quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Hoje na História do Mundo: 18 de Dezembro

 MAYFLOWER IN PLYMOUTH

    Em 1620, depois de longa e tempestuosa viagem, os peregrinos do Mayflower ancoram onde hoje fica Plymouth, no estado de Massachusetts, para fundar uma colônia no Novo Mundo.

A história começa em 1606, quando um grupo de protestantes reformistas decide criar sua própria igreja. Acusados de traição, eles fogem para a Holanda. Doze anos depois, recebem ajuda de mercadores britânicos para criar uma colônia na América.

Os 102 peregrinos do Mayflower zarpam em 6 de setembro de 1620 pensando em chegar à colônia da Virgínia, mas o mau tempo desvia o navio para o norte. O nome Peregrinos do Mayflower é dado por William Bradford, primeiro governador da nova colônia.

Em 11 de novembro, o Mayflower chega ao Cabo Cod. Antes de irem para a terra em busca de um porto seguro, 41 peregrinos assinam um documento se comprometendo a criar um governo por consenso e a cumprir as leis da nova colônia.

Era 10 de dezembro quando um grupo descobre uma enseada e volta ao Mayflower. Com o mau tempo, o navio só aporta no dia 18.

Durante um inverno brutal, 50 peregrinos morrem. O Mayflower volta para a Inglaterra em 5 de abril de 1621. Um ano depois da chegada, os peregrinos festejam sua sobrevivência no primeiro Dia Nacional de Ação de Graças.

FIM OFICIAL DA ESCRAVIDÃO NOS EUA

    Em 1865, com a ratificação por três quartos dos estados, como exige a Constituição dos Estados Unidos, entra em vigor a 13ª Emenda, determinando que "nem a escravidão nem a servidão involuntária deve existir nos EUA ou em qualquer lugar submetido a sua jurisdição."

Antes da Guerra da Secessão (1861-65), o presidente Abraham Lincoln e a ala abolicionista do Partido Republicano querem apenas evitar que a escravidão avance para os novos estados e territórios do Oeste. Isto é inaceitável para os estados do Sul.

Em novembro de 1860, quando Lincoln é eleito, sete estados do Sul formam os Estados Confederados da América para sair da União e manter a escravatura. A Guerra Civil começa em 12 abril de 1861, pouco mais de um mês depois da posse do novo presidente, em 4 de março.

A Proclamação de Emancipação, em 1º de janeiro de 1863, transforma a guerra para manter a União numa luta pela abolição da escravatura. Esta mudança desestimula a França e o Reino Unido a apoiar o Sul e permite ao Norte alistar 180 mil soldados negros para a guerra.

Dois terços do Senado aprovam a 13ª Emenda em abril de 1864, mas a Câmara, que tinha uma grande bancada democrata, só faz isso em janeiro de 1865, três meses antes da rendição do comandante militar da Confederação, general Robert Lee, em Appotomax, em 9 de abril.

Em 2 de dezembro, o Alabama torna-se o 27º estado a ratificar a emenda, precondição para voltar à União, completando os três quartos exigidos pela Constituição. No dia 18 de dezembro, 246 anos depois que o primeiro grupo de escravos chegou à colônia de Jamestown, na Virgínia, a 13ª Emenda entra em vigor.

O QUEBRA-NOZES ESTREIA EM SÃO PETERSBURGO

    Em 1892, o balé O Quebra-Nozes, do compositor Peter Tchaikovsky (foto), estreia no Teatro Mariinsky, em São Petersburgo, a capital imperial da Rússia.

 A peça se baseia no livro O Quebra-Nozes e o Rei Camundongo, do escritor alemão Ernest Theodor Amadeus Hoffmann, sobre uma menina que fica amiga de um quebra-nozes que se torna vivo na véspera do Natal e a ajuda a enfrentar o rei malvado. É um livro sombrio. O coreógrafo Marius Petipa, do Balé Imperial da Rússia preferiu seguir uma adaptação mais leve feita pelo francês Alexandre Dumas.

Tchaikovsky começa a compor em fevereiro de 1891 e continua durante uma excursão pelos EUA em que participa da inauguração do Carnegie Hall, em Nova York. Na volta, em Paris, descobre um novo instrumento, a celesta, que será usado em O Quebra-Nozes.

É a terceira peça de Tchaikovsky para balé, depois de O Lago dos Cisnes e A Bela Adormecida. A crítica é feroz. O compositor morre antes de ver o sucesso de O Quebra-Nozes, o balé mais apresentado no mundo, uma introdução à música clássica para muitos jovens. Como é uma história natalina, é muito encenado na época do Natal.


FIM DA BATALHA DE VERDUN

    Em 1916, depois de 10 meses e 1 milhão de baixas, termina a Batalha de Verdun, a mais longa da Primeira Guerra Mundial (1914-18).

É uma das maiores batalhas da história e uma das mais arrasadoras da guerra. É um símbolo da resistência francesa e dos horrores da guerra industrial da era moderna, conhecida como o "moedor de carne de Verdun",

O combate começa em 21 de fevereiro, quando a Alemanha ataca o Exército da França em Verdun, na margem do Rio Meuse. O comandante militar alemão, general Erich von Falkenhayn, considera o Exército francês mais fraco do que o britânico e acredita que uma derrota levará os aliados a negociar a paz.

LÍDER DA OPOSIÇÃO ELEITO PRESIDENTE DA COREIA DO SUL

    Em 1997, Kim Dae Jung, que chega a ser preso e condenado a morte pela ditadura militar, é o primeiro líder da oposição a se eleger presidente da Coreia do Sul.
Kim nasce em 8 de janeiro de 1924 na ilha de Haui, no condado de Sinã, hoje parte da Coreia do Sul. Ele se forma como melhor aluno num curso comercial de ensino médio. Em 1943, entra para uma empresa japonesa da qual se torna dono em 1945. Durante a Guerra da Coreia (1950-53), é preso e condenado à morte pelos comunistas, mas consegue escapar.

Nos anos 1950, Kim se torna um militante pela democracia. Em 1954, critica as políticas autoritárias do ditador Syngman Rhee. Na quinta tentativa, ele se elege deputado em 1961, mas as eleições são anuladas por um golpe militar do general Park Chung Hee, que governa a Coreia do Sul até ser assassinado em 26 de outubro de 1979.

Durante a ditadura de Park, Kim, um brilhante orador de 40 anos quando perde o mandato, vira o principal líder da oposição. Ele se candidata a presidente contra Park em 1971 e perde com 40% dos votos. Em 1973, é sequestrado num hotel em Tóquio pela Agência Central de Inteligência da Coreia (KCIA) e levado de volta à Coreia do Sul. Em 1976, é preso por ser um ativista pró-democracia. Sai da prisão domiciliar em 1979, dois meses antes da morte de Park.

Kim Dae Jung é preso de novo em maio de 1980 por sedição e conspiração. É condenado à morte, mas o ditador Chun Doo Hwan comuta a pena, inicialmente para prisão perpétua e depois para 20 anos. Ele vai se tratar nos EUA em 1982 e fica exilado.

Ao voltar à Coreia do Sul, em 1985, Kim reassume a posição de líder da oposição. Ele concorre à Presidência e perde em 1987 e 1992. Em 1995, funda um novo partido, o Congresso Nacional por uma Nova Política, e finalmente conquista a vitória em 1997.

No poder, ele faz um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para recuperar a economia sul-coreana depois da Crise da Ásia e melhora as relações com a Coreia do Norte. Sua política do brilho do sol permite que sul-coreanos visitem o Norte e reduz as restrições para investimentos no Norte.

De 13 a 15 de junho de 2000, Kim Dae Jung se encontra com o ditador norte-coreano Kim Jong Il na primeira reunião de cúpula entre os líderes das duas Coreias.

Como a Coreia do Sul não tem reeleição para presidente, Kim deixa o poder em 2003. Ele morre em Seul em 18 de agosto de 2009 aos 85 anos.

ESTE BLOG DEPENDE DA AJUDA DE SEUS LEITORES. CONTRIBUIÇÕES VIA PIX PELO CNPJ 25.182.225/0001-37

Nenhum comentário: