PRIMEIRA ELEIÇÃO DE PERÓN
Em 1946, o vice-presidente e ministro da Guerra Juan Domingo Perón é eleito presidente da Argentina pela primeira vez, funda o peronismo e se torna o político dominante do país até os dias de hoje, muito além de sua morte.
O coronel Perón é nomeado secretário do Trabalho e da Seguridade Social de um governo militar em dezembro de 1943. Com o apoio do movimento sindical, cria a Justiça do Trabalho, escolas técnicas e um hospital e policlínica para ferroviários. Vira o herói dos descamisados.
Destituído e preso num golpe em 9 de outubro de 1945, sob pressão dos sindicatos e de sua segunda mulher, Maria Eva Duarte de Perón, a Evita, volta nos braços do povo. Em 17 de outubro daquele ano, o Dia da Lealdade para os peronistas, vai seu primeiro discurso triunfal na sacada da Casa Rosada.
Eleito com 52,4% dos votos, Perón nacionalizou os bancos e ferrovias, o Banco Central e algumas companhias de eletricidade. Deu vários benefícios aos trabalhadores: aumento do salário mínimo, 13º salário, folgas semanais, redução da jornada de trabalho, aposentadoria, férias remuneradas, seguro-saúde e cobertura para acidentes de trabalho. Entre 1945 e 1948, a economia cresceu a um recorde de 8,5% ao ano, enquanto os salários reais cresceram 46%.
Reeleito em 11 de novembro de 1951 com 63,5%, depois de uma campanha pelo voto feminino liderada por Evita, Perón governou até 16 de setembro de 1955, quando foi deposto por um golpe militar e fugiu para o exílio.
Perón volta à Argentina em 1973, é reeleito para um terceiro mandato e governa o país até morrer, em 1º de julho de 1974, deixando no poder sua terceira mulher, María Estela Martínez de Perón, a Isabelita, que não tinha o carisma de Evita e é deposta num golpe militar em 24 de março de 1976, início de uma ditadura cruel acusada de matar 30 mil argentinos.
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