sexta-feira, 7 de março de 2025

Hoje na História do Mundo: 7 de Fevereiro

  DINASTIA DOS ROMANOV

    Em 1613, Miguel Romanov se torna czar da Rússia. É o primeiro da Dinastia Romanov, que governa a Rússia por três séculos, até a Revolução de Fevereiro de 1917.

Filho de Fiódor Nikitich Romanov, Miguel é parente do último czar da Dinastia Rurik, Fiódor I (1584-98). Seu avô Nikita Romanov era tio materno de Fiódor. Quando a Assembleia da Terra se reúne para escolher um novo czar depois de um período problemático, de caos, desordem interna, invasão estrangeira e troca de líderes, elege Miguel Romanov.

Quando seu pai, que é obrigado a se tornar um monge, fica livre, se torna patriarca da Igreja Ortodoxa e conselheiro do governo do filho. Até sua morte, em 1633, domina o governo Miguel Romanov. Amplia o contato econômico, diplomático e cultural com a Europa Ocidental. Usa a Assembleia da Terra como órgão consultivo. Reforma a estrutura dos governos locais para aumentar a autoridade do goveno central. E fortalece a instituição da servidão.

NASCE MAURICE RAVEL

    En 1875, nasce em Cibouri, na França, o compositor Maurice Ravel,  conhecido por seu perfeccionismo de forma e estilo.

Filho de pai suíço e mãe basca, Joseph Maurice Ravel é de uma família que cultiva a cultura e as artes. Ele mostra interesse pela música aos 7 anos. Aos 14 anos, em 1889, entra para o Conservatório de Paris, onde fica até 1905, época em que compõe algumas de suas grandes obras. É um raro compositor que revela maturidade desde a juventude. 

Ravel é influenciado pelos compositores Claude Debussy, Wolfgang Amadeus Mozart, Franz Liszt e Johann Strauss. Sua obra mais famosa, o Bolero de Ravel, é a música francesa mais tocada no mundo. A composição é encomendada pela bailarina Ida Rubinstein. Estreia na Ópera de Paris em 1928.

PATENTE DO TELEFONE

    Em 1876, o inventor escocês naturalizado norte-americano Alexander Graham Bell recebe a patente do telefone. 

Graham Bell pede o registro da patente do telefone em 14 de fevereiro. Ele não gosta da nova tecnologia. Não tem um aparelho instalado em seu escritório.

Dentro dos próximos 20 anos, o telefone é aperfeiçoado até se transformar num instrumento fundamental à vida moderna. Com a invenção do transístor, em 1947, e a miniaturização dos circuitos, hoje temos telefones inteligentes que são computadores de mão, cada vez mais indispensáveis, embora possam ser substituídos em breve por instrumentos de realidade virtual.

EMBARGO A CUBA

    Em 1962, o presidente John Kennedy decreta novas medidas de boicote à Revolução Cubana e impõe um embargo econômico total à ilha, que completa hoje 63 anos. O regime comunista cubano e aliados chamam de "bloqueio", mas não é um bloqueio aeronaval como o que foi imposto durante a Crise dos Mísseis Nucleares Soviéticos em Cuba, em outubro do mesmo ano.

Logo após a vitória da revolução, em 1º de janeiro de 1959, o comandante Fidel Castro tenta uma aproximação e visita os Estados Unidos, mas em plena Guerra Fria é visto como esquerdista em Washington.

Quando o presidente Dwight Eisenhower proíbe as empresas norte-americanas de vender petróleo a Cuba, Fidel nacionaliza três refinarias sem compensação. Em 19 de outubro de 1960, Eisenhower proíbe exportações para Cuba, menos de alimentos e medicamentos. 

Três meses depois da posse de Kennedy, a fracassada tentativa de invasão da Baía dos Porcos, em abril 1961, afasta ainda mais os dois países. Cuba pede proteção à União Soviética.

Em 1962, Kennedy impõe um embargo total em fevereiro e ameaça invadir a ilha durante a Crise dos Mísseis Soviéticos em Cuba, de 14 a 27 de outubro.

Só em 1992, com a Lei da Democracia em Cuba, do deputado Robert Torricelli, o embargo é objeto de lei aprovada pelo Congresso. Assim, só pode ser revogado pelo Congresso. A Lei Helms-Burton, de 1996, apertou ainda mais o embargo e exige a realização de eleições democráticas para normalizar as relações entre os EUA e Cuba.

BEATLEMANIA

    Em 1964, o voo 101 da companhia aérea PanAm chega ao Aeroporto John Kennedy, em Nova York, vindo de Londres com The Beatles a bordo, no início da primeira excursão aos Estados Unidos da banda, recebida por 3 mil fãs enlouquecidos, no começo da Beatlemania.

Dois dias depois, os Beatles se apresentam no programa Ed Sullivan Show para uma audiência de 73 milhões de telespectadores na televisão dos EUA. Imediatamente, foram contratados para mais dois programas.

Os Beatles fazem um show no Coliseum, em Washington, em 11 de fevereiro, e dois no Carnagie Hall, em Nova York, onde a polícia tem de isolar a área por causa da histeria das fãs, antes de voltar a Londres em 22 de fevereiro.


DOMINGO SANGRENTO EM SELMA

    Em 1965, a policia do estado do Alabama ataca com cassetetes e gás lacrimogênio uma marcha pacífica de 650 manifestantes pelos direitos civis dos negros que tentava atravessar uma ponte em Selma rumo a Montgomery, a capital do estado. É o Domingo Sangrento da luta contra a segregação racial nos Estados Unidos.
A primeira marcha é liderada por James Bevel, diretor de ação direta da Conferência da Liderança Cristã Sulista, na luta pelo direito de voto dos negros e em protesto contra a morte do ativista Jimmie Lee Jackson.

A caminhada de 86 quilômetros ia de Selma até Montgomery, a capital do Alabama, um dos estados mais pobres, conservadores e racistas dos Estados Unidos. 

Quando os manifestantes cruzam a ponte Edmund Pettus, nos arredores de Selma, recebem a ordem de se dispersar. Momentos depois, a polícia os ataca com chicotes, cassetetes e gás lacrimogêneo. Dezessete manifestantes são hospitalizados.

A violência sai na televisão e na imprensa, gerando manifestações de protesto em 80 cidades. 

A segunda marcha acontece em 9 de março. Sob a liderança do reverendo Martin Luther King Jr., o grande herói da luta pacífica do movimento negro nos EUA, 2 mil manifestantes marcham pela mesma ponte. Quando manifestantes e a polícia ficam frente a frente, a polícia abre caminho para os manifestantes, mas Luther King os guia de volta para a igreja.

Em 15 de março, o presidente Lyndon Johnson fala na necessidade de reformar a lei eleitoral para dar o direito de voto aos negros. A Lei do Direito de Voto é aprovada cinco meses depois.

A terceira marcha começa em 16 de março sob a proteção de 2 mil soldados do Exército dos EUA, 1,9 mil da Guarda Nacional do Alabama e agentes do FBI (Federal Bureau of Investigation), a polícia federal do país. 

Os manifestantes caminham 16 quilômetros pela estrada conhecida no Alabama como Rodovia Jefferson Davis, o nome do presidente dos Estados Confederados da América, que tentam se separar da União na Guerra da Secessão (1861-65) para manter a escravidão.

Sob a liderança do Dr. King e do futuro deputados John Lewis, entre outros líderes do movimento negro, 25 mil pessoas chegam a Montgomery em 24 de março e ao Capitólio do Alabama no dia seguinte. A manifestação leva à aprovação do Lei dos Direitos de Voto. A rota é imortalizada com a Trilha de Selma a Montgomery pelo Direito de Voto, uma das trilhas históricas nacionais dos EUA.

Em 2023, o presidente Joe Biden participa da manifestação em Selma, numa preparação para o lançamento de sua candidatura à reeleição em 2024, abortado pelo seu fracasso no debate com o então ex-presidente Donald Trump.

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