ÚLTIMA OFENSIVA ALEMÃ
Em 1918, a Alemanha lança perto do Rio Marne, na região de Champagne, na França, sua última ofensiva na Primeira Guerra Mundial (1914-18). É o começo da Segunda Batalha do Marne ou Batalha de Reims.
O general Erich Ludendorff está certo de que a vitória da Alemanha exige a conquista da região de Flandres, no Norte da França e na Bélgica. Decide atacar mais ao sul numa manobra diversionista para atrair os aliados e então abrir um flanco ao norte, mas os aliados lançam um grande contra-ataque sob a liderança da Franca.
Na manhã de 15 de julho, 23 divisões do 1º e 3º Exércitos da Alemanha atacam o 4º Exército da França a leste de Reims, enquanto 17 divisões do 7º Exército, apoiados pelo 9º Exército, investem contra o 6º Exército da França a oeste da cidade. Lutam ao lado dos franceses 85 mil soldados americanos e a Força Expedicionária Britânica.
Quando os alemães avançam, depois de um bombardeio de artilharia, percebem que bombardearam uma linha de trincheiras falsas criadas pelo comandante militar da França, general Philippe Pétain, que chefiaria um governo colaboracionista com os nazistas durante a ocupação da França pela Alemanha na Segunda Guerra Mundial e terminou a vida como traidor.
Em 1918, Pétain consegue enganar os alemães. A linha de defesa aliada está muito atrás. Quando os alemães chegam na verdadeira frente de combate, enfrentam uma barragem de artilharia aliada. Com a emboscada, os alemães são cercados. Em 18 de julho, começa a contraofensiva de franceses, norte-americanos e britânicos.
A Segunda Batalha do Marne termina em 5 de agosto com uma grande vitória dos aliados, que lançam sua ofensiva rumo à vitória final e ao armistício, em 11 de novembro de 1918.
CANDIDATO EXTREMISTA
Em 1964, o senador Barry Goldwater é nomeado oficialmente candidato do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos.
Ao aceitar a indicação, Goldwater declara que "extremismo em defesa da liberdade não é um vício" e que "a moderação na busca da justiça não é uma virtude". Na campanha, ele promete fazer tudo o que for necessário para vencer a Guerra no Vietnã.Esta postura belicista ajuda o Partido Democrata a caracterizá-lo como um extremista de direita e uma ameaça para o país em plena Guerra Fria.
Em novembro, o presidente Lyndon Johnson, que assumira depois do assassinato de John Kennedy, em 1963, vence Goldwater por 61% a 39%. O republicano só vence no seu estado, o Arizona, e em cinco estados do Sul que estavam deixando de votar nos democratas porque estes apoiavam o movimento pelos direitos civis dos negros.
Sua esmagadora derrota ajuda a aumentar a bancada democrata no Senado, que aprova a Lei dos Direitos Civis e o projeto Grande Sociedade, marcas da política social de Johnson. Mas sua pregação está na origem do movimento conservador moderno dos EUA, que levaria à Casa Branca Richard Nixon, Ronald Reagan, George Bush pai e filho e Donald Trump, e à emergência de extremistas como Pat Buchanan e Newt Gingrich, que empurraram o partido para a direita.
Como veterano líder do partido, o senador Goldwater vai à Casa Branca e avisa a Nixon que a bancada republicana na Câmara e no Senado não vai mais apoiá-lo num iminente processo de impeachment no Escândalo de Watergate, o que levou à única renúncia até hoje de um presidente dos EUA, em 9 de agosto de 1974.
NIXON NA CHINA
Em 1971, o presidente Richard Nixon anuncia no rádio e na televisão que vai à China em 1972, numa verdadeira revolução nas relações entre os Estados Unidos e a China comunista e na política externa norte-americana.
Várias vezes Nixon declara ser contra o estabelecimento de relações com a China. Desde a vitória da revolução comunista, em 1º de outubro de 1949, os EUA reconhecem a República da China em Taiwan como o governo legítimo chinês.
Um objetivo central de Nixon é acabar com a intervenção militar dos EUA na Guerra do Vietnã (1955-75), principal motivo da decisão do presidente Lyndon Johnson (1963-69) de não disputar a reeleição em 1968. Nixon se elege prometendo "paz com honra".
Ao mesmo tempo, seu assessor de Segurança Nacional e futuro secretário de Estado, Henry Kissinger, vê uma oportunidade em 1969, quando a União Soviética travam um conflito de fronteiras durante sete meses, com a morte de pelo menos 60 soviéticos e 72 chineses.
A aproximação começa com a diplomacia do pingue-pongue, quando o ditador chinês Mao Tsé-tung convida, em 6 de abril de 1971, uma equipe de tênis de mesa dos EUA que disputava o campeonato mundial no Japão para jogar na China.
Desde o rompimento com a URSS, em 1964, a China busca aliados e parceiros comerciais. Para os EUA, além de afastar o risco de uma aliança entre as grandes potências comunistas, é uma chance de fazer a China pressionar seu aliado Vietnã do Norte a aceitar um acordo de paz nas negociações iniciadas em 10 de maio de 1968 em Paris.
Kissinger chega a Beijim em 9 de julho de 1971, numa visita até então secreta que abala o Japão, inimigo histórico da China e principal aliado dos EUA no Leste da Ásia. Em 25 de outubro, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprova uma moção da Albânia, aliada do regime comunista chinês, reconhecendo a República Popular da China como representante legítima do país, que toma o lugar até então ocupado por Taiwan no Conselho de Segurança da ONU.
Nixon passa uma semana na China, de 21 a 28 de fevereiro de 1972. De 22 a 30 de maio do mesmo, vai a Moscou onde assina o Primeiro Tratado de Limitação de Armas Estratégicas (SALT I) e o Tratado de Mísseis Antibalísticos, conhecido pela sigla MAD, que significa louco em inglês e, no caso, destruição mutuamente assegurada, garantindo o equilíbrio do terror nuclear.
Com a détente com as grandes potências comunistas, a Guerra do Vietnã perde o sentido para os EUA. Em 27 de janeiro de 1973, os EUA e o Vietnã do Norte assinaram um acordo que viabiliza a retirada das forças americanas do país do Sudeste Asiático, depois da morte de 58 mil soldados americanos. Mas a guerra só termina em 30 de abril de 1975, quando o Vietnã do Norte toma Saigon, a capital do Vietnã do Sul, provocando uma fuga espetacular do pessoal da Embaixada dos EUA.
MORTE DE VERSACE
Em 1997, o famoso estilista italiano Gianni Versace é morto com dois tiros na cabeça pelo assassino serial Andrew Cunanan na escadaria de sua mansão em Miami, nos EUA.
Dois dias depois, em Chicago, entra na casa do empresário do ramo imobiliário Le Miglin, mata-o e rouba seu carro Lexus. Em 9 de maio, abandona o carro em Nova Jérsei e mata o coveiro William Reese para roubar mais um carro.
Alvo de uma caçada do FBI (Birô Federal de Investigação), a polícia federal dos EUA, Cunanan foge até a Flórida. Em 11 de julho, um funcionário de lanchonete reconhece o assassino, que havia visto na televisão no programa Mais Procurados dos EUA.
A polícia demora a encontrá-lo. Quatro dias depois de ser visto, ele mata Versace na sua mansão na South Beach. Em 23 de julho, Cunanan é encontrado morto num barco. Comete suicídio com o mesmo revólver que usou para matar duas de suas vítimas.
NASCE O TWITTER
Em 2006, a empresa Odeo, de São Francisco da Califórnia, lança o serviço de mensagens curtas para pessoas ou grupos Twttr, que seis meses depois passa a se chamar Twitter. Inicialmente com um máximo de 140 caracteres, as mensagens foram ampliadas para até 280 toques.
A empresa chega em 2013 a 2 mil funcionários e 200 milhões de usuários. É avaliada em US$ 31 bilhões de dólares. Embora tenha menos usuários que o Facebook, que tinha mais de 2 bilhões em 2019, o Twitter é uma fonte essencial para últimas notícias.O ex-presidente Donald Trump (2017-21) governava pelo Twitter, disparando mensagens de madrugada e às vezes o dia todo. Muitas vezes seus ministros conheciam a vontade política do presidente e sabiam de suas demissões pela rede social.
Trump foi banido da rede por usá-la para promover a insurreição e tentativa de golpe de 6 de janeiro contra sua derrota nas urnas e no Colégio Eleitoral. Antes, a Justiça dos EUA proibiu Trump de bloquear usuários do Twitter, como aliás faz o presidente Jair Bolsonaro, porque o presidente e o governo dos EUA não podem censurar ninguém. Se usa o Twitter para governar e fazer política, tem de aceitar as respostas do público.
No momento, o Twitter enfrenta a concorrência do Threads, criado pelo grupo Meta, de Mark Zuckerberg, dono do Facebook, do Instagram e do WhatsApp. Desde que o bilionário Elon Musk comprou o Twitter por US$ 44 bilhões, tomou várias medidas causaram uma saída de usuários. Threads já é o serviço que conquistou mais usuários em curto prazo.
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