenhum líder ucraniano pode aceitar a cessão de territórios conquistados numa guerra de agressão, o que é proibido pela Carta das Nações Unidas e pelo direito internacional, nem aceitar um acordo que não dê garantias de segurança ao país. Estas garantias só podem vir de países da OTAN.
Então, é possível que a guerra acabe com um armistício, mas é muito difícil um acordo de paz definitivo.

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