Em 1648, a assinatura do Tratado de Paz da Vestfália acaba com a Guerra dos Trinta Anos, muda o equilíbrio de forças na Europa e consagra os princípios de soberania nacional e não intervenção nos assuntos internos de outros países, criando o sistema internacional moderno.
A guerra começa em 23 de maio de 1618, quando o rei da Boêmia e futuro imperador Ferdinando II, do Sacro Império Romano-Germânico, tenta impor o catolicismo como religião em todos os seus domínios. Os nobres protestantes se rebelam e jogam dois representantes do rei pela janela do Castelo de Praga. É a Segunda Defenestração de Praga.
No fim da guerra, a Espanha perde seu império europeu, com a independência da Holanda, a Suécia assume o controle sobre a região do Mar Báltico, a França se torna a potência dominante na Europa continental e o poder do imperador do Sacro Império é reduzindo, dando aos estados e principados germânicos o direito de escolher sua religião.
As invasões holandesas ao Nordeste (1624-25 e 1630-54) são fruto da guerra. Com o fim da Dinastia de Avis depois da morte do jovem rei português Dom Sebastião, na Batalha de Alcácer-Quibir, no Marrocos, em 1578, Felipe II, talvez o rei mais poderoso da história da Espanha, reivindica a coroa de Portugal. A União Ibérica dura de 1580 a 1640, período conhecido na História do Brasil como Domínio Espanhol.
Em 1º de maio de 1640, o Cardeal de Richelieu, o poderoso e maquiavélico primeiro-ministro da França, fomenta a Revolta de Lisboa e Portugal recupera a independência.
NASCE A ONU
Em 1945, meses depois da assinatura da Carta das Nações Unidas, em 26 de junho, a Organização das Nações Unidas (ONU) começa a funcionar em São Francisco com 51 países, um a mais dos que assinaram a carta por causa da restauração da independência da Polônia.
A ONU é a segunda organização internacional de caráter universal dedicada à paz mundial. Sucede a Liga das Nações, criada depois da Primeira Guerra Mundial (1914-18), que não consegue evitar a Segunda Guerra Mundial (1939-45).
Antes mesmo dos Estados Unidos entrarem na guerra, o presidente Franklin Roosevelt e o primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, assinam a Carta do Atlântico, em 14 de agosto de 1941, estabelecendo os princípios de uma nova ordem mundial para o pós-guerra:
- Nenhum ganho territorial seria buscado pelos Estados Unidos ou pelo Reino Unido;
- Os ajustes territoriais devem estar de acordo com os desejos das populações afectadas;
- Todos os povos têm direito à autodeterminação;
- Barreiras comerciais devem ser reduzidas;
- Há de haver cooperação econômica global e avanço do bem-estar social;
- Os participantes vão trabalhar por um mundo livre do medo e da necessidade;
- Os participantes vão trabalhar pela liberdade nos mares;
- As nações agressoras serão desarmadas após a guerra.
Com a entrada dos EUA na guerra depois do ataque do Japão à frota norte-americana do Oceano Pacífico, estacionada em Pearl Harbor, no Havaí, em 7 de dezembro de 1941, os mesmos princípios são a base da Declaração das Nações Unidas, assinada pelos quatro grandes (EUA, Reino Unido, União Soviética e China) em 1º de janeiro de 1942.
Até o fim da guerra, 47 países assinam a declaração. A ONU é criada em conferências realizadas em Moscou e Teerã, em 1943; Dumbartan Oaks, nos EUA, em 1944; Ialta, na URSS, em fevereiro de 1945; e em São Francisco, onde a Carta da ONU é assinada, em 26 de junho de 1945, antes do fim da guerra no Pacífico.
O preâmbulo da Carta indica as intenções de seus redatores: “os povos das Nações Unidas, decididos a preservar as gerações futuras do flagelo da guerra…e a reafirmar a fé nos direitos fundamentais do homem, da dignidade e no valor do ser humano, na igualdade de direitos dos homens e das mulheres, assim como das nações grandes e pequenas…
“Para tais fins [decidem] praticar a tolerância e viver em paz…e unir nossas forças para manter a paz e a segurança internacionais, e a garantir, pela aceitação de princípios e a instituição de métodos, que a força armada não será usada a não ser no interesse comum e a empregar um mecanismo internacional para promover o progresso econômico e social dos povos”.
EISENHOWER APOIA VIETNÃ DO SUL
Em 1954, durante a Guerra Fria, o presidente Dwight Eisenhower promete apoio político e militar ao presidente do Vietnã do Sul, Ngo Dinh Diem, dando início ao envolvimento dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã (1955-75).
Com a derrota da França na Guerra da Indochina (1946-54), a Conferência de Paz de Genebra divide o país em Vietnã do Norte, comunista, liderado por Ho Chi Minh, e Vietnã do Sul, dirigido por Diem. Uma eleição nacional a ser realizada em julho de 1956 deve unificar o país.
Diante da expectativa da vitória comunista, os EUA e o Vietnã do Sul se recusam a realizar as eleições, causa do início da Guerra do Vietnã.
BURTON DÁ SUPERDIAMANTE A LIZ
Em 1969, o ator Richard Burton dá um diamante de 69 quilates (13,8 gramas) e US$ 1,5 milhão para sua mulher, a atriz Elizabeth Taylor, em meio à relação tumultuada do casal número um do cinema. Eles se conhecem a se apaixonam durante a flimagem de Cleópatra, em que ela interpreta a rainha do Egito e ele o general romano Marco Antônio.
Aos 30 anos, Liz, a musa dos olhos cor de violeta, casa pela quarta vez em 15 de março 1964. Os dois fazem 12 filmes juntos. Nos anos 1960, ganham US$ 88 milhões e gastam US$ 65 milhões em uma frota de Rolls-Royces, hotéis de luxo, um jato privado, um helicóptero e um iate de milhões de dólares. São a realeza de Hollywood.
ÚLTIMO VOO DO CONCORDE
Em 2003, o avião supersônico Concorde faz o último voo comercial, entre o Aeroporto Internacional John Kennedy, em Nova York, e o Aeroporto de Heathrow, em Londres, a duas vezes a velocidade do som no vácuo (340 metros por segundo), a serviço da companhia aérea British Airways, com 100 passageiros a bordo, inclusive um casal que pagou US$ 60 mil pelas passagens.

O Concorde, um projeto conjunto dos governos da França e do Reino Unido, entra em operação em janeiro de 1975. A uma velocidade de 2.160 quilômetros por hora, vai de Londres a Nova York em três horas e meia. É um luxo. A passagem de uma viagem transatlântica de ida e volta custa US$ 9 mil.
Seu fim é trágico. Em 25 de julho de 2000, um Concorde da companhia aérea francesa Air France cai logo depois de decolar do Aeroporto Internacional Charles de Gaulle, nos arredores de Paris, com destino a Nova York, matando todas as 109 pessoas a bordo e quatro pessoas em terra.
A companhia aérea britânica Virgin Galactic, que explora o turismo no espaço, anuncia em agosto de 2020 uma associação com a fábrica de motores Rolls-Royce para desenvolver um avião capaz de voar a três vezes a velocidade do som.
Em junho de 2021, a companhia aérea norte-americana United Airlines revelou planos de retomar os voos supersônicos com uma aeronave fabricada pela empresa Boom Supersonic. Os voos de teste estão previstos para 2026.
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