domingo, 12 de janeiro de 2025

Hoje na História do Mundo: 12 de Janeiro

 LOBO DO MAR

    Em 1876, nasce na miséria em São Francisco da Califórnia John Griffith Chaney, ativista, operário, marinheiro, jornalista e escritor mais conhecido como Jack London.

"Ele foi o lobo do mar, o lobo das selvas, o lobo da estepe. Foi o Lobo do lobo do homem. Ele foi London, Jack London, o timão, o mastro, o lastro – e, é claro, o leme que conduziu o romance de aventuras por mares nunca dantes navegados, por novas trilhas, por outros trilhos. 

"Foi pirata de ostras antes dos 10 anos, foi mão de obra infantil barata 12 horas por dia numa fábrica têxtil, foi Tom Sawyer e Huck Finn juntos – e fugiu da casa, virando o santo padroeiro dos estradeiros, o pai espiritual de outro Jack, o Kerouac. E então, quando só tinha angariado dor e desespero, London descobriu a escrita. 

"Narrando suas aventuras e desventuras entre vagões e vagabundos, da corrida do ouro no Alaska às paradisíacas ilhas dos Mares do Sul, Jack tornou-se um escritor seminal, uma celebridade, um best-seller, um jornalista combativo, um militante socialista, um globetrotter, um palestrante incendiário, um 'líder' popular – e nunca mais parou de escrever, para a sorte de seus leitores de então e de sempre." (Eduardo Bueno)

GUERRA ANGLO-ZULU

    Em 1879, começa a Guerra Anglo-Zulu, um conflito de seis meses decisivo para consolidar a hegemonia britânica sobre o que hoje é a África do Sul.

Na segunda metade do século 19, o Império Britânico se interessa pelas terras da Zululândia, para onde os bôeres, camponeses de origem holandesa, avançam na Longa Jornada (1835-46). Os britânicos pensam em usar mão de obra zulu nas minas de diamantes.

Desde que se torna rei dos zulus, em 1872, Cetshwayo decide resistir ao imperialismo. Para isso, forma um exército de 40 a 60 mil homens.

Em dezembro de 1878, o alto comissário (embaixador) britânico para a África do Sul dá um ultimato impossível de cumprir: exige que os zulus desmantelem sua força militar em 30 dias e paguem reparações por supostos insultos.

Como é óbvio, Cetshwayo não aceita. Em janeiro, as forças britânicas invadem a Zululândia sob o comando de Frederic Thesiger, 2º Barão de Chelmsford, que deixa um terço de suas tropas num acampamento desprotegido atacado pelos zulus em 22 de janeiro. Em Isandlwana, eles matam 800 britânicos e tomam mil fuzis e munição. É a única derrota de um exército moderno, com armas de fogo, para um exército que luta com lanças e escudos

Outra força, sob o comando de Dabulamanzi kaMpande, irmão de Cetshwayo, investe contra os britânicos em Rorke's Drift, onde os britânicos, avisados pelos sobreviventes de Isandlwana, estão preparados. Em 12 horas de batalha, cerca de 120 soldados britânicos matam mais de 500 guerreiros zulus.

A notícia da derrota em Isadlwana, uma das maiores humilhações do Império Britânico no século 19, chega a Londres em 11 de fevereiro e acaba com qualquer chance de Cetshwayo negociar a paz. Londres declara guerra total. 

Um exército sob o comando do general Evelyn Wood sofre uma derrota inicial em 28 de março em Hoblane, mas conquista uma vitória decisiva na Batalha de Kambula no dia seguinte. Em 2 de abril, uma coluna britânica liderada por Chelmsford inflige uma grande derrota aos zulus em Gingindlovu, onde mais de mil zulus são mortos.

Chelmsford avança em direção a Ulundi, onde em 4 de julho conquista a vitória definitiva sobre Cetshwayo, que é capturado em agosto. O Império Britânico controla a Zululândia e consolida seu domínio pela África do Sul ao vencer a Guerra dos Bôeres (1899-1902).

RETALIAÇÃO MACIÇA

    Em 1954, durante a Guerra Fria com a União Soviética, o secretário de Estado norte-americano, John Foster Dulles, anuncia que os Estados Unidos vão responder a agressão comunista com "a força de uma retaliação maciça", que se torna a ideia central da doutrina de segurança nacional do governo Dwight Eisenhower (1953-61).

Os EUA fabricam a bomba durante a Segunda Guerra Mundial e a jogam em Hiroxima e Nagasáki, no Japão, para acabar com a guerra. 

Em 29 de agosto de 1949, a União Soviética explode sua primeira bomba nuclear. 

Os EUA investem então na bomba de hidrogênio, muito mais poderosa. Ela é testada pela primeira vez em 1º de novembro de 1952. A URSS testa a sua em 12 de agosto de 1953, equilibrando a corrida armamentista.

Então, os EUA decidem advertir que um ataque com armas nucleares será respondido com "retaliação maciça".

IMPACTO PROFUNDO

    Em 2005, os Estados Unidos lançam a nave espacial Deep Impact, que dispara um artefato com 370 quilos de massa contra o núcleo do cometa Tempel 1 para estudar a estrutura do corpo celeste.

O bólido se choca com o cometa em 4 de julho e abre uma cratera. Ao contrário do esperado, as fotografias mostram mais poeira do que gelo. Uma nuvem de poeira dificulta a visualização da cratera. Três missões anteriores haviam observado cometa. Esta foi a primeira a realizar um impacto para obter material e descobrir de que é feito o núcleo dos cometas.

TERREMOTO DE PORTO PRÍNCIPE

    Em 2010, a terra treme pouco depois das cinco horas da tarde, num abalo de 7 graus na escala aberta de Richter sentido em Cuba e na Venezuela, com epicentro a 25 quilômetros de Porto Príncipe, a capital do Haiti. O abalo é perto da superfície, a 19 km de profundidade, o que aumenta o poder de destruição, matando cerca de 200 mil pessoas.

A ilha de Hispaniola, que o Haiti divide com a República Dominicana, está sujeita a terremotos violentos, registrados em 1751, 1770, 1846 e 1946. Porto Príncipe fica em cima da falha geológica onde as placas tectônicas da América do Norte e do Caribe se encontram.

Cerca de 300 mil construções são arrasadas, estradas destruídas, assim como os cabos de linhas de transmissão de energia e telecomunicações, o porto, o aeroporto, todos os hospitais e três instalações da organização não governamental Médicos sem Fronteiras.

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