METRÔ EM NOVA YORK
Em 1904, Nova York é a nona cidade do mundo a inaugurar um sistema de trens subterrâneos para transporte urbano, depois de Londres (1863), Istambul (1875), Chicago (1892), Glasgow (1896), Budapeste (1896), Boston (1897), Paris (1900) e Berlim (1902).
A primeira linha tem pouco mais de 14,5 quilômetros e 28 estações. Vai da Prefeitura, na Baixa Manhattan, até a Grande Estação Central. Depois, segue no rumo oeste ao longo da Rua 42 até a Times Square. Daí em diante ruma para o norte até a esquina da Broadway com a Rua 145, no bairro do Harlem.Às 19h, o serviço é aberto ao público, que paga um níquel, cinco centavos de dólar, pela viagem. O prefeito George McClellan pilota na primeira viagem.
O metrô de NY chega ao bairro do Bronx em 1905, ao Brooklyn em 1908 e ao Queens em 1915. Hoje, tem 26 linhas, a mais longa com 51 km, 472 estações e funciona 24 horas.
FIM DA CRISE DOS MÍSSEIS
Em 1962, com o anúncio da retirada dos mísseis nucleares da União Soviética de Cuba, termina a Crise dos Mísseis, o momento mais tenso da Guerra Fria, quando o mundo esteve mais perto do que nunca de uma guerra atômica.
Vitorioso, o comandante da Revolução Cubana, Fidel Castro, pede proteção à URSS. Em um ano, o número de assessores militares soviéticos em Cuba sobe para mais de 20 mil.
Fidel e o líder soviético, Nikita Kruschev, estão certos de que os EUA tentariam invadir de novo. Sob pressão da linha dura, Kruschev pensa em se fortalecer e neutralizar a presença de mísseis nucleares norte-americanos perto do território soviético, na Turquia.
Dois dias depois, devidamente analisadas por oficiais de inteligência, as fotos chegam à mesa do presidente Kennedy no Salão Oval da Casa Branca. Os mísseis dão à URSS a condição de lançar um primeiro ataque de uma distância de 140 quilômetros.
Kennedy cria um gabinete de guerra, onde pombas e falcões travam um duelo entre diplomacia e uso da força e decidem impor um bloqueio aeronaval em Cuba.
Em 22 de outubro, Kennedy faz um pronunciamento na televisão comunicando ao povo norte-americano que a URSS está instalando mísseis nucleares em Cuba e anuncia o que chamou de "quarentena", na verdade um bloqueio. Deixa claro que não descarta uma ação militar para acabar com o que chama de "ameaça clandestina, imprudente e provocadora à paz mundial."
Todo navio soviético que se aproximar de Cuba está sujeito a abordagem e inspeção dos EUA para que não levar mais equipamentos nucleares à ilha. Kennedy exige a retirada dos mísseis e a destruição dos silos. O bloqueio começa em 23 de outubro.
São os dias mais tensos da Guerra Fria. Nunca o mundo fica tão perto de uma guerra nuclear. Diante do impasse, os EUA se preparam para invadir Cuba. Um jornalista soviético, todo jornalista soviético era também agente secreto, estranha a ausência de jornalistas no café do Capitólio e comenta com um garçom, que avisa: "Está todo o mundo indo para Cuba porque os EUA vão invadir."
Este jornalista liga para Moscou e Kruschev finalmente cede. Em 27 de outubro, a URSS anuncia a retirada dos mísseis de Cuba e os EUA se comprometem a remover os mísseis instalados na Turquia, que eram obsoletos e seriam retirados mesmo, e fazem um acordo tácito para não invadir Cuba.
Depois desta crise, as superpotência instalam o telefone vermelho, uma linha direta entre o Kremlin e a Casa Branca para os líderes resolverem pessoalmente as crises mais graves. Enfraquecido, Kruschev cai dois anos depois por outros motivos, na luta interna do PCUS.
SADAT E BEGIN GANHAM NOBEL DA PAZ
Em 1978, o ditador do Egito, Anuar Sadat, e o primeiro-ministro de Israel, Menachem Begin, ganham o Prêmio Nobel de Paz pelas negociações de paz mediadas pelo presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, que levam aos Acordos de Camp David.
Quando as Nações Unidas aprovam a criação do Estado de Israel, em 29 de novembro de 1947, e o país é fundado, em 14 de maio de 1948, os países árabes não aceitam. A Guerra da Independência de Israel vai até 10 março de 1949.
A derrota árabe humilhante causa a Revolução dos Coronéis e a queda do rei Faruk no Egito. Ascende ao poder no Cairo o coronel Gamal Abdel Nasser, que se torna o grande líder do nacionalismo pan-árabe ao enfrentar as potências coloniais europeias e nacionalizar o Canal de Suez.
Com o apoio da França e do Reino Unido, em 19 de outubro de 1956, Israel declara guerra ao Egito. Em plena crise internacional porque a União Soviética ataca a Hungria para acabar com uma revolta contra o regime stalinista, os Estados Unidos suspendem o apoio do Fundo Monetário Internacional às economias britânica e francesa, ainda abaladas pela Segunda Guerra Mundial (1939-45).
Os invasores se retiram. O Egito fica com o Canal de Suez e Nasser sai fortalecido.
Em 1967, Nasser fecha o Estreito de Tiran aos navios israelenses. Quando manda a força de paz da ONU sair da Península do Sinai, Israel vê o risco de uma guerra iminente e ataca as forças aéreas do Egito, da Jordânia e da Síria em terra, deflagrando a Guerra dos Seis Dias.
De 5 a 10 de junho de 1967, Israel obtém uma vitória esmagadora e ocupa a Faixa de Gaza e a Península o Sinai, que pertenciam ao Egito; as Colinas do Golã, da Síria; e a Cisjordânia, inclusive o setor oriental (árabe) de Jerusalém, que eram parte da Jordânia.
Para tentar retomar os territórios ocupados, a Guerra do Yom Kippur começa, em 6 de outubro de 1973, com a maior empreitada militar árabe da era moderna. Mais de 100 mil soldados egípcios cruzam o Canal de Suez para entrar no Sinai.
Na época, Israel tem o apoio incondicional dos EUA, que fazem a maior ponte aérea militar da história. Entregam 22,325 mil toneladas de equpamento militar, armas e munições a Israel diretamente no campo de batalha.
Quando Israel cerca o 3º Exército do Egito no Sinai e está prestes a destruí-lo, a URSS ameaça entrar na guerra e entra em alerta nuclear.
Mesmo assim, a conselho do secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger, para recuperar o Sinai, Sadat abandona a aliança com a URSS, que deixa de ser uma grande potência no Oriente Médio, se aproxima dos EUA e faz uma visita de surpresa a Israel, a primeira de um líder árabe, e discursa no Parlamento para promover a paz.
Os acordos de paz são negociados em Camp David, na casa de campo da Presidência dos EUA, de 5 a 17 de setembro de 1978. O tratado de paz entre Israel e o Egito é assinado em Washington em 28 de março de 1979.
UM MILHÃO DE PRESOS
Em 1994, a população carcerária dos Estados Unidos chega a 1.012.851 detentos em prisões federais e estaduais, sem contar cerca de 500 mil detidos em prisões municipais.
A grande maioria é de homens condenados por uso ou venda de drogas ilícitas. Os negros são 13% da população norte-americana e mais da metade dos presos. Em 1994, 42% dos que estão no corredor da morte para serem executados são afroamericanos.
Hoje, a população carcerária dos EUA têm 1,8 milhões de presos e 4,75% tiveram a pena suspensa ou estão em liberdade condicional. Mais de 2% dos norte-americanos têm problemas com a Justiça Criminal no país.
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