Como anunciado um dia antes, o presidente Donald Trump nomeou sábado a juíza federal Amy Coney Barrett para a vaga aberta na Suprema Corte dos Estados Unidos pela morte da ministra liberal Ruth Bader Ginsburg, defensora dos direitos das mulheres, das minorias, dos homossexuais e dos trabalhadores.
A nomeada deve ser sabatinada pelo Senado, dominado pelo Partido Republicano, que pretende acelerar o processo para votar a indicação em plenário em 26 de outubro, antes das eleições de 3 de novembro. É muita hipocrisia.
Em 2016, o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, se negou a realizar as audiências de confirmação de Merrick Garland, nomeado pelo então presidente Barack Obama, sob o argumento de que não se devem aprovar indicações para a Suprema Corte em ano eleitoral.
Se Trump perder a eleição e os republicanos ficarem com maioria no Senado, a indicação de Barrett perde a legitimidade. Isso pouco importa para os conservadores. Eles veem na indicação de uma católica ultraconservadora uma chance de revogar a decisão de 1973 que legalizou o abordo nos EUA, considerando-o uma questão de privacidade das mulheres.
Amy Coney Barrett, que havia sido nomeada por Trump para um tribunal federal de recursos, faz parte de um grupo católico conservadora chamado de People of Praise (Povo da Louvação), que entende que a mulher deve ser submissa ao marido.
Se ela for aprovada, como tudo indica, a composição do supremo tribunal americano vai passar para seis ministros conservadores e três liberais.
Leia mais nos jornais The New York Times e The Washington Post.
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