sábado, 11 de fevereiro de 2023

Hoje na História do Mundo: 11 de Fevereiro

REVOLUÇÃO ISLÂMICA

    Em 1979, semanas depois da fuga do xá Reza Pahlevi, a Revolução Islâmica toda o poder no Irã e impõe uma ditadura teocrática do fundamentalismo xiita.

O xá assume poderes ditatoriais depois do primeiro golpe articulado pela CIA (Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos) durante a Guerra Fria, em 19 de agosto de 1953, contra o primeiro-ministro Mohammed Mossadegh, que nacionalizara a companhia petrolífera Anglo-Iranian Oil.

Durante 26 anos, o xá foi um aliado dos EUA durante a Guerra Fria, com uma ditadura secularista, pró-ocidental e anticomunista. Em 1963, Pahlevi adota um programa de modernização da sociedade iraniana que enfrenta forte oposição do clero muçulmano. Depois de ser preso duas vezes, em 1964, o aiatolá Ruhollah Khomeini foge para o exílio na Turquia, no Iraque e na França.

A onda de protestos contra o regime começa em outubro de 1977 e se transforma numa grande campanha de desobediência civil. No fim de 1978 , manifestações e greves no setor petrolífero, base da economia iraniana, paralisam o país.

Pahlevi foge do país em 16 de janeiro e deixa no poder o primeiro-ministro Shapour Bakhtiar, oriundo da oposição. Seu governo convida Khomeini a voltar ao Irã, o que acontece em 1º de fevereiro. 

NELSON MANDELA LIVRE

    Em 1990, Nelson Mandela, o líder da luta da maioria negra contra o regime segregacionista do apartheid, é libertado depois de 27 anos de prisão e começa a negociar o fim da ditadura da minoria branca na África do Sul. 

Até a imagem era proibida no país. A pneumonia que o matou foi resultado das condições desumanas na prisão da ilha de Robben, onde ficou 16 anos.

Influenciado pelas ideias do líder pacifista da independência da Índia, o Mahatma Gandhi, baseadas na resistência pacífica e desobediência civil do naturalista norte-americano Henry David Thoreau, Mandela entra nos anos 1940 para a Liga Jovem do Congresso Nacional Africano (CNA). Depois da morte de 69 negros no Massacre de Sharpeville, em 1960, o CNA parte para a luta armada.

Nelson Mandela se torna líder do braço armado do CNA, Umkhonto we Sizwe (Lança da Nação). Quando volta de treinamento militar no exterior, é preso, em 1962, e condenado à morte em 1964. A sentença depois foi reformada para prisão perpétua. Durante o julgamento, ele disse que estava lutando contra a ditadura da minoria branca e prometeu lutar contra uma ditadura da maioria negra.

Nos momentos mais violentos da guerra civil não declarada da África do Sul, o regime racista apelou a Mandela, que sempre insistiu que presos não podem negociar.

Diante da grande pressão internacional, do boicote internacional à economia sul-africana e do fim da Guerra Fria, ao tomar posse, em 1989, o último presidente branco, Frederik de Klerk, anunciou a intenção de libertar Mandela e negociar o fim do apartheid. Ambos ganharam o Prêmio Nobel da Paz em 1993.

Depois de negociações tensas e difíceis, em 27 de abril de 1994, Mandela assume como o primeiro presidente eleito democraticamente da África do Sul. Convida para a posse um de seus carcereiros. Fiel à democracia, ao contrário da maioria dos líderes africanos, deixa o governo depois do primeiro mandato.

A data de nascimento de Nelson Mandela, 18 de julho de 1918, foi transformada pela ONU em Dia Internacional Nelson Mandela pela liberdade, justiça e democracia.

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