Numa cena sem precedentes o Salão Oval da Casa Branca, o presidente Donald Trump e o vice-presidente James David Vance emparedaram, humilharam e chantagearam na sexta-feira o presidente Volodymyr Zalensky, que se nega a aceitar um acordo de exploração mineral com os Estados Unidos sem garantias de segurança para a Ucrânia. Quem ganha é o ditador da Rússia, Vladimir Putin. Perdem a Ucrânia e a Europa, que veem a aliança transatlântica se dissolver.
Cerca de 20 líderes europeus se reúnem neste domingo em Londres para discutir o aumento do apoio à Ucrânia e o futuro da segurança do continente diante da ameaça de abandono da Europa pelo atual governo dos EUA.
O encontro patético diante das câmeras desnuda o caráter mafioso da política externa de Trump, que não têm princípios nem valores e não respeita o direito internacional, só a lei do mais forte, a lei da selva.
Trump só está interessado nos negócios tanto na Ucrânia como na Rússia. Há também uma afinidade ideológica com Putin. Ambos são antiliberais que veem o secularismo da cultura ocidental como decadente e anticristão ao defender os direitos da comunidade LGBT como o casamento gay, as políticas de discriminação positiva para combater o racismo estrutural e promover a inclusão social.
Com um imperialismo messiânico, Trump aposta no poderio econômico e militar dos EUA para impor o que quiser e quando quiser a outros países, sem freios nem limites, como faz nas suas guerras comerciais. Esta prepotência e arrogância criam um mundo muito mais perigoso. É uma regressão à Era dos Impérios do século 19.
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