REFÉNS NO IRÃ SOLTOS
Em 1981, minutos depois da posse de Ronald Reagan como presidente dos Estados Unidos, ativistas revolucionários iranianos libertam 52 reféns detidos há 444 dias, desde 4 de novembro de 1979, na embaixada norte-americana em Teerã.
Com o apoio dos EUA, o xá impõe uma ditadura secularista e anticomunista aliada do Ocidente na Guerra Fria, com uma polícia política, a Savak, acusada de prender e torturar adversários do regime, além de milhares de mortes.
A Revolução Iraniana começa com uma onda de greves no setor de petróleo que abala a economia do país em 1978. O clero conservador dominado pelo aiatolá Ruhollah Khomeini era a instituição com força para tomar o poder.
Khomeini volta do exílio em Paris em 2 de fevereiro de 1979. O xá cai em 11 de fevereiro. Para o regime dos aiatolás, os EUA são o Grande Satã que sustentou a ditadura durante décadas.
O radicalismo e o ódio aos EUA levam à invasão da Embaixada Norte-Americana em Teerã em 4 de novembro de 1979 e a tomada dos diplomatas e funcionários como reféns, uma humilhação para o presidente Jimmy Carter, aliado do xá. O governo Carter tenta resgatar os reféns.
A Operação Garra de Águia fracassa com a entrada de areia do deserto nos motores de helicópteros dos EUA. Um civil iraniano e oito militares americanos morrem quando um helicóptero cai sobre um avião de transporte de tropas.
Essa sucessão de derrotas e humilhações de Carter contribui junto com a inflação elevada para a vitória de Ronald Reagan na eleição presidencial de 1980. Ele negocia a libertação dos reféns para o dia de sua posse.
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