Em 1871, nasce o Império Alemão, sob a liderança do chanceler (primeiro-ministro) Otto von Bismarck, o Marechal de Ferro, depois de vitórias da Prússia em guerras contra a Dinamarca (1864), Áustria-Hungria (1866) e França (1870-71).
Na França, a derrota na Guerra Franco-Prussiana causa a queda do Segundo Império (1852-70), de Napoleão III, e a revolta da Comuna de Paris, em 18 de março de 1871, uma das mais importantes insurreições populares do século 19, quando as massas populares tomam a capital da França, na primeira experiência de criar um poder operário de caráter socialista.
A Alemanha toma as províncias da Alsácia e da Lorena. A ascensão da Alemanha, que no fim do século torna-se a maior economia da Europa, e a pretensão da França de recuperar esses territórios são causas da Primeira Guerra Mundial (1914-18), que marca o fim do que o historiador britânico Eric Hobsbawm chama de Era dos Impérios.
Com a derrota na Primeira Guerra Mundial, o Império Alemão acaba. Surge a República de Weimar, que acaba com a ascensão de Adolf Hitler ao poder, em 1933.
CONQUISTA DO POLO SUL
Em 1912, o explorador britânico Robert Falcon Scott chega ao Polo Sul numa expedição com mais quatro homens e descobre que o norueguês Roald Amundsen chegara um mês antes, em 14 de dezembro de 1911. Scott e seu grupo morrem na volta ao acampamento.
Scott nasce em Devonport, no condado de Devon, na Inglaterra, em 6 de junho de 1868. Ele entra para a Marinha Real 1880 e se torna primeiro-tenente em 1887. Comanda uma expedição à Antártida em 1901-4.
Em junho de 1910, Scott embarca numa segunda expedição à Antártida. Quer estudar a região do Mar de Ross e chegar ao Polo Sul. Consegue, mas não é o primeiro e morre na volta. O último registro em seu diário é em 29 de março.
ROMPIDO CERCO DE LENINGRADO
Em 1944, depois de dois anos e quatro meses, quase 900 dias, o Exército Vermelho da União Soviética rompe o Cerco de Leningrado, um dos episódios marcantes da Segunda Guerra Mundial (1939-45), com a morte de cerca de um milhão de pessoas na antiga capital da Rússia e berço das revoluções de 1917.
O cerco começa em 8 de setembro de 1941, com a participação da Itália e da Finlândia, dois meses depois da invasão da União Soviética pela Alemanha Nazista. A conquista de Leningrado é um dos objetivos da Operação Barbarossa.
Ao invadir a URSS, as forças dos exércitos nazistas e aliados atacam em três frentes. Uma marcha para o Norte, rumo a Leningrado, outra para o Centro em direção a Moscou e a terceira para o Sul rumo à Ucrânia.
Como há muita fome na cidade cercada, os pais não deixam os filhos menores e jovens sair de casa. Havia um mercado negro de carne humana em Leningrado.
No começo de 1944, os soviéticos mobilizam 1 milhão de soldados, o dobro do número de inimigos. As últimas unidades alemãs se rendem em 27 de janeiro de 1944.
A vitória em Leningrado, depois da ganhar as batalhas de Stalingrado e Kursk, em 1943, são decisivas para o avanço do Exército Vermelho rumo a Berlim até a vitória final, em 8 de maio de 1945.
FIM DA GUERRA CIVIL EM SERRA LEOA
Em 2002, depois de 11 anos e mais de 50 mil mortes, com uma intervenção militar britânica, termina a Guerra Civil de Serra Leoa, na África Ocidental, marcada por atrocidades, inclusive o uso de crianças como soldados, mutilações, tortura e execuções brutais. Cerca de 2,5 milhões fogem de casa.
O conflito começa em 23 de maio de 1991, quando a guerra civil na vizinha Libéria se propaga a Serra Leoa. O presidente Joseph Momoh envia tropas para a fronteira para impedir a invasão dos rebeldes da Frente Patriótica Naconal da Libéria (NPEL), liderada por Charles Taylor, e seus aliados da Frente Unida Revolucionária (RUF), liderada pelo ex-cabo do Exército serra-leonês Foday Sankoh.
No primeiro ano da guerra, a RUF toma o Sul e o Leste da Libéria, uma região rica em diamantes, os Diamantes de Sangue do filme de 2006 com Leonardo di Caprio. O fracasso do presidente Momoh no combate aos rebeldes e o impacto sobre a produção de diamantes levam a um golpe de Estado.
Em abril de 1992, o capitão Valentine Strasser toma o poder sob a alegação de que o governo não dá condições aos militares para vencer os rebeldes e cria o Conselho Governante Nacional Provisório com ele próprio como chefe de Estado.
A guerra civil se agrava. A RUF ocupa mais território e controla uma parte maior do comércio de diamantes. É o período com mais atrocidades, cometidas tanto pelo governo quanto pelos rebeldes, do recrutamento de menores à força a mutilações de braços, pernas, orelhas e lábios. A escravidão e a violência sexual são generalizadas.
Uma empresa privada de mercenários sul-africanos é contratada em março de 1995 para enfrentar a RUF. Strasser cai num golpe em janeiro de 1996 por dúvida se ele entregaria o poder aos civis.
Em março de 1996, o presidente eleito Ahmad Kabbah assume o governo de Serra Leoa. O governo civil assina com a RUF em retirada o Acordo de Abdijã. Um novo golpe militar, em maio de 1997, impõe o Conselho Revolucionário das Forças Armadas (AFRC), que se alia à RUF para tomar a capital, Freetown.
O novo chefe de Estado, Johnny Paul Koroma, anuncia o fim da guerra. Uma onda de saques, violência sexual e assassinatos assola o país. Uma força da Comunidade Econômica dos Países da África Ocidental (ECOWAS) intervém. Kabbah volta ao poder em 1998.
Sob pressão internacional, em março de 1999, o governo e a RUF assinam o Acordo de Paz de Lomé. Em troca da paz, Foday Sankoh vira vice-presidente e controla as minas de diamantes. Não dá certo. Em maio de 2000, os rebeldes avançam rumo a Freetown.
Quando a missão de paz da ONU é ameaçada, o Reino Unido intervém militarmente na antiga colônia para retomar o controle de Freetown e derrotar a RUF de uma vez por todas. Em 18 de janeiro de 2002, o presidente Kabbah proclama o fim da guerra.
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