quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Hoje na História do Mundo: 31 de Outubro

 REFORMA PROTESTANTE

    Em 1517, o monge alemão Martinho Lutero prega suas 95 teses na porta da igreja do Castelo de Wittenberg, na Alemanha, dando início à Reforma Protestante. 

Lutero ataca os excessos e a escândalos da Igreja Católica, especialmente a venda de "indulgências" para perdoar pecados. Seus textos são logo traduzidos do latim para o alemão e distribuídos com a ajuda de uma nova tecnologia revolucionária na época: a imprensa.

Quando as cópias chegam ao Vaticano, a Igreja Católica tenta silenciar Lutero, mas ele se nega a ficar calado. Em 1521, o papa Leão X excomunga o monge rebelde. Ele também se nega a se retratar perante o imperador Carlos V, do Sacro Império Romano-Germânico. No Edito de Worms, imperador o declara um herege e fora da lei, e dá permissão a qualquer um para matar Lutero.

O monge começa então a traduzir a Bíblia do latim para o alemão, uma tarefa que leva 10 dez anos. No protestantismo, a Bíblia é a única norma da fé, é o livro que permite o contato direto com Deus sem intermediários.

A palavra protestante aparece pela primeira vez em 1529, quando Carlos V revoga o direito dos governantes dos estados e principados do império de aplicar ou não o edito. Os protestantes alegam que sua primeira lealdade é a Deus, não ao imperador.

Martinho Lutero morre em 1546 depois lançar as bases da Reforma Protestante, que causaria profundas mudanças na civilização.

REI PERDE A AMÉRICA

    Em 1776, o rei George III faz o segundo discurso no Parlamento Britânico depois da declaração de independência dos Estados Unidos, em 4 de julho daquele ano, anuncia a vitória sobre o Exército Continental comandado por George Washington na Batalha de Long Island, em 27 de agosto, e renova os apelos pela vitória.

Apesar da pregação guerreira do rei, o general William Howe e o almirante Richard Howe, dois irmãos, ainda tentam convencer os rebeldes a aceitar a soberania do Império Britânico. Podem prender e aniquilar o exército rebelde, mas preferem negociar. O rei exige submissão total.

As negociações fracassam. Com a vitória na Batalha de Yorktown, em 19 de outubro de 1781, os rebeldes vencem a guerra militarmente. No Tratado de Paris, em 3 de setembro de 1783, o Reino Unido e a França, que apoia os colonos, reconhecem a independência dos EUA.

PRIMEIRO NEGRO NA NBA

    Em 1950, aos 21 anos, Earl Lloyd é o primeiro afro-americano a disputar o Campeonato Nacional de Basquete dos Estados Unidos, ao participar do jogo de abertura pelo Washington Capitols.

Lloyd cresce na Virgínia numa era de segregação racial e se muda para a Virgínia Ocidental, onde chama a atenção como craque do time da escola. 

Ao entrar para um time só de brancos, Lloyd fica intimidado, mas é bem recebido pelos colegas, a maioria vinda de times de escolas não segregadas.

Depois de sete jogos, Lloyd é convocado para lutar na Guerra da Coreia (1950-53). Quando volta, dois anos depois, o Capitols não existe mais. Ele vai para o Syracuse Nationals, hoje Philadelphia 76ers, e termina a carreira como jogador no Detroit Pistons, onde vira treinador adjunto e mais tarde torna-se o primeiro treinador negro principal do basquete profissional norte-americano.

Earl Lloyd vai para o Hall da Fama em 2003 e morre em 2015.

MÚMIA DE STALIN

    Em 1961, a múmia do ditador Josef Stalin é removida do Mausoléu de Lenin na Praça Vermelha, no centro de Moscou, a capital da União Soviética.

Quando o líder da Revolução Comunista, Vladimir Lenin, morre em 1924, seu corpo é embalsamado e exposto à visitação pública como um semideus. Depois de uma luta contra Leon Trotsky, Stalin consolida poderes absolutos em 1927 e inicia um período de tirania e perseguições que deixa 20 milhões de mortos.

Com a morte de Stalin, em 5 de março de 1953, seu cadáver embalsamado é colocado no mausoléu. Em 1956, para consolidar seu poder, o novo líder, Nikita Kruschev, denuncia os crimes de Stálin no 20º Congresso do Partido Comunista da URSS.

Cinco anos depois, a múmia de Stalin é removida e enterrada.

INDIRA GANDHI ASSASSINADA

    Em 1984, dois seguranças da seita sikh matam a primeira-ministra da Índia, Indira Gandhi, em retaliação pelo ataque do Exército ao Templo Dourado de Amrítsar na Operação Estrela Azul, contra o movimento pela independência do Calistão, de 1º a 10 de junho do mesmo ano, quando 5 a 7 mil sikhs são mortos.

Indira não tem parentesco com Mohandas Gandhi, o Mahatma, o grande herói da independência da Índia. Pega o sobrenome do marido. É filha de Jawaharlal Nehru, o segundo maior herói e primeiro primeiro-ministro indiano (1947-64).

Primeira e única mulher a chefiar o governo da Índia, fica no poder de janeiro de 24 de janeiro de 1966 a 24 de março de 1977. Cai depois de governar por decreto durante dois anos, sob estado de emergência, quando suspende os direitos civis e prende adversários político. Volta em 14 de janeiro de 1980 e fica até a morte.

Depois do assassinato, mil sikhs são mortos em protestos violentos. Indira é substituída pelo filho Rajiv Gandhi, que governa até 1989, quando é assassinado por uma terrorista suicida do Movimento de Libertação dos Tigres do Ilam Tamil, um grupo rebelde do Sri Lanka, o antigo Ceilão.

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