terça-feira, 1 de abril de 2025

Condenação de Le Pen é exemplo para Brasil e EUA

A líder da extrema direita na França, Marine Le Pen, foi condenada ontem a quatro anos de prisão, sendo dois em regime fechado, multa de 100 mil euros e cinco anos de inelegibilidade por desviar 4,4 milhões de euros de fundos do Parlamento Europeu para usar na política francesa. Outros 21 membros da seu partido, a Reunião ou Reagrupamento Nacional (RN), também foram punidos.

Em entrevista à televisão francesa TF1, Marine Le Pen protestou, alegando que foi um "julgamento político" típico de regime autoritários para afastá-la da eleição presidencial de 2027. No momento, ela lidera as pesquisas. Ela pode recorrer, mas a pena de inelegibilidade é de cumprimento imediato. 

O Tribunal de Recursos de Paris prometeu tomar uma decisão no verão de 2026, bem antes da eleição. Se perder, como último recurso, Le Pen pode apelar ao Tribunal Constitucional com o argumento de que a decisão viola os direitos do eleitorado francês.

Vários líderes de extrema direita, entre eles o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, o bilionário sul-africano-norte-americano Elon Musk, o homem mais rico do mundo, e o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, criticaram a sentença.

Le Pen adotou a mesma postura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em vez de apresentar argumentos de defesa, atacou a Justiça. A França dá um exemplo ao Brasil e aos EUA de como tratar esses extremistas num momento de ascensão do neofascismo em escala global.

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