segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Hoje na História do Mundo: 6 de Janeiro

 DIA DOS REIS MAGOS

    No século 4 depois de Cristo, os cristãos do Ocidente, que festejam o nascimento de Jesus desde 354, passam a comemorar nesta data a visita dos Reis Magos, enquanto os cristãos ortodoxos celebram o nascimento de Jesus, o batismo de Jesus por São João Batista e seu primeiro milagre.

A tradição nos países de língua espanhola é dar presentes no Dia dos Reis porque foram eles que levaram presentes ao Menino Jesus. O período entre 25 de dezembro e 6 de janeiro é conhecido como os 12 dias do Natal. 

ERA DAS TELECOMUNICAÇÕES 

    Em 1838, Samuel Morse apresenta em Morristown, no estado de Nova Jérsei, o telégrafo, uma invenção que usa estímulos elétricos para transmitir mensagens codificadas por cabo e inicia uma revolução nas comunicações ao criar as telecomunicações.

Samuel Finley Breese Morse nasce em  Charlestown em 27 de abril de 1791 numa família protestante puritana. Ele estuda na Academia Phillips e na Universidade de Yale. Torna-se pintor, físico e inventor. Desde os 14 anos, se interesse pela eletricidade. Fabrica o primeiro telégrafo em 1832.

Outra grande invenção é o Código Morse (1839), a linguagem do telégrafo, uma combinação de traços, pontos e pausas para transmitir mensagens telegráficas.

QUATRO LIBERDADES

    Em 1941, no Discurso sobre o Estado da União, antevendo a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, o presidente Franklin Delano Roosevelt apresenta sua visão sobre os objetivos políticos e sociais do país ao falar em quatro liberdades: liberdade de expressão, liberdade religiosa, liberdade de não passar necessidades e liberdade de viver sem medo.

Com a guerra na Europa, na África e na Europa, Roosevelt percebe que mais cedo ou mais tarde os EUA entrarão na guerra e prepara o povo norte-americano para romper a política de não intervencionismo. O discurso termina com uma promessa e aspiração: "Devemos ser o grande arsenal da democracia."

Os EUA entraram na guerra 11 meses depois, com o ataque japonês à Frota do Pacífico, estacionada em Pearl Harbor, no Havaí, em 7 de dezembro de 1941.

As quatro liberdades estão implícitas na Carta das Nações Unidas, aprovada em 26 de junho de 1945 em São Francisco da Califórnia, a na Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela ONU em Nova York em 10 de dezembro de 1948. Eleanor Roosevelt, a viúva de FDR, preside a comissão de redação.

ASSALTO AO CAPITÓLIO

    Em 2021, partidários do presidente Donald Trump invadem a sede do Congresso dos Estados Unidos para tentar impedir a certificação da vitória de Joe Biden.

Trump não reconhece a derrota na eleição de 3 de novembro de 2020. Proclama sua própria vitória na noite da votação, quando o resultado ainda está indefinido, principalmente por causa do grande número de votos enviados pelo correio por causa da pandemia.

Biden vence com 81.283.501 votos (51,3%) contra 74.223.975 votos (46,8%) para Trump no voto popular e por 306 a 232 no Colégio Eleitoral.

A invasão do Congresso acontece pouco depois de um comício em que o presidente derrotado incita seus seguidores a marchar até o Capitólio para impedir o último ato para confirmar a vitória da oposição.

Durante 3 horas e 7 minutos, Trump assiste à insurreição pela TV antes de pedir a seus partidários que voltem para casa. Cinco pessoas morrem. Desde então, mais de 1.200 pessoas foram processadas e mais de 900 condenadas pelo ataque ao Congresso.

A comissão especial da Câmara dos Representantes que investiga a revolta dos trumpistas acusa o agora ex-presidente de quatro crimes:

• obstrução de um procedimento oficial do Congresso, a certificação da vitória de Joe Biden e Kamala Harris na eleição de 3 de novembro de 2020;

• conspiração para fraudar os EUA ao tentar anular o resultado da eleição;

• incitar, auxiliar, ajudar ou proteger uma insurreição;

• e conspiração para fazer declarações falsas.

Como não tem poder para indiciar Trump, os deputados encaminharam o relatório ao Departamento da Justiça, que faz sua própria investigação. 

O procurador especial Jack Smith denuncia Trump em 1º de agosto de 2023 com quatro acusações:

• conspiração para fraudar os EUA pelos esforços repetidos para divulgar falsas alegações de fraude na eleição presidencial de 2020 mesmo sabendo que não era verdade e por tentar ilegalmente anular votos legítimos com o objetivo de mudar o resultado da eleição;

• conspiração para obstruir um procedimento oficial, a certificação da vitória de Biden pelo Congresso em 6 de janeiro de 2021;

• obstrução e tentativa de obstruir um procedimento oficial depois da eleição de 3 de novembro 2020 até 7 de janeiro de 2021 para bloquear a certificação da vitória de Biden:

• e conspiração contra direitos por "oprimir, ameaçar e intimidar" o direito de voto do cidadão numa eleição.

Ao todo, Trump enfrenta 91 acusações em quatro processos criminais. É condenado pela Justiça de Nova York por 34 acusações de fraude e falsificação de documentos para encobrir um pagamento de US$ 130 mil para comprar o silêncio da atriz pornô Stormy Daniels, com que teve um caso. O juiz deve sentenciá-lo em 10 de janeiro de 2024. Como Trump foi reeleito presidente, não corre risco de ser preso, mas deve ficar com a condenação.

Os dois processos movidos na Justiça Federal pelo procurador especial devem ser arquivados, e a promotora do processo por tentar fraudar a eleição no estado da Geórgia foi afastada do caso. Assim, a vitória nas urnas na prática garante impunidade do único presidente dos EUA que não aceita a derrota e tenta dar um golpe para ficar no poder.

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