O Egito rejeitou a pressão dos Estados Unidos para isolar diplomática e economicamente o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), partido fundamentalista que venceu as eleições parlamentares palestinas em 25 de janeiro, se o Hamas não reconhecer o Estado de Israel e não abandonar a luta armada. Ao chegar ao Cairo no início de uma ofensiva diplomática no mundo árabe, a secretária de Estado, Condoleezza Rice, recebeu um pedido do governo egípcio para que dê uma chance ao Hamas de mostrar como pretende agir como governo.
A Liga Árabe fez um apelo no mesmo sentido à União Européia para que não pare de enviar ajuda econômica aos palestinos. E o ex-presidente americano Jimmy Carter alegou que não se pode punir o povo palestino por ter votado no Hamas. Não dá para pregar a democracia e depois rejeitar o resultado das urnas, como argumentou o secretário-geral da Liga Árabe, Amir Moussa, ex-ministro do Exterior do Egito.
Israel suspendeu a transferência de impostos arrecados nos territórios árabes ocupados para a Autoridade Nacional Palestina, no valor de US$ 50 milhões. Imediatamente, líderes árabes e muçulmanos se uniram para cobrir o rombo. Agora, Israel tenta bloquear uma ajuda oferecida pelo governo fundamentalista do Irã sob a alegação de se tratar de um “investimento terrorista”.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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