sexta-feira, 10 de maio de 2024

Hoje na História do Mundo: 10 de Maio

REI QUE PERDEU A CABEÇA

    Em 1774, Luís XVI e Maria Antonieta, os reis que seriam guilhotinados pela Revolução Francesa de 1789, ascendem ao trono da França.

O reino está envididado depois da derrota na Guerra dos Sete Anos (1756-63), quando a França perde suas possessões na Índia e quase todas na América do Norte para o Império Britânico.

Uma onda de frio, com vários invernos rigorosos, destrói as safras agrícolas, e alimenta a revolta popular contra um rei inepto, sem apetite pelo poder.

A revolução começa com a tomada da Bastilha, uma prisão real, em 14 de junho de 1789. Luís XVI preso na insurreição de 10 de agosto de 1792 e deposto em 21 de setembro de 1792. Num julgamento realizado pela Convenção Nacional, é condenado à morte por alta traição e executado na guilhotina em 21 de janeiro de 1793.

Único rei da França executado, é o último de mais de mil anos de monarquia no país. O general Napoleão Bonaparte funda o Primeiro Império ao se coroar embaixador em 2 de dezembro de 1804. Depois das guerras napoleônicas, a monarquia é restaurada. Ascende ao trono Luís XVIII, neto de Luís XV. 

A monarquia é abolida mais uma vez em 24 de fevereiro de 1848 e restaurada de novo por Napoleão III, sobrinho de Napoleão Bonaparte, que funda o Segundo Império (1852-70), que acaba com a derrota na Guerra Franco-Prussiana (1870-71).

TREM DE COSTA A COSTA

    Em 1869, os presidentes das companhias ferroviárias Union Pacific e Central Pacific se encontram em Promontory, no estado de Utah, numa cerimônia para marcar a conclusão da estrada de ferro transcontinental, que pela primeira vez permite viajar de costa a costa nos Estados Unidos.

Desde 1832, os norte-americanos do Leste e do Oeste veem a necessidade de unir os dois lados do país. O Congresso aprova a primeira verba em 1853, mas a tensão entre Norte e Sul que leva à Guerra da Secessão (1861-65) atrasa o início da obra por causa da discussão sobre onde passaria.

A ferrovia de 3.075 quilômetros é construída de 1863 a 1869. Faz conexão coma a rede ferroviária existente no Leste na cidade de Council Bluffs, no estado de Iowa, e vai até o porto de Oakland, na Califórnia, do lado leste da Baía de São Francisco.

ALEMANHA NAZISTA INVADE

    Em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), a Alemanha Nazista invade a Bélgica, a Holanda e Luxemburgo.

A guerra começa em 1º de setembro de 1939, quando o ditador nazista Adolf Hitler ordena a invasão da Polônia depois de fazer um pacto de não agressão com o ditador da União Soviética, Josef Stalin, que invade o Leste da Polônia em 17 de setembro. Varsóvia se rende aos nazistas em 27 de setembro.

Em 13 de dezembro, o Reino Unido vence a Batalha do Rio da Prata, o primeiro grande confronto naval da guerra.

Na Europa, a Alemanha invade a Noruega em 8 de abril de 1940. A invasão da Bélgica, da Holanda e de Luxemburgo faz parte de uma estratégia maior dos nazistas para dominar a França. A conquista da Bélgica inclui o primeiro duelo de tanques da guerra, a Batalha de Hannut. Depois de 18 dias, em 28 de maio, o Exército da Bélgica se rende.

ASCENSÃO DE CHURCHILL

    Em 1940, o primeiro-ministro do Reino Unido, Neville Chamberlain, perde o apoio de parte da bancada do Partido Conservador e é substituído por Winston Churchill.

Chamberlain tenta apaziguar Adolf Hitler com os Acordos de Munique, de 30 de setembro de 1938, quando a França e o Reino Unido entregam à Alemanha os Sudetos, uma região da Tcheco-Eslováquia com população de origem alemã.

No poder, Churchill se nega a fazer qualquer concessão a Hitler. Consegue salvar parte do Exército Real britânico na Retirada de Dunquerque, na França, de 26 de maio a 4 de junho de 1940. A primeira grande vitória vem na Batalha da Inglaterra, um combate aéreo travado de 10 de julho a 31 de outubro de 1940 que impede a Alemanha da invadir o Reino Unido.

Churchill é o grande líder da resistência a Hitler até a invasão da União Soviética pela Alemanha Nazista, em 22 de junho de 1941, e a entrada dos Estados Unidos na guerra depois do ataque aérea do Japão à Frota do Pacífico dos EUA, baseada em Pearl Harbor, no Havai, em 7 de dezembro de 1941., 

MAIORIA NEGRA ASSUME O PODER

    Em 1994, com a posse de Nelson Mandela como presidente da África do Sul, a maioria negra chega ao poder depois de mais de três séculos da dominação colonial e pelo regime segregacionista do apartheid.

Rolihlahla Nelson Mandela nasce em 18 de julho de 1918 na nobreza da tribo xhoza. Estudo direito e, Influenciado pelas ideias do líder pacifista da independência da Índia, o Mahatma Gandhi, nos anos 1940s, entra para a Liga Jovem do Congresso Nacional Africano (CNA). 

Depois da morte de 69 negros no Massacre de Sharpeville, em 1960, o CNA decide aderir à luta armada. Mandela vira líder do braço armado do CNA, Umkhonto we Sizwe (Lança da Nação). 

Quando volta de treinamento militar no exterior, é preso, em 1962, e condenado à morte em 1964. A sentença depois é reformada para prisão perpétua. Durante o julgamento, ele diz que está lutando contra a ditadura da minoria branca e promete lutar contra uma ditadura da maioria negra.

Nos momentos mais violentos da guerra civil não declarada da África do Sul, o regime racista apela a Mandela, que sempre insiste que presos não podem negociar.

Mandela passa 27 anos preso até ser libertado em 11 de fevereiro de 1990 para negociar o regime que o encarcerou. Até sua imagem era proibida no país. A pneumonia que o mata é resultado das condições desumanas na prisão da ilha de Robben, onde fica 16 anos.

Diante da grande pressão internacional, do boicote internacional à economia sul-africana e do fim da Guerra Fria, ao tomar posse, em 1989, o presidente branco Frederik de Klerk anuncia a intenção de libertar Mandela e negociar o fim do apartheid. Ambos dividem o Prêmio Nobel da Paz em 1993.

Depois de negociações tensas e difíceis, o CNA vence as eleições de 27 de abril de 1994 e Mandela assume em 10 de maio como o primeiro presidente eleito democraticamente da África do Sul. Convida para a posse um de seus carcereiros. Fiel à democracia, ao contrário da maioria dos líderes africanos, deixa o governo depois do primeiro mandato.

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