quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Hoje na História do Mundo: 28 de Agosto

 ÚLTIMOS DIAS DO IMPÉRIO ROMANO DO OCIDENTE

    Em 476, o chefe bárbaro Flávio Odoacro captura e executa Orestes, pai do último imperador romano do Ocidente, Rômulo Augústulo.

Um ano antes, Orestes promete terras a seus mercenários e proclama o filho imperador. Como não cumpre a promessa, é alvo de uma revolta liderada por Odoacro. 

Em 23 de agosto de 476, Orestes foge para Pávia, onde recebe refúgio do arcebispo de cidade. Quando Odoacro invade e saqueia Pávia, Orestes foge para Piacenza, onde é preso e morto. Seu filho Rômulo Augústulo cai em 4 de setembro. Odoacro se torna rei da Itália.

É o fim do Império Romano do Ocidente e da Antiguidade. O Império Romano do Oriente ou Império Bizantino sobrevive por mais dez séculos, até a tomada de Constantinopla pelos turcos do Império Otomano, em 29 de maio de 1453, marco do fim da Idade Média.

REI ZULU CAPTURADO

    Em 1879, o Império Britânico captura o rei Cetshwayo kaMpande, último grande líder da Zululândia, no fim da Guerra Britânico-Zulu. Cetshwayo é exilado.

Os britânicos tomam em 1843 a província de Natal dos bôeres, os descendentes dos colonos holandeses que povoam o que hoje é a África do Sul a partir da fundação da Cidade do Cabo por Jan van Riebeeck, em 1652.

Cetshwayo desafia o domínio colonial. Em 1879, os britânicos invadem a Zululândia e sofrem grandes perdas na Batalha de Isandlwana, quando tiveram 1,3 mil baixas, e na Batalha do Monte Hoblane. São as únicas vitórias militares de um exército armado com lanças e escudos contra um exército moderno com armas de fogo.

Na Batalha de Khambula, em 29 de março, o império vence. Capurado, Cetshwayo vai para o exílio. Volta em 1883 e retoma o controle de parte da Zululândia, mas sua liderança está abalada pela derrota. Cai de novo, volta para o exílio e morre no ano seguinte.

Diante da revolta zulu, em 1887, o Império Britânico anexa a Zululândia, que em 1897 passa a fazer parte da província de Natal, que em 1910 forma a União Sul-Africana.

"EU TENHO UM SONHO"

    Em 1963, no fim da Marcha sobre Washington, o reverendo Martin Luther King Jr., líder da luta pelos civis dos negros nos Estados Unidos, faz no Memorial de Lincoln, diante de 250 mil pessoas, seu discurso mais importante, Eu Tenho um Sonho: "Eu tenho um sonho de que um dia meus quatro filhos vão viver num país onde não serão julgados pela cor da sua pele, mas pelo seu caráter."

Os manifestantes se reúnem na luta por liberdade e oportunidades iguais de trabalho para a minoria de origem africana. Nos degraus do monumento em homenagem a Abraham Lincoln, o presidente que aboliu a escravatura, o Dr. King afirma em linguagem direta: "O negro ainda não é livre."

Além do discurso mais importante de Luther King, a Marcha sobre Washington teve música, com Bob Dylan e Joan Baez.

FIM DE UM SONHO

    Em 1996, quatro anos depois da separação, os príncipes de Gales, Charles e Diana, se divorciamos oficialmente, pondo fim ao que no primeiro momento parecia um conto de fadas, com o herdeiro da coroa do Reino Unido casando com uma linda princesa na Catedral de São Paulo, em Londres, em 29 de julho de 1981.

Diana Frances Spencer, filha de John e Frances Spencer, Visconde e Viscondessa de Althopr, nasce em 1º de julho de 1961 na nobreza britânica. Está lavando o chão da cozinha do apartamento que ganha da mãe em Earl's Court, em Londres, quando ouve no rádio que é a favorita para casar com Charles, o Príncipe da Gales, filho mais velho da Rainha Elizabeth II e do Príncipe Philip, hoje Rei Carlos III ou Charles III.

Philip está preocupado porque o herdeiro do trono é solteiro. Na época, só mulheres virgens podem casar com o Príncipe de Gales, o que foi dispensado da Princesa Kate Middleton, mulher do Príncipe William, o atual herdeiro do trono. Para casar com Charles, Diana é submetida a um exame pelo ginecologista da rainha.

O casamento de contos de fada é transmitido ao vivo pela televisão para o mundo inteiro, mas a jovem princesa não se adapta ao rigor e à frieza da vida da família real britânica, que a obriga, por exemplo, a trocar de roupa pelo menos três vezes por dia. Não pode usar o mesmo traje no café da manhã, no almoço e no jantar.

A relação fracassa pela incompatibilidade de gênios e os casos extraconjugais dos dois. Os dois travam uma verdadeira guerra dos príncipes nas páginas da feroz imprensa sensacionalista briânica.

Em 1992, depois de ter dois filhos, William e Henry, o casal se separa. É o que a rainha chama de "ano horrível" porque o Castelo de Windsor, sua residência favorita, pega fogo. Eles se divorciam em 1996. Diana morre no ano seguinte, num acidente de trânsito em Paris, quando o carro do namorado Jodi Fayed, foge de fotógrafos em Paris, em 31 de agosto de 1997.

Carlos III, agora casado com a ex-amante Camilla Parker-Bowles, ascende ao trono com a morte da mãe, em 8 de setembro de 2022. 

Um comentário:

Anônimo disse...

O discurso de Luther King é o mais belo discurso político do Século XX.