terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Hoje na História do Mundo: 14 de Janeiro

TRATADO DE MADRI

    Em 1526, o imperador Carlos V, do Sacro Império Romano-Germânico (Carlos I na Espanha) e o rei Francisco I, da França, capturado na Batalha de Pávia, em 24 de fevereiro de 1525, assinam o Tratado de Madri. Carlos V (imagem) mantém Francisco I prisioneiro até a conclusão do tratado, em que a França abre mão de reivindicações sobre territórios na Itália, abrindo caminho para o Império dos Habsburgo.

No fim de 1524, Francisco I invade a Lombardia e ocupa Milão. Então, cerca Pávia, que fica 40 quilômetros ao sul. Carlos V manda um exército para romper o cerco. O exército francês, de 28 mil homens, é aniquilado e Francisco I é capturado e enviado para Madri. Só volta à França após ceder às ambições de Carlos V.

Rei e imperador, Carlos V é o homem mais poderoso da Europa na época. Sonha com uma "monarquia universal". Além de seu império na América, a Espanha tem um império europeu, no que hoje é Bélgica e Países Baixos, no Sacro Império e em algumas cidades da Itália. Na Guerra dos Trinta Anos (1618-48), a Espanha perde seu império europeu e a França se torna a maior potência do continente.

INDEPENDÊNCIA DOS EUA

    Em 1784, o Congresso Continental ratifica o Segundo Tratado de Paris, negociado no fim da Guerra da Independência (1775-83), em que a França e o Reino Unido reconhecem os Estados Unidos como um país independente e soberano.

O Primeiro Tratado de Paris é assinado no fim da Guerra dos Sete Anos (1756-63), quando o Império Britânico conquista possessões do Império Francês na Índia e na América do Norte, menos no que hoje é a província do Quebec, no Canadá. Essa guerra é causa tanto da independência dos EUA (1776) quanto da Revolução Francesa (1789).

Os dois impérios ficam em situação difícil para financiar a guerra. O rei George III resolve aumentar os impostos e as 13 colônias norte-americanas se rebelam e formam os EUA. Na França, a insatisfação popular é agravada por invernos rigorosos e quebras de safra que causam fome e resultam na revolução.

O Segundo Tratado de Paris fixa a fronteira entre os EUA, na época apenas as 13 colônias da costa do Oceano Atlântico, e as possessões britânicas no resto da América do Norte, que viriam a formar o Canadá. Todos os prisioneiros de guerra são libertados. Os pescadores dos EUA ganham o direito de pescar ao largo da Terra Nova e no Golfo de São Lourenço.

"ESTRANGEIROS INIMIGOS"

    Em 1942, o presidente Franklin Delano Roosevelt decreta que todos os cidadãos de países inimigos na Segunda Guerra Mundial (1939-45) – alemães, italianos e japoneses – residentes nos Estados Unidos precisam se registrar no Departamento da Justiça.

O país ainda está em choque, depois do bombardeio japonês à Frota do Oceano Pacífico, estacionada em Pearl Harbor, no Havaí, em 7 de dezembro de 1941, que leva os EUA à guerra. 

O decreto regulamenta a Lei de Registro de Estrangeiros, de 1940. Serve de base legal para a internação em massa de 120 mil japoneses-americanos em campos de concentração durante a guerra, decretada em 19 de fevereiro de 1942.

DIANA ROSS AND THE SUPREMES

    Em 1970, a cantora e atriz Diana Ross fez o último show com o grupo The Supremes antes de partir para uma carreira solo.

A cantora e atriz Diana Ross nasce em Detroit, no estado de Michigan, em 26 de março de 1944, e começa sua carreira em 1959, que forma um grupo de pop e soul com amigas da vizinhança chamado de Primettes.

No ano seguinte, o grupo é rebatizado The Supremes depois de assinar um contrato com a gravadora Motown. Em 1967, o grupo muda de nome outra vez, para Diana Ross & The Supremes.


REVOLUÇÃO DE JASMIM

    Em 2011, depois de dias de manifestações de protestos contra a miséria, a fome e a repressão política, o ditador Zine el-Abidine Ben Ali renuncia à Presidência da Tunísia na Revolução de Jasmin, a primeira da Primavera Árabe.

Mohamed Bouazizi é um engenheiro desempregado que vende frutas e verduras nas ruas da cidade de Sidi Bouzid para sobreviver. Ganha em média US$ 75 por mês. 

Em 17 de dezembro de 2010, uma fiscal apreende suas mercadorias e balança, lhe dá um tapa no rosto e rasga uma cópia da lei que autoriza o trabalho de ambulante que Bouazizi levava consigo. Ele vai para a frente da prefeitura da cidade e se autoimola. Toca fogo na roupa.

Ben Ali vai visitá-lo no hospital, mas não piora ainda mais a situação. Quando Bouazizi morre, 18 dias depois, em 4 de janeiro de 2011, a revolta popular explode. Mais de 5 mil pessoas participam do funeral. Ele deixa uma mensagem para a mãe pedindo desculpas por ter perdido a esperança.

A reação da ditadura é brutal. Dezenas de pessoas morrem. Ben Ali lamenta as mortes, promete baixar os preços dos alimentos e reduzir as restrições ao uso da Internet. Em 14 de janeiro, Ben Ali decreta estado de emergência, dissolve o Parlamento e convoca eleições, mas os manifestantes não cedem. Ele renuncia, depois de ficar 23 anos no poder, e foge para a Arábia Saudita, onde morre em 19 de setembro de 2019.

A Tunísia é o único país onde a Primavera Árabe leva à democracia, mas não dura muito. O presidente Kaïs Saïed, que chega ao poder em 23 de outubro de 2019, dissolve o Parlamento em 25 de julho de 2021 e assume poderes ditatoriais.

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