terça-feira, 29 de outubro de 2024

Hoje na História do Mundo: 29 de Outubro

 ASSASSINO DE McKINLEY EXECUTADO

    Em 1901, Leon Czolgasz, o assassino do presidente William McKinley, é executado na cadeira elétrica na prisão de Auborn, em Nova York.

Czolgosz atira em McKinley em 6 de setembro. O presidente está recebendo cumprimentos numa longa fila numa recepção durante a Exposição Pan-Americana, em Buffalo, no estado de Nova York,     quando o anarquista o alveja.

Uma bala causa uma lesão superficial no externo, mas outra penetra no abdome. O presidente é operado, parece melhorar no dia 12, mas um ferimento externo gangrena. McKinley morre oito dias depois, em 14 de setembro.

COLAPSO DA BOLSA DE NY

    Em 1929, na Terça-Feira Negra, os investidores vendem mais de 16,4 milhões de ações na Bolsa de Valores de Nova York, milhares de pessoas perdem tudo e o Índice Dow Jones cai mais 12%. As perdas em dois dias chegam a US$ 30 bilhões e o mundo se encaminha para a Grande Depressão (1929-39), principal causa econômica da Segunda Guerra Mundial (1939-45).

Com o fim da Primeira Guerra Mundial e a Europa em ruínas, os Estados Unidos atravessam um período de grande prosperidade, os loucos anos 20. O mercado financeiro tem uma grande expansão, marcada por uma especulação selvagem, com pico em agosto de 1929.

A produção industrial cresce, mas não o poder aquisitivo. Várias fábricas quebram. O desemprego aumenta. Uma superprodução agrícola aumenta a oferta de alimentos, mas faltam compradores. Os bancos acumulam um excesso de dívidas incobráveis.

Os preços das ações começam a cair em setembro. A primeira queda forte é em 18 de outubro e o colapso inicia em 24 de outubro, a Quinta-Feira Negra, com perdas de 11%. Em 28 de outubro, o Índice Dow Jones recua mais 13% e, no dia seguinte, 12%.

Depois de desabar, as ações sobem e apresentam alguma recuperação nas semanas seguintes, mas voltam a cair à medida que os EUA afundam na Grande Depressão, agravada pelo protecionismo e uma guerra comercial entre os países ricos. 

Em 1932, o desemprego chega a 25% e as ações têm 20% do valor no pico de agosto de 1929. Franklin Delano Roosevelt é eleito presidente dos EUA com a promessa de um New Deal (Novo Pacto Social).

Na Alemanha, onde o desemprego vai a 24%, o Partido Nazista vence as eleições de 1932 sem maioria absoluta. Em 30 de janeiro de 1933, Adolf Hitler se torna chanceler (primeiro-ministro) da Alemanha.

CRISE DE SUEZ

    Em 1956, depois que o ditador Gamal Abdel Nasser nacionaliza o Canal de Suez, Israel invade o Egito, deflagrando a Crise de Suez e a Segunda Guerra Árabe-Israelense.

O Canal de Suez tem 192 quilômetros. Liga o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho e ao Oceano Índico, evitando que os navegadores europeus tenham de dar a volta pelo Sul da África para chegar ao Oriente.

Logo depois da nacionalização, a França e o Reino Unido se aliam a Israel, mas deixam a guerra quando os Estados Unidos ameaçam retirar o apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI) às economias dos dois países europeus, ainda abaladas pela Segunda Guerra Mundial (1939-45).

O Egito fica com o canal. Nasser sai fortalecido.

DUANE ALLMAN MORRE

    Em 1971, o guitarrista Duane Allman, líder da banda Allman Brothers, perde o controle de sua motocicleta, bate num caminhão e morre aos 24 anos em Macon, no estado de Geórgia, nos Estados Unidos.

Howard Duane Allman nasce 20 de novembro de 1946 em Nashville, no Tennessee. Aos 3 anos, o pai, Willis Allman, sargento do Exército, é assassinado. Em 1957, a mãe e os filhos se mudam para a praia de Daytona, na Flórida, para alegria dos irmãos. 

Duane começa a tocar violão pouco depois do irmão Gregg, inspirado por um vizinho que toca músicas folclóricas no violão, e logo ultrapassa o irmão, como este mesmo reconhece.

Antes de formar a banda com Gregg, em 1969, Duane faz sucesso na gravadora Atlantic Records, tocando com Wilson Pickett, Clarence Carter, Aretha Franklin, John Hammond e Herbie Mann.

A banda sobrevive, sem o mesmo brilho.


FIM DA POLÍTICA DO FILHO ÚNICO

    Em 2015, a República Popular da China anuncia que a partir de 2016 os casais poderiam ter dois filhos, acabando com a política do filho único, imposta em 1980 pelo regime comunista para evitar uma explosão demográfica.
Quando Deng Xiaoping ascende à liderança do Partido Comunista depois da morte de Mao Tsé-tung e inicia uma série de reformas em 1978, o regime lança um programa voluntário para que os casais tenham no máximo dois filhos. Em 1979, passa a ser só um filho, mas a política não é aplicada de maneira uniforme.

Em 25 de setembro de 1980, uma carta do Comitê Central do PC chinês oficializa a política do filho único em todo o país. 

O rigor é maior na cidade do que no campo. Nas fábricas, as fiscais do partido acompanham o ciclo menstrual das trabalhadoras. No campo, por causa da preferência por um filho homem para lavrar a terra, há um grande número de abortos depois que a ultrassonografia permite saber o sexo com antecedência e infanticídio de bebês meninas. Hoje a população masculina é 3% a 4% maior.

Ao mesmo tempo, aumentou a população idosa por causa do aumento da expectativa de vida e há menos gente nas novas gerações para sustentar os mais velhos da família como é tradição na Ásia.

A pirâmide etária tem um estreitamento nas gerações de filhos únicos que ameaça gerar escassez de mão de obra no futuro.

Outro problema é que o segundo filho, quando nasce, não é registrado. É escondido das autoridades porque cortariam qualquer ajuda estatal. Tem problemas para estudar e trabalhar.

O fim da política do filho único não causa um aumento sustentado na taxa de natalidade na China. Com a introdução do sistema capitalista por Deng, há preocupações sobre como custear a educação dos filhos e também do impacto que ter mais filhos terá nas carreiras profissionais, especialmente de mulheres.

Com o envelhecimento da população e uma possível escassez de mão de obra no futuro, em maio de 2021, o regime comunista autoriza os casais a ter três filhos. Em abril de 2023, a Índia ultrapassou a China e passou a ter a maior população do mundo, hoje em torno de 1,45 bilhão de pessoas. A China tem 1,42 bilhão de habitantes.

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