sábado, 19 de abril de 2025

Hoje na História do Mundo: 19 de Abril

  INÍCIO DA GUERRA DA INDEPENDÊNCIA DOS EUA

    Em 1775, por volta das 5h, 700 soldados britânicos que tentam capturar colonos rebeldes e apreender armas entram na cidade de Lexington, onde são esperados por 77 patriotas armados sob o comando do capitão John Parker, e travam a primeira batalha da Guerra da Independência dos Estados Unidos.

Com superioridade numérica, o capitão britânico John Pitcairn manda os patriotas norte-americanos se dispersarem, mas um tiro de canhão deflagra o combate. Quando a batalha termina, oito colonos e um britânico estão mortos.

É o início da Revolução Norte-Americana. A independência não está nos planos iniciais dos colonos. Em 10 de janeiro de 1776, o revolucionário britânico Tom Paine publica Senso Comum, um panfleto contra a monarquia. A independência é declarada seis meses depois, em 4 de julho de 1776. 

Os rebeldes ganham a guerra com a vitória na Batalha de Yorktown, em 19 de outubro de 1781. A independência é reconhecida pela França e o Reino Unido no Tratado de Paris, assinado em 3 de setembro de 1783.

LEVANTE DO GUETO DE VARSÓSIA

    Em 1943, a Alemanha Nazista começa o ataque à rebelião dos judeus poloneses confinados no Gueto de Varsóvia. É a revolta mais importante do povo judeu contra o Holocausto cometido pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45).

Como parte do genocídio, os nazistas confinam os judeus em guetos. Em Varsóvia, onde antes moravam 100 mil pessoas, havia 400 mil. De julho a setembro de 1942, 300 mil moradores do gueto são enviados para a morte imediata no campo de concentração de Treblinka. Diante da morte certa, quem sobrevive decide resistir.

A resistência une a Organização Judaica de Combate, da esquerda, e a União Militar Judaica, de direita. Os grandes heróis são Mordechai Anielewicz, do movimento jovem judaico de esquerda Hashomer Hatzair, e Pawel Frenkel, do movimento jovem de direita Betar.

Em 18 de janeiro de 1943, eles atacam vários batalhões da SS, a organização paramilitar que é a tropa de choque do Partido Nazista. Os alemães fogem. Na Batalha da Rua Niska, em 21 de janeiro, doze soldados nazistas morrem. A resistência assume o controle do gueto.

Durante três meses, os judeus se preparam para a batalha final. Sem condições de libertar o gueto, esperam uma morte digna, na luta. O líder nazista Heinrich Himmler ordena a destruição do Gueto de Varsóvia. 

Em 19 de abril, 3 mil nazistas enfrentam 1,5 mil judeus. Cercam cada quadra e destroem casa por casa, matando todos os judeus que encontram. Mulheres saltam de andares altos de edifícios com os filhos nos braços para evitar a captura e morte. Na noite de 16 de maio, com a destruição da sinagoga, acaba o Levante do Gueto de Varsóvia.

Pelo menos 13 mil judeus morrem na revolta. Os 50 mil sobreviventes são enviados para os campos de concentração de Maydanek e Treblinka.

MASSACRE DE WACO

    Em 1993, depois de um mês e 20 dias de cerco, a polícia federal dos Estados Unidos, o FBi (Federal Bureau of Investigation), o Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos do Departamento da Justiça (ATF), a polícia estadual e a Guarda Nacional do Texas atacam a sede da seita Ramo Davidiano, liderada por David Koresh, a Comunidade do Monte Carmelo, suspeita de estocar armas. Quatro agentes federais e 82 membros da seita morrem, inclusive 28 crianças.
O ATF tem um mandado judicial para entrar no local. A ideia é fazer uma operação rápida à luz do dia para cumprir a ordem do juiz, mas um repórter pede informações a um porteiro que é cunhado de Koresh. Assim, os membros da seita se entrincheiram com grande quantidade de armas para resistir.

O Departamento da Justiça admite que seus agentes lançaram bombas de gás lacrimogênio na sede da seita, mas acusam os davidianos pelo incêndio, citando gravações de conversas do líder com membros da seita mandando jogar combustível em montes de feno e o fato de que três incêndios teriam iniciado ao mesmo tempo.

O FBI alega em sua defesa que seus agentes não dispararam um tiro no dia do incêndio. Os tiros teriam partido da polícia estadual.

TERRORISMO INTERNO NOS EUA

    Em 1995, o veterano de guerra Timothy McVeigh explode um caminhão-bomba diante do Edifício Federal Alfred Murrah, na Cidade de Oklahoma, mata 168 pessoas e fere outras 500. É o pior atentado terrorista da história dos Estados Unidos até os ataques de 11 de setembro de 2001.
A bomba instalada num caminhão alugado tem mais de duas toneladas de nitrato de amônia, um fertilizante, e óleo combustível.

Apesar da suspeita inicial sobre extremistas muçulmanos ligados às guerras do Oriente Médio, a investigação logo se concentrou em McVeigh, preso pouco depois da explosão por uma infração de trânsito, e seu amigo Terry Nichols. Os dois ex-soldados do Exército dos EUA simpatizam com movimentos patrióticos de extrema direita. Mesmo não sendo filiados a nenhum grupo, seguem sua ideologia e sua visão paranoica de que o governo federal é um inimigo manipulador da realidade.

Um de seus objetivos seria vingar o Massacre de Waco, no Texas. Em 19 de abril de 1993, depois de um mês e vinte dias de cerco, o Escritório de Armas, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivo do Departamento da Justiça, o FBI (Federal Bureau of Investigation), a polícia federal do país a polícia estadual e a Guarda Nacional do Texas atacam a sede da seita Ramo Davidiano, liderada por David Koresh, que pega fogo.

Ao todo, quatro agentes federais e 82 membros da seita, inclusive 28 crianças, morrem no confronto. McVeigh e Nichols veem no caso um abuso de poder do governo federal e decidem atacar o edifício-sede das agências federais em Oklahoma. 19 de abril é o dia do início da Guerra da Independência dos EUA e do ataque ao Ramo Davidiano.

McVeigh é condenado por 11 acusações de assassinato, conspiração e uso de uma arma de destruição em massa e é executado em 2001. É a primeira pessoa executada por crime federal nos EUA desde 1963. Como não participa diretamente da execução do atentado, Nichols é condenado por conspiração e oito acusações de homicídio culposo. Pega prisão perpétua.

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