GOLPE DERRUBA MONARQUIA NO HAVAÍ
Em 1893, uma comissão liderada por Sanford Ballard Dole e seus aliados dos Estados Unidos depõe a primeira e única rainha do Havaí, Liliuokalani, e instala um governo provisório com Dole como presidente.
Lydia Kamakacha nasce em 2 de setembro de 1838 em Honolulu, no Havaí. numa família da elite. Como uma princesa, recebe uma educação moderna e viaja ao Ocidente para conhecer o mundo. É assessora do rei Kamehameha IV.
Em 1874, seu irmão David Kalakaua se torna rei. Com a morte do segundo irmão, em 1877, ela se torna herdeira do trono. A partir daí, passa a usar seu nome da realeza, Lilioukalani. Ela é princesa-regente quando o rei Kalakaua viaja pelo mundo, em 1881. O presidente Grover Cleveland a recebe na Casa Branca e a rainha Vitória em Londres em 1887.
Com a morte do rei, em janeiro de 1891, ela ascende ao trono e tenta restaurar o poder da monarquia. É contra o Tratado de Reciprocidade (1887), que dá privilégios a empresas dos EUA, que controlam o porto de Pearl Harbor. Aliena assim os empresários estrangeiros, os interesses açucareiros e norte-americanos.
Sandord Dole, filho de missionários norte-americanos, pressiona por sua abdicação, depõe Liliuokalani e forma um governo provisório para preparar a anexação pelos EUA em 12 de agosto de 1898.
COMPLEXO INDUSTRIAL-MILITAR
Em 1961, no seu discurso de despedida, o presidente Dwight Eisenhower (1953-61), comandante militar dos aliados ocidentais na Segunda Guerra Mundial (1939-45), adverte para o risco da "influência indevida do complexo industrial-militar" sobre a democracia nos Estados Unidos.
Ike governou durante o auge da Guerra Fria, quando as duas superpotências desenvolvem bombas de hidrogênio, mil vezes mais poderosas do que as de Hiroxima e Nagasáki. Ele teme que a indústria bélica mine a democracia.
INÍCIO DA GUERRA DO GOLFO
Em 1991, com um bombardeio maciço, começa a Guerra do Golfo Pérsico de uma coalizão de mais de 30 países liderada pelos Estados Unidos para expulsar as forças do Iraque do Kuwait, com autorização do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O ditador iraquiano Saddam Hussein ordena a invasão do Irã em 22 de setembro de 1980 com o apoio dos EUA, da União Soviética e do mundo árabe para tentar derrubar o regime fundamentalista xiita imposto pelo aiatolá Ruhollah Khomeni depois da Revolução Islâmica de 1979 no Irã.
A guerra dura oito anos, tem intensos bombardeios a cidades e ataques a navios petroleiros no Golfo Pérsico, e mata um e dois milhões de muçulmanos de acordo com a Enciclopédia Britânica. Em 20 de agosto de 1988, Khomeini aceita o cessar-fogo, que chama de "pílula amarga".
Com a economia abalada, Saddam Hussein chantageia a Arábia Saudita e o Kuwait, que o apoiaram na guerra, exgindo compensação ao Iraque por suposto roubo de petróleo em campos na fronteira com esses países. Como eles não cedem, o Iraque invade o Kuwait em 2 de agosto de 1990 sob a alegação de Saddam de que é "a 19ª província do Iraque".
Por temer uma invasão da Arábia Saudita, o que daria a Saddam o controle de 40% das reservas de petróleo conhecidas do mundo, o então presidente dos EUA, George Bush, lança a Operação Escudo no Deserto, envia forças dos EUA para território saudita e exige a retirada total dos iraquianos do Kuwait.
Depois de meses de negociações infrutíferas, o Conselho de Segurança da ONU autoriza o uso da força. A URSS vota a favor e a China se abstém.
NAVALNY SOBREVIVE E VAI PRESO
Em 2021, o líder da oposição na Rússia, Alexey Navalny, sobrevive a uma tentativa de assassinato e é preso ao voltar da Alemanha, onde recebe tratamento, por violar os termos de sua liberdade condicional ao sair do país, mesmo totalmente inconsciente.
Navalny nasce em Butyn em 4 de junho de 1976. Estuda direito na Universidade dos Povos. No início da sua carreira política, liderou passeatas xenófobas e de extrema direita, atacando a Ucrânia, apesar de ser filho de estrangeiro, e os muçulmanos do Cáucaso, que comparou a "baratas", num discurso fascista.
Advogado, ativista e blogueiro, torna-se conhecido ao denunciar os escândalos de corrupção. Em 2011, cria a Fundação Anticorrupção.
Seus principais alvos são o partido governista Rússia Unida, que chama de "partido de bandidos e ladrões", e a oligarquia que cerca o Kremlin e governa o país com o ditador Vladimir Putin como um Estado feudal baseado no apadrinhamento político.
2011 é o ano da Primavera Árabe, que Putin vê como uma conspiração do Ocidente. Há protestos durante a campanha para as eleições parlamentares na Rússia. Putin toma como parte de uma conspiração global. Navalny é detido por 15 dias
Em 8 de setembro de 2013, Navalny concorre a prefeito de Moscou com uma campanha anti-imigrantes. Conquista 27% dos votos, mas perde para o prefeito Serguei Sobianov, apoiado por Putin, que teve 51%.
Condenado a três anos e meio de prisão por crimes econômicos num processo forjado em 2014, Navalny é impedido de se candidatar à Presidência da Rússia em 2018. No ano seguinte, apoia candidatos independentes à Prefeitura e à Câmara Municipal de Moscou. A maioria é proibida de concorrer.
Em 20 de agosto de 2020, quando faz campanha eleitoral, Navalny passa mal num voo de Tomsk para Moscou. O avião faz um pouso de emergência em Omsk. Ele sobrevive e, sob pressão internacional, a Rússia autoriza sua remoção para o exterior. Em 22 de agosto, ele vai para a Alemanha, que identifica o agente nervoso Novichok, usado pelos serviços secretos russos, como causa do envenenamento.
Depois de denunciar que Putin tem um palácio de US$ 7,2 bilhões no Mar Negro, Navalny é condenado a dois anos e oito meses de prisão. Em 4 de agosto de 2023, ele é condenado a mais 19 anos de prisão por atividades extremistas e "reabilitar a ideologia nazista" ao criticar a invasão da Ucrânia.
Em 25 de dezembro de 2023, um porta-voz de Navalny revela que ele está numa prisão ao norte do Círculo Polar Ártico, numa das cadeias do arquipélago gulag do período stalinista, onde ele morre em 16 de fevereiro de 2024.
Complexo Industrial-Militar, Dwight Eisenhower, EUA, Guerra do Golfo, Iraque, Kuwait, Saddam Hussein
Nenhum comentário:
Postar um comentário