ÚLTIMOS DIAS DO IMPÉRIO ROMANO DO OCIDENTE
Em 476, o chefe bárbaro Flávio Odoacro captura e executa Orestes, pai do último imperador romano do Ocidente, Rômulo Augústulo.
Um ano antes, Orestes promete terras a seus mercenários e proclama o filho imperador. Como não cumpre a promessa, é alvo de uma revolta liderada por Odoacro.
Em 23 de agosto de 476, Orestes foge para Pávia, onde recebe refúgio do arcebispo de cidade. Quando Odoacro invade e saqueia Pávia, Orestes foge para Piacenza, onde é preso e morto. Seu filho Rômulo Augústulo cai em 4 de setembro. Odoacro se torna rei da Itália.
É o fim do Império Romano do Ocidente e da Antiguidade. O Império Romano do Oriente ou Império Bizantino sobrevive por mais dez séculos, até a tomada de Constantinopla pelos turcos do Império Otomano, em 29 de maio de 1453, marco do fim da Idade Média.
CERCO DE TOULON
Em 1793, durante as Guerras Revolucionárias da França, começa o Cerco de Toulon, em que o jovem oficial de artilharia Napoleão Bonaparte obtém sua primeira glória ao forçar a retirada de uma frota anglo-espanhola que captura Toulon e suas fortes em apoio à monarquia e ao Antigo Regime.
Na primavera de 1793, uma série de derrotas militares fortalece os extremistas dentro da Revolução Francesa (1789-99). Os girondinos são expulsos da Convenção Nacional e os montanhases tomam o poder com o apoio dos sanculottes (trabalhadores, artesãos e pequenos comerciantes) de Paris.
Os montanheses são tão burgueses quanto os girondinos, mas, para atender às necessidades da defesa, adota políticas econômicas e sociais radicais que provocam reações violentas: a Guerra da Vendeia, os levantes "federalistas" na Normandia e na Provença, os revoltas de Lyon, de Bordeaux e de Chouans, na Bretanha.
Toulon tem uma base naval e um arsenal importantes. Contrarrevolucionários monarquistas se aliam ao vice-almirante britânico Lorde Hood. Concordam em entregar Toulon a Hood se ele se comprometer a preservar a cidade e seus navios.
Em 27 de agosto, uma frota anglo-espanhola sob o comando de Lorde Hood e Juan de Lángara tomam a cidade e seus fortes em nome do rei Luís XVII, filho de Luís XVI, guilhotinado em 21 de janeiro de 1793. O plano é restaurar a Constituição de 1791. A frota britânica captura mais de 70 navios, quase a metade da Marinha da França e a maior parte de sua frota mediterrânea.
Tanto pela importância estratégica da base naval quanto pelo prestígio da Revolução Francesa, Toulon precisa ser retomada.
O cerco de Toulon começa sob o comando do general Jean-François Carteaux sem grande vigor nos primeiros dois meses. Quando o comandante da artilharia francesa é ferido, Napoleão é nomeado por indicação do comissário do Exército, Antoine Saliceti, um deputado montanhês da Córsega amigo da família Bonaparte.
Napoleão é promovido a major em setembro e a general adjunto em outubro. No início de novembro, o general Carteaux é nomeado comandante do Exército francês na Itália. Seu substituto, general Jacques Dugommier logo percebe o talento de Napoleão. Os dois juntos traçam a estratégia para expulsar os invasores de Tulum.
REI ZULU CAPTURADO
Em 1879, o Império Britânico captura o rei Cetshwayo kaMpande, último grande líder da Zululândia, no fim da Guerra Britânico-Zulu. Cetshwayo é exilado.
Cetshwayo desafia o domínio colonial. Em 1879, os britânicos invadem a Zululândia e sofrem grandes perdas na Batalha de Isandlwana, quando têm 1,3 mil baixas, e na Batalha do Monte Hoblane. São as únicas vitórias militares de um exército armado com lanças e escudos contra um exército moderno com armas de fogo.
Na Batalha de Khambula, em 29 de março, o império vence. Capurado, Cetshwayo vai para o exílio. Volta em 1883 e retoma o controle de parte da Zululândia, mas sua liderança está abalada pela derrota. Cai de novo, volta para o exílio e morre no ano seguinte.
Diante da revolta zulu, em 1887, o Império Britânico anexa a Zululândia, que em 1897 passa a fazer parte da província de Natal, que em 1910 forma a União Sul-Africana junto com a província do Cabo e outras.
"EU TENHO UM SONHO"
Em 1963, no fim da Marcha sobre Washington, o reverendo Martin Luther King Jr., líder da luta pacífica pelos civis dos negros nos Estados Unidos, faz no Memorial de Lincoln, diante de 250 mil pessoas, seu discurso mais importante, Eu Tenho um Sonho: "Eu tenho um sonho de que um dia meus quatro filhos vão viver num país onde não serão julgados pela cor da sua pele, mas pela nobreza de seu caráter."
FIM DE UM SONHO
Em 1996, quatro anos depois da separação, os príncipes de Gales, Charles e Diana, se divorciam oficialmente, pondo fim ao que no primeiro momento parecia um conto de fadas, com o herdeiro da coroa do Reino Unido casando com uma linda princesa na Catedral de São Paulo, em Londres, em 29 de julho de 1981.
Diana Frances Spencer, filha de John e Frances Spencer, Visconde e Viscondessa de Althorp, nasce em 1º de julho de 1961 na nobreza britânica. Está lavando o chão da cozinha do apartamento que ganha da mãe em Earl's Court, em Londres, quando ouve no rádio que é a favorita para casar com Charles, o Príncipe da Gales, filho mais velho da Rainha Elizabeth II e do Príncipe Philip, hoje Rei Carlos III ou Charles III.
Philip está preocupado porque o herdeiro do trono é solteiro. Na época, só mulheres virgens podem casar com o Príncipe de Gales, o que é dispensado da Princesa Kate Middleton, mulher do Príncipe William, o atual herdeiro do trono. Para casar com Charles, Diana é submetida a um exame de virgindade pelo ginecologista da rainha.
O casamento de contos de fada é transmitido ao vivo pela televisão para o mundo inteiro, mas a jovem princesa não se adapta ao rigor e à frieza da vida da família real britânica, que a obriga, por exemplo, a trocar de roupa pelo menos três vezes por dia. Não pode usar o mesmo traje no café da manhã, no almoço ou no jantar.
A relação fracassa pela incompatibilidade de gênios e os casos extraconjugais dos dois. Os dois travam uma verdadeira guerra dos príncipes nas páginas da feroz imprensa sensacionalista briânica.
Em 1992, depois de ter dois filhos, William e Henry, o casal se separa. É o que a rainha chama de "ano horrível" porque o Castelo de Windsor, sua residência favorita, pega fogo. Eles se divorciam em 1996. Diana morre no ano seguinte, num acidente de trânsito em Paris, quando o carro do namorado Jodi Fayed, foge de fotógrafos em Paris, em 31 de agosto de 1997.
Carlos III, agora casado com a ex-amante Camilla Parker-Bowles, ascende ao trono com a morte da mãe, em 8 de setembro de 2022.






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