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quarta-feira, 9 de julho de 2025

Hoje na História do Mundo: 9 de Julho

 CATARINA A GRANDE CZARINA DA RÚSSIA

    Em 1762, Catarina II, a Grande, se torna czarina depois de dar um golpe contra o marido, Pedro III. Ela governa até a morte, em 17 de novembro de 1796, num despotismo iluminado, um reinado inspirado pelo Iluminismo, de expansão do império e renascimento da cultura, da ciência e das artes.

A princesa Sophie Friederike Auguste von Anhalt Zerbst Dornburg nasce em 2 de maio de 1729 em Stettin, na Província da Pomerânia, no Reino da Prússia, parte do Sacro Império Romano-Germânico. Dois primos, Gustavo III e Carlos XIII se tornam reis da Suécia.

Ela adota o nome de Catarina quando se converte à Igreja Cristã Ortodoxa Russa, em 28 de junho de 1744. No ano seguinte, em 21 de agosto de 1745, Catarina se casa com o príncipe Pedro. O casamento leva anos a se consumar. Isto a faz se aproximar de nobres e grupos políticos que não gostam de seu marido.

Leitora ávida de livros, especialmente em francês, Catarina conhece as ideias do filósofo liberal francês Voltaire, uma de suas grandes influências, futuro conselheiro da Imperatriz de Todas as Rússias. Nos Anais, do historiador romano Tácito, ela aprende que o poder não se exerce por idealismo, mas por "motivos e interesses secretos".

Catarina confessa em suas memórias que perde a virgindade com Serguei Saltikov e diz que seu filho é dele, mas na versão final, para evitar problemas na sucessão, afirma que o futuro czar Paulo I, é filho de Pedro III. Ela tem casos amorosos escandalosos com vários nobres da corte: Stanislaus Augustus Toniakowski, Grigory Orlov, Alexander Vasilchikov, Grigory Potenkim e Ivan Korsakov, entre outros.

Com a morte da imperatriz Elizabeth, em 5 de janeiro de 1762, seu marido ascende ao trono como Pedro III. Apesar da má reputação, em seu curto reinado de seis meses, o czar faz reformas importantes: instaura a liberdade religiosa, incentiva a educação, tenta reformar o Exército, abole a polícia secreta, conhecida por sua violência extrema, e proíbe os proprietários de terras de matar servos sem julgamento.

A mulher o considera "bêbado" e "idiota". Diz que "não há nada pior do que ter um marido infantil". Diante da ameaça de golpe, ele tenta fugir, mas é preso e forçado a abdicar em 9 de julho de 1762, depois que o Exército, a Marinha e o Senado declaram apoio a Catarina. Peter III morre, provavelmente assassinado, mas não se conhecem os detalhes de sua morte.

O czar Pedro I, o Grande, considerado o fundador do Império Russo, chega até o Mar Negro, com as campanhas de Azov (1695-96), durante a Guerra Russo-Turca (1686-1700). A Rússia se torna a potência dominante nos Bálcãs em outra Guerra Russo-Turca (1768-74), quando o país se torna "protetor do cristãos ortodoxos" no Império Otomano.

No fim desta guerra, estoura a Guerra Camponesa, Rebelião dos Cossacos ou Rebelião de Pugachev (1773-75), liderada por Yemelian Pugachev, que anuncia a formação de um governo paralelo em nome do czar Pedro III e proclama o fim da servidão. Depois de uma reação inicial fraca, a revolta é esmagada no fim de 1774. Pugachev é preso e executado em 21 de janeiro de 1775 em Moscou.

Outra marca do reinado de Catarina II é a divisão da Polônia, que acontece em três etapas, em 1774, 1792, quando a Comunidade Polaco-Lituana é dividida entre Rússia e Prússia, e em 1795, quando o país é dividido entre Áustria, Rússia e Prússia. A Polônia e a Lituânia deixam de existir como países independentes por 123 anos, até o fim da Primeira Guerra Mundial (1914-18).

Fã da ciência e do Iluminismo, a imperatriz se vacina contra a varíola para dar o exemplo a seus súditos. A retrógrada rainha portuguesa Dona Maria I, a Louca, não faz isso e perde o primogênito para a doença.

Duante o reinado de Catarina a Grande, o Império Russo conquista 520 mil quilômetros quadrados, inclusive a Crimeia, a Nova Rússia (nome que o ditador Vladimir Putin usa para falar da Ucrânia), a Rússia Branca, a Lituânia e a Curlândia, e funda cidades como Odessa, Sebastopol e Kherson. A colonização do Alasca, vendido aos Estados Unidos em 30 de março de 1867, começa sob Catarina II.

INDEPENDÊNCIA DA ARGENTINA

      Em 1816, o Congresso Geral Constituinte, reunido em San Miguel de Tucumán, proclama a independência da Argentina. A declaração não define um sistema de governo, se será uma monarquia ou república.

A América Latina se torna independente em consequência da invasão de Napoleão Bonaparte à Península Ibérica, sob a inspiração da independência dos Estados Unidos e da Revolução Francesa, mas o Congresso de Viena (1815) restaura as monarquias europeias depois do fim das guerras napoleônicas. Então, há dúvidas.

As vitórias da resistência crioula às invasões britânicas de 1806 e 1807 acendem a chama da independência nos países do Rio do Prata. As invasões napoleônicas acabam com o poder imperial da Espanha e seu representante, o vice-rei em Buenos Aires. 

Em 13 de maio de 1810, chega a Buenos Aires a notícia de que Sevilha caíra em poder de Napoleão. Era o último bastião da monarquia espanhola. A Revolução de Maio vai de 18 a 25 de maio. É a primeira revolta bem-sucedida na independência da América do Sul. O movimento pela independência convoca o Cabildo Aberto, destitui o vice-rei em 22 de maio e cria uma junta de governo sob a presidência de Cornelio Saavedra.

Quando o Congresso se reúne em Tucumán, as Províncias Unidas do Prata estão divididas por causa da posição hegemônica assumida por Buenos Aires desde a Revolução de Maio, com resistência de outras províncias, especialmente de José Artigas, o grande herói do Uruguai, que quer criar uma federação platina.

Além do risco de guerra civil, há a ameaça de uma invasão da Espanha, que recupera a soberania com o fim da Guerra Peninsular (1808-14) contra Napoleão Bonaparte. É preciso organizar o país e o apresentar ao mundo como uma sociedade civilizada. Declarar a independência e redigir uma Constituição são fundamentais.

PRIMEIRO TORNEIO DE WIMBLEDON

    Em 1877, começa em Londres o primeiro Campeonato de Wimbledon, o mais tradicional torneio de tênis do mundo. 

A primeira edição tem 21 tenistas amadores que disputam o título de campeão masculino de simples, a única categoria em disputa. Na final, Spencer Gore vence William Marshall por 3-0 (6-1, 6-2, 6-4) com um jogo forte na rede. No ano seguinte, perde para Frank Hadow, especialista numa nova técnica: o lobe.

O tênis tem origem num jogo francês do século 13, jeu de paume, o jogo da palma, que evolui para um esporte de bolinha e raquete disputado em quadra fechada, o tênis real. Por fim, se transforma no tênis na grama.

O All England Croquet and Lawn Tennis Club, fundado em 1868, organiza o torneio desde 1877. A grama sagrada de Wimbledon é sede do único torneio importante disputado hoje na grama.

CEM METROS NADO LIVRE EM MENOS DE UM MINUTO

    Em 1922, o norte-americano Johnny Weissmüller nada 100 metros em menos de um minuto. O tempo de 58,6 segundos é o novo recorde mundial.

Janus Peter Weissmüller nasce em Szabadfalva, hoje parte da Romênia, no então Império Austro-Húngaro, em 2 de junho de 1904. No ano seguinte, seu pai e sua mãe emigram para os Estados Unidos. A família chega ao Nova York, vai para Windbar, na Pensilvânia, e depois para Chicago. Na praia de Fullerton, no Lago Michigan, Johnny recebe as primeiras aulas de natação.

Além de recordes, conquista cinco medalhes de ouro. Ganha os 100 metros nado livre e o revezamento 4 x 200 m nas olimpíadas de Paris, em 1924, e Amsterdã, em 1928. Em Paris, também ganha o ouro nos 400 m nado livre e uma medalha de bronze no polo aquático.

Depois da carreira de nadador, Johnny Weissmüller entra para o cinema. Seu grande papel foi como Tarzan – o homem macaco, no primeiro filme de uma série em que um super-herói branco faz proezas na África, personagem criado pelo escritor norte-americano Edgar Rice Burroughs. 

Na mesmo linha, de um super-herói branco mais forte, mais inteligente e mais eficiente do que os nativos e não europeus (há indianos), estrela mais tarde o seriado de televisão Jim das Selvas.

FIM DO GRATEFUL DEAD

    Em 1995, a banda de rock psicodélico Grateful Dead, nascida na comunidade hippie de Haight-Ashbury, em São Francisco da Califórnia, faz em Chicago seu último show. O cantor, compositor, guitarrista e líder da banda, Jerry Garcia, o Capitão Barato, morre no mês seguinte.

O Grateful Dead toma este nome no fim de 1965. A formação original tem Jerry Garcia, Bob Weir (guitarra e voz), Ron Pigpen McKernan (teclados), Phil Lesh (baixo) e Bill Kreutzmann (bateria). Depois, entram Mickey Hart (bateria), Tom Constanten (teclado), Keith Godchaux (teclado), Donna Godchaux (voz) e Brent Mydland (teclado e voz).

Uma das grandes bandas do rock ácido de São Francisco, ao lado do Jefferson Airplane, o Grateful Dead mistura rock, jazz, bluegrass, blues e folk music – e se torna uma das bandas de maior sucesso da história apresentações ao vivo. De 24 a 31 de dezembro, o Dead faz concertos grátis em São Francisco. Suas turnês de verão nos Estados Unidos faturam em média mais de US$ 500 mil por show.

Como uma banda contracultural, o Dead sempre autoriza e estimula seus fãs, inclusive uma legião de seguidores fanáticos, a gravar seus concertos. Seus discos de estúdio nunca tiveram o mesmo sucesso dos shows. "Não há nada como um concerto do Grateful Dead", afirmam os fãs.

Tive a oportunidade assistir a um show memorável de quatro horas do Grateful Dead no Ventura County Fairgrounds, perto de Los Angeles, em julho de 1982, que terminou com It's All Over Now, de Bob Dylan.

UNIÃO AFRICANA

   Em 2002, nasce a União Africana (UA), sucessora da Organização de Unidade Africana (OUA), numa conferência em Durban, na África do Sul, com o objetivo é promover a cooperação, a integração e o desenvolvimento econômico dos 55 países do continente.

A OUA é fundada em 25 de maio de 1963, em Adis Abeba, na Etiópia, pelo imperador Hailé Salassié. Na época, os 32 países fundadores decidem não discutir as fronteiras traçadas pelo imperialismo por duas razões: seria motivo para guerras sem fim e o objetivo maior era integrar o continente.

Em quase 40 anos, a OUA não consegue cumprir seus objetivos, como evitar guerra, porque opera por consenso, o que gera uma paralisia. A UA é criada numa conferência realizada em Adis Abeba, em 26 de maio de 2001

O modelo da UA é a União Europeia, para criar "uma África integrada, próspera e pacífica". Em 2018, 45 dos 55 países-membros assinam o Acordo de Livre Comércio Continental Africano. A área de livre comércio começa a funcionar em 1º de janeiro de 2021. 

terça-feira, 9 de julho de 2024

Hoje na História do Mundo: 9 de Julho

CATARINA A GRANDE CZARINA DA RÚSSIA

    Em 1762, Catarina II, a Grande, se torna czarina depois de dar um golpe contra o marido, Pedro III. Ela governa até a morte, em 17 de novembro de 1796, num reinado inspirado pelo Iluminismo, de expansão do império e renascimento da cultura, da ciência e das artes.

A princesa Sophie Friederike Auguste von Anhalt Zerbst Dornburg nasce em 2 de maio de 1729 em Stettin, na Província da Pomerânia, no Reino da Prússia, parte do Sacro Império Romano-Germânico. Dois primos, Gustavo III e Carlos XIII se tornam reis da Suécia.

Ela adota o nome de Catarina quando se converte para a Igreja Cristã Ortodoxa Russa, em 28 de junho de 1744. No ano seguinte, em 21 de agosto de 1745, Catarina se casa com o príncipe Pedro. O casamento leva anos a se consumar. Isto a faz se aproximar de nobres e grupos políticos que não gostam de seu marido.

Leitora ávida de livros, especialmente em francês, Catarina conhece as ideias do filósofo liberal francês Voltaire, uma de suas grandes influências, futuro conselheiro da Imperatriz de Todas as Rússias. Nos Anais, do historiador romano Tácito, ela aprende que o poder não se exerce por idealismo, mas por "motivos e interesses secretos".

Catarina confessa em suas memórias que perde a virgindade com Serguei Saltikov e diz que seu filho é dele, mas na versão final, para evitar problemas na sucessão, afirma que o futuro czar Paulo I, é filho de Pedro III. Ela tem casos amorosos com vários nobres da corte: Stanislaus Augustus Toniakowski, Grigory Orlov, Alexander Vasilchikov, Grigory Potenkim e Ivan Korsakov, entre outros.

Com a morte da imperatriz Elizabeth, em 5 de janeiro de 1762, seu marido ascende ao trono como Pedro III. Apesar da má reputação, em seu curto reinado de seis meses, o czar faz reformas importantes: instaura a liberdade religiosa, incentiva a educação, tenta reformar o Exército, abole a polícia secreta, conhecida por sua violência extrema, e proíbe os proprietários de terras de matar servos sem julgamento.

A mulher o considera "bêbado" e "idiota". Diz que "não há nada pior do que ter um marido infantil". Diante da ameaça de golpe, ele tenta fugir, mas é preso e forçado a abdicar em 9 de julho de 1762, depois que o Exército, a Marinha e o Senado declaram apoio a Catarina. Peter III morre, provavelmente assassinado, mas não se conhecem os detalhes de sua morte.

O czar Pedro I, o Grande, considerado o fundador do Império Russo, chega até o Mar Negro, com as campanhas de Azov (1695-96), durante a Guerra Russo-Turca (1686-1700). A Rússia se torna a potência dominante nos Bálcãs em outra Guerra Russo-Turca (1768-74), quando o país se torna "protetor do cristãos ortodoxos" no Império Otomano.

No fim desta guerra, estoura a Guerra Camponesa, Rebelião dos Cossacos ou Rebelião de Pugachev (1773-75), liderada por Yemelian Pugachev, que anuncia a formação de um governo paralelo em nome do czar Pedro III e proclama o fim da servidão. Depois de uma reação inicial fraca, a revolta é esmagada no fim de 1774. Pugachev é preso e executado em 21 de janeiro de 1775 em Moscou.

Outra marca do reinado de Catarina II é a divisão da Polônia, que acontece em três etapas, em 1774, 1792, quando a Comunidade Polaco-Lituana é dividida entre Rússia e Prússia, e em 1795, quando o país é dividido entre Áustria, Rússia e Prússia. A Polônia e a Lituânia deixam de existir como países independentes por 123 anos, até o fim da Primeira Guerra Mundial (1914-18).

Fã da ciência e do Iluminismo, a imperatriz se vacina contra a varíola para dar o exemplo a seus súditos. A retrógrada rainha portuguesa Dona Maria I, a Louca, não quis fazer isso e perdeu o primogênito para a doença.

Duante o reinado de Catarina a Grande, o Império Russo conquista 520 mil quilômetros quadrados, inclusive a Crimeia, a Nova Rússia (nome que o ditador Vladimir Putin usa para falar da Ucrânia), a Rússia Branca, a Lituânia e a Curlândia, e funda cidades como Odessa, Sebastopol e Kherson. A colonização do Alasca, vendido aos Estados Unidos em 30 de março de 1867, começa sob Catarina II.

INDEPENDÊNCIA DA ARGENTINA

      Em 1816, o Congresso Geral Constituinte, reunido em San Miguel de Tucumán, proclama a independência da Argentina. A declaração não define um sistema de governo, se será uma monarquia ou república.

A América Latina se torna independente em consequência da invasão de Napoleão Bonaparte à Península Ibérica, sob a inspiração da independência dos Estados Unidos e da Revolução Francesa, mas o Congresso de Viena (1815) restaura as monarquias europeias depois do fim das guerras napoleônicas. Então, há dúvidas.

As vitórias da resistência crioula às invasões britânicas de 1806 e 1807 acendem a chama da independência nos países do Rio do Prata. As invasões napoleônicas acabam com o poder imperial da Espanha e seu representante, o vice-rei em Buenos Aires. 

Em 13 de maio de 1810, chega a Buenos Aires a notícia de que Sevilha caíra em poder de Napoleão. Era o último bastião da monarquia espanhola. A Revolução de Maio vai de 18 a 25 de maio. É a primeira revolta bem-sucedida na independência da América do Sul. O movimento pela independência convoca o Cabildo Aberto, destitui o vice-rei em 22 de maio e cria uma junta de governo sob a presidência de Cornelio Saavedra.

Quando o Congresso se reúne em Tucumán, as Províncias Unidas do Prata estão divididas por causa da posição hegemônica assumida por Buenos Aires desde a Revolução de Maio, com resistência de outras províncias, especialmente de José Artigas, o grande herói do Uruguai, que queria criar uma federação platina.

Além do risco de guerra civil, há a ameaça de uma invasão da Espanha, que recupera a soberania com o fim da Guerra Peninsular (1808-14) contra Napoleão Bonaparte. É preciso organizar o país e o apresentar ao mundo como uma sociedade civilizada. Declarar a independência e redigir uma Constituição são fundamentais.

PRIMEIRO TORNEIO DE WIMBLEDON

    Em 1877, começa em Londres o primeiro Campeonato de Wimbledon, o mais tradicional torneio de tênis do mundo. 

A primeira edição tem 21 tenistas amadores que disputam o título de campeão masculino de simples, a única categoria em disputa. Na final, Spencer Gore vence William Marshall por 3-0 (6-1, 6-2, 6-4) com um jogo forte na rede. No ano seguinte, perde para Frank Hadow, especialista numa nova técnica: o lobe.

O tênis tem origem num jogo francês do século 13, jeu de paume, o jogo da palma, que evolui para um esporte de bolinha e raquete disputado em quadra fechada, o tênis real. Por fim, se transforma no tênis na grama.

O All England Croquet and Lawn Tennis Club, fundado em 1868, organiza o torneio desde 1877. A grama sagrada de Wimbledon é sede do único torneio importante disputado hoje na grama.

CEM METROS NADO LIVRE EM MENOS DE UM MINUTO

    Em 1922, o norte-americano Johnny Weissmüller nada 100 metros em menos de um minuto. O tempo de 58,6 segundos é o novo recorde mundial.

Janus Peter Weissmüller nasce em Szabadfalva, hoje parte da Romênia, no então Império Austro-Húngaro, em 2 de junho de 1904. No ano seguinte, seu pai e sua mãe emigram para os Estados Unidos. A família chega ao Nova York, vai para Windbar, na Pensilvânia, e depois para Chicago. Na praia de Fullerton, no Lago Michigan, Johnny recebe as primeiras aulas de natação.

Além de recordes, conquista cinco medalhes de ouro. Ganha os 100 metros nado livre e o revezamento 4 x 200 m nas olimpíadas de Paris, em 1924, e Amsterdã, em 1928. Em Paris, também ganha o ouro nos 400 m nado livre e uma medalha de bronze no polo aquático.

Depois da carreira de nadador, Johnny Weissmüller entrou para o cinema. Seu grande papel foi como Tarzan – o homem macaco, no primeiro filme de uma série em que um super-herói branco faz proezas na África, personagem criado pelo escritor norte-americano Edgar Rice Burroughs. 

Na mesmo linha, de um super-herói branco mais forte, mais inteligente e mais eficiente do que os nativos e não europeus (há indianos), estrelou mais tarde o seriado de televisão Jim das Selvas.

FIM DO GRATEFUL DEAD

    Em 1995, a banda de rock psicodélico Grateful Dead, nascida na comunidade hippie de Haight-Ashbury, em São Francisco da Califórnia, faz seu último show. O cantor, compositor, guitarrista e líder da banda, Jerry Garcia, o Capitão Barato, morreria no mês seguinte.

O Grateful Dead toma este nome no fim de 1965. A formação original tem Jerry Garcia, Bob Weir (guitarra e voz), Ron Pigpen McKernan (teclados), Phil Lesh (baixo) e Bill Kreutzmann (bateria). Depois, entram Mickey Hart (bateria), Tom Constanten (teclado), Keith Godchaux (teclado), Donna Godchaux (voz) e Brent Mydland (teclado e voz).

Uma das grandes bandas do rock ácido de São Francisco, ao lado do Jefferson Airplane, o Grateful Dead mistura rock, jazz, bluegrass, blues e folk music – e se torna uma das bandas de maior sucesso da história apresentações ao vivo. De 24 a 31 de dezembro, o Dead fazia concertos grátis em São Francisco. Suas turnês de verão nos Estados Unidos faturavam em média mais de US$ 500 mil por show.

Como uma banda contracultural, o Dead sempre autoriza e estimula seus fãs, inclusive uma legião de seguidores fanáticos, a gravar seus concertos. Seus discos de estúdio nunca tiveram o mesmo sucesso dos shows. "Não há nada como um concerto do Grateful Dead", afirmam os fãs.

Tive a oportunidade assistir a um show memorável de quatro horas do Grateful Dead no Ventura County Fairgrounds, perto de Los Angeles, em julho de 1982, que terminou com It's All Over Now, de Bob Dylan.

UNIÃO AFRICANA

   Em 2002, nasce a União Africana (UA), sucessora da Organização de Unidade Africana (OUA), numa conferência em Durban, na África do Sul, com o objetivo é promover a cooperação, a integração e o desenvolvimento econômico dos 55 países do continente.

A OUA é fundada em 25 de maio de 1963, em Adis Abeba, na Etiópia, pelo imperador Hailé Salassié. Na época, os 32 países fundadores decidem não discutir as fronteiras traçadas pelo imperialismo por duas razões: seria motivo para guerras sem fim e o objetivo maior era integrar o continente.

Em quase 40 anos, a OUA não consegue cumprir seus objetivos, como evitar guerra, porque opera por consenso, o que gera uma paralisia. A UA é criada numa conferência realizada em Adis Abeba, em 26 de maio de 2001

O modelo da UA é a União Europeia, para criar "uma África integrada, próspera e pacífica". Em 2018, 45 dos 55 países-membros assinam o Acordo de Livre Comércio Continental Africano. A área de livre comércio começa a funcionar em 1º de janeiro de 2021. 

domingo, 9 de julho de 2023

Hoje na História do Mundo: 9 de Julho

CATARINA A GRANDE CZARINA DA RÚSSIA

    Em 1762, Catarina II, a Grande, se torna czarina depois de dar um golpe contra o marido, Pedro III. Ela governa até a morte, em 17 de novembro de 1796, num reinado inspirado pelo Iluminismo, de expansão do império e renascimento da cultura, da ciência e das artes.

A princesa Sophie Friederike Auguste von Anhalt Zerbst Dornburg nasce em 2 de maio de 1729 em Stettin, na Província da Pomerânia, no Reino da Prússia, parte do Sacro Império Romano-Germânico. Dois primos, Gustavo III e Carlos XIII se tornam reis da Suécia.

Ela adota o nome de Catarina quando se converte para a Igreja Cristã Ortodoxa Russa, em 28 de junho de 1744. No ano seguinte, em 21 de agosto de 1745, Catarina se casa com o príncipe Pedro. O casamento leva anos a se consumar. Isto a faz se aproximar de nobres e grupos políticos que não gostam de seu marido.

Leitora ávida de livros, especialmente em francês, Catarina conhece as ideias do filósofo liberal francês Voltaire, uma de suas grandes influências, futuro conselheiro da Imperatriz de Todas as Rússias,. Nos Anais, do historiador romano Tácito, ela aprende que o poder não se exerce por idealismo, mas por "motivos e interesses secretos".

Catarina confessa em suas memórias que perde a virgindade com Serguei Saltikov e diz que seu filho é dele, mas na versão final, para evitar problemas na sucessão, afirma que o futuro czar Paulo I, é filho de Pedro III. Ela tem casos amorosos com vários nobres da corte: Stanislaus Augustus Toniakowski, Grigory Orlov, Alexander Vasilchikov, Grigory Potenkim e Ivan Korsakov, entre outros.

Com a morte da imperatriz Elizabeth, em 5 de janeiro de 1762, seu marido ascende ao trono como Pedro III. Apesar da má reputação, em seu curto reinado de seis meses, o czar faz reformas importantes: instaura a liberdade religiosa, incentiva a educação, tenta reformar o Exército, abole a polícia secreta, conhecida por sua violência extrema, e proíbe os proprietários de terras de matar servos sem julgamento.

A mulher o considera "bêbado" e "idiota". Diz que "não há nada pior do que ter um marido infantil". Diante da ameaça de golpe, ele tenta fugir, mas é preso e forçado a abdicar em 9 de julho de 1762, depois que o Exército, a Marinha e o Senado declaram apoio a Catarina. Peter III morre, provavelmente assassinado, mas não se conhecem os detalhes de sua morte.

O czar Pedro I, o Grande, considerado o fundador do Império Russo, chega até o Mar Negro, com as campanhas de Azov (1695-96), durante a Guerra Russo-Turca (1686-1700). A Rússia se torna a potência dominante nos Bálcãs em outra Guerra Russo-Turca (1768-74), quando o país se torna "protetor do cristãos ortodoxos" no Império Otomano.

No fim desta guerra, estoura a Guerra Camponesa, Rebelião dos Cossacos ou Rebelião de Pugachev (1773-75), liderada por Yemelian Pugachev, que anuncia a formação de um governo paralelo em nome do czar Pedro III e proclama o fim da servidão. Depois de uma reação inicial fraca, a revolta é esmagada no fim de 1774. Pugachev é preso e executado em 21 de janeiro de 1775 em Moscou.

Outra marca do reinado de Catarina II é a divisão da Polônia, que acontece em três etapas, em 1774, 1792, quando a Comunidade Polaco-Lituana é dividida entre Rússia e Prússia, e em 1795, quando o país é dividido entre Áustria, Rússia e Prússia. A Polônia e a Lituânia deixam de existir como países independentes por 123 anos, até o fim da Primeira Guerra Mundial (1914-18).

Fã da ciência e do Iluminismo, a imperatriz se vacina contra a varíola para dar o exemplo a seus súditos. A retrógrada rainha portuguesa Dona Maria I, a Louca, não quis fazer isso e perdeu o primogênito para a doença.

Duante o reinado de Catarina a Grande, o Império Russo conquista 520 mil quilômetros quadrados, inclusive a Crimeia, a Nova Rússia (nome que o ditador Vladimir Putin usa para falar da Ucrânia), a Rússia Branca, a Lituânia e a Curlândia, e funda cidades como Odessa, Sebastopol e Kherson. A colonização do Alasca, vendido aos Estados Unidos em 30 de março de 1867, começa sob Catarina II.

INDEPENDÊNCIA DA ARGENTINA

      Em 1816, o Congresso Geral Constituinte, reunido em San Miguel de Tucumán, proclama a independência da Argentina. A declaração não define um sistema de governo, se seria uma monarquia ou república.

A América Latina se torna independente em consequência da invasão de Napoleão Bonaparte à Península Ibérica, sob a inspiração da independência dos Estados Unidos e da Revolução Francesa, mas o Congresso de Viena (1815) restaura as monarquias europeias depois do fim das guerras napoleônicas. Então, há dúvidas.

As vitórias da resistência crioula às invasões britânicas de 1806 e 1807 acendem a chama da independência nos países do Rio do Prata. As invasões napoleônicas acabam com o poder imperial da Espanha e seu representante, o vice-rei em Buenos Aires. 

Em 13 de maio de 1810, chega a Buenos Aires a notícia de que Sevilha caíra em poder de Napoleão. Era o último bastião da monarquia espanhola. A Revolução de Maio vai de 18 a 25 de maio. É a primeira revolta bem-sucedida na independência da América do Sul. O movimento pela independência convoca o Cabildo Aberto, destitui o vice-rei em 22 de maio e cria uma junta de governo sob a presidência de Cornelio Saavedra.

Quando o Congresso se reúne em Tucumán, as Províncias Unidas do Prata estão divididas por causa da posição hegemônica assumida por Buenos Aires desde a Revolução de Maio, com resistência de outras províncias, especialmente de José Artigas, o grande herói do Uruguai, que queria criar uma federação platina.

Além do risco de guerra civil, há a ameaça de uma invasão da Espanha, que recupera a soberania com o fim da Guerra Peninsular (1808-14) contra Napoleão Bonaparte. É preciso organizar o país e o apresentar ao mundo como uma sociedade civilizada. Declarar a independência e redigir uma Constituição são fundamentais.

PRIMEIRO TORNEIO DE WIMBLEDON

    Em 1877, começa em Londres o primeiro Campeonato de Wimbledon, o mais tradicional torneio de tênis do mundo. 

A primeira edição tem 21 tenistas amadores que disputam o título de campeão masculino de simples, a única categoria em disputa. Na final, Spencer Gore vence William Marshall por 3-0 (6-1, 6-2, 6-4) com um jogo forte na rede. No ano seguinte, perde para Frank Hadow, especialista numa nova técnica: o lobe.

O tênis tem origem num jogo francês do século 13, jeu de paume, o jogo da palma, que evolui para um esporte de bolinha e raquete disputado em quadra fechada, o tênis real. Por fim, se transforma no tênis na grama.

O All England Croquet and Lawn Tennis Club, fundado em 1868, organiza o torneio desde 1877. A grama sagrada de Wimbledon é sede do único torneio importante disputado hoje na grama.

CEM METROS NADO LIVRE EM MENOS DE UM MINUTO

    Em 1922, o norte-americano Johnny Weissmüller nada 100 metros em menos de um minuto. O tempo de 58,6 segundos é o novo recorde mundial.

Janus Peter Weissmüller nasce em Szabadfalva, hoje parte da Romênia, no então Império Austro-Húngaro, em 2 de junho de 1904. No ano seguinte, seu pai e sua mãe emigram para os Estados Unidos. A família chega ao Nova York, vai para Windbar, na Pensilvânia, e depois para Chicago. Na praia de Fullerton, no Lago Michigan, Johnny recebe as primeiras aulas de natação.

Além de recordes, conquista cinco medalhes de ouro. Ganha os 100 metros nado livre e o revezamento 4 x 200 m nas olimpíadas de Paris, em 1924, e Amsterdã, em 1928. Em Paris, também ganha o ouro nos 400 m nado livre e uma medalha de bronze no polo aquático.

Depois da carreira de nadador, Johnny Weissmüller entrou para o cinema. Seu grande papel foi como Tarzan – o homem macaco, no primeiro filme de uma série em que um super-herói branco faz proezas na África, personagem criado pelo escritor norte-americano Edgar Rice Burroughs. 

Na mesmo linha, de um super-herói branco mais forte, mais inteligente e mais eficiente do que os nativos e não europeus (há indianos), estrelou mais tarde o seriado de televisão Jim das Selvas.

UNIÃO AFRICANA

   Em 2002, nasce a União Africana (UA), sucessora da Organização de Unidade Africana (OUA), numa conferência em Durban, na África do Sul, com o objetivo é promover a cooperação, a integração e o desenvolvimento econômico dos 55 países do continente.

A OUA é fundada em 25 de maio de 1963, em Adis Abeba, na Etiópia, pelo imperador Hailé Salassié. Na época, os 32 países fundadores decidem não discutir as fronteiras traçadas pelo imperialismo por duas razões: seria motivo para guerras sem fim e o objetivo maior era integrar o continente.

Em quase 40 anos, a OUA não consegue cumprir seus objetivos, como evitar guerra, porque opera por consenso, o que gera uma paralisia. A UN é criada numa conferência realizada em Adis Abeba, em 26 de maio de 2001

O modelo da UA é a União Europeia, para criar "uma África integrada, próspera e pacífica". Em 2018, 45 dos 55 países-membros assinam o Acordo de Livre Comércio Continental Africano. A área de livre comércio começa a funcionar em 1º de janeiro de 2021.

sábado, 9 de julho de 2022

Hoje na História do Mundo: 9 de Julho

INDEPENDÊNCIA DA ARGENTINA

      Em 1816, o Congresso Geral Constituinte, reunido em San Miguel de Tucumán, proclama a independência da Argentina. A declaração não define um sistema de governo, se seria uma monarquia ou república.

A América Latina se torna independente em consequência da invasão de Napoleão Bonaparte à Península Ibérica, sob a inspiração da independência dos Estados Unidos e da Revolução Francesa, mas o Congresso de Viena (1815) restaura as monarquias europeias depois do fim das guerras napoleônicas. Então, havia a dúvida.

As vitórias da resistência crioula às invasões britânicas de 1806 e 1807 acenderam a chama da independência nos países do Rio do Prata. As invasões napoleônicas acabaram com o poder imperial da Espanha e seu representante, o vice-rei em Buenos Aires. 

Em 13 de maio de 1810, chega a Buenos Aires a notícia de que Sevilha caíra em poder de Napoleão. Era o último bastião da monarquia espanhola. O movimento pela independência convoca o Cabildo Aberto, destitui o vice-rei em 22 de maio e cria uma junta de governo sob a presidência de Cornelio Saavedra.

Quando o Congresso se reúne em Tucumán, as Províncias Unidas do Prata estão divididas por causa da posição hegemônica assumida por Buenos Aires desde a Revolução de Maio, com resistência de outras províncias, especialmente de José Artigas, o grande herói do Uruguai, que queria criar uma federação platina.

Além do risco de guerra civil, há a ameaça de uma invasão da Espanha, que recupera a soberania com o fim da Guerra Peninsular (1808-14) contra Napoleão Bonaparte. É preciso organizar o país e o apresentar ao mundo como uma sociedade civilizada. Declarar a independência e redigir uma Constituição são fundamentais.

PRIMEIRO TORNEIO DE WIMBLEDON

    Em 1877, começa em Londres o primeiro Campeonato de Wimbledon, o mais tradicional torneio de tênis do mundo. A primeira edição tem 21 tenistas amadores que disputam o título de campeão masculino de simples, a única categoria em disputa.

Na final, Spencer Gore vence William Marshall por 3-0 (6-1, 6-2, 6-4) com um jogo forte na rede. No ano seguinte, perde para Frank Hadow, especialista numa nova técnica: o lobe.

O tênis tem origem num jogo francês do século 13, jeu de paume, o jogo da palma, que evoluiu para um esporte de bolinha e raquete disputado em quadra fechada, o tênis real. Por fim, se transformou no tênis na grama.

O All England Croquet and Lawn Tennis Club, fundado em 1868, organiza o torneio desde 1877. A grama sagrada de Wimbledon é sede do único torneio importante disputado hoje na grama.

UNIÃO AFRICANA

   Em 2002, nasce a União Africana (UA), sucessora da Organização de Unidade Africana (OUA). Seu objetivo é promover a cooperação, a integração e o desenvolvimento econômico dos 55 países do continente.

A OUA é fundada em 25 de maio de 1963, em Adis Abeba, na Etiópia, pelo imperador Hailé Salassié. Na época, os 32 países fundadores decidiram não discutir as fronteiras traçadas pelo imperialismo por duas razões: seria motivo para guerras sem fim e o objetivo maior era integrar o continente.

Em quase 40 anos, a OUA não consegue cumprir seus objetivos, como evitar guerra porque opera por consenso, o que gera uma paralisia. 

O modelo da UA é a União Europeia, para criar "uma África integrada, próspera e pacífica". Em 2018, 45 dos 55 países-membros assinam o Acordo de Livre Comércio Continental Africano. A área de livre comércio começa a funcionar em 1º de janeiro de 2021.

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Hoje na História do Mundo: 9 de julho

     Em 1816, o Congresso Geral Constituinte, reunido em San Miguel de Tucumán, declara a independência da Argentina. A declaração não define um sistema de governo, se seria uma monarquia ou república.

A América Latina se torna independente em consequência da invasão de Napoleão Bonaparte à Península Ibérica, sob a inspiração da independência dos Estados Unidos e da Revolução Francesa, mas o Congresso de Viena (1815) restaura as monarquias europeias depois do fim das guerras napoleônicas. Então, havia a dúvida.

As vitórias da resistência crioula às invasões britânicas de 1806 e 1807 acendeu a chama da independência. As invasões napoleônicas acabaram com o poder imperial da Espanha e seu representante, o vice-rei em Buenos Aires. 

Em 13 de maio de 1810, chega a Buenos Aires a notícia de que Sevilha caíra em poder de Napoleão. Era o último bastião da monarquia espanhola. O movimento pela independência convoca o Cabildo Aberto, destitui o vice-rei em 22 de maio e cria uma junta de governo sob a presidência de Cornelio Saavedra.

Quando o Congresso se reúne em Tucumán, as Províncias Unidas do Prata estão divididas por causa da posição hegemônica assumida por Buenos Aires desde a Revolução de Maio, com resistência de outras províncias, especialmente de José Artigas, o grande herói do Uruguai, que queria criar uma federação platina.

Além do risco de guerra civil, há a ameaça de uma invasão da Espanha, que recupera a soberania com o fim da invasão napoleônica. É preciso organizar o país e o apresentar ao mundo como uma sociedade civilizada. Declarar a independência e redigir uma Constituição eram fundamentais.

    Em 1877, começa em Londres o primeiro Campeonato de Wimbledon, o mais tradicional torneio de tênis do mundo. A primeira edição teve 21 tenistas amadores que disputaram o título de campeão masculino de simples, a única categoria em disputa.

Na final, Spencer Gore vence William Marshall por 3-0 (6-1, 6-2, 6-4) com um jogo forte na rede. No ano seguinte, perde para Frank Hadow, especialista numa nova técnica: o lobe.

O tênis tem origem num jogo francês do século 13, jeu de paume, o jogo da palma, que evoluiu para um esporte de bolinha e raquete disputado em quadra fechada, o tênis real. Por fim, se transformou no tênis na grama.

O All England Croquet and Lawn Tennis Club, fundado em 1868, organiza o torneio desde 1877. A grama sagrada de Wimbledon é sede do único torneio importante disputado hoje na grama.

   Em 2002, nasce a União Africana (UA), sucessora da Organização de Unidade Africana (OUA). Seu objetivo é promover a cooperação, a integração e o desenvolvimento econômico dos 55 países do continente.

A OUA foi fundada em 25 de maio de 1963, em Adis Abeba, na Etiópia, pelo imperador Hailé Salassié. Na época, os 32 países fundadores decidiram não discutir as fronteiras traçadas pelo imperalismo por duas razões. Seria motivo para guerras sem fim e o objetivo maior era integrar o continente.

Em quase 40 anos, a OUA não conseguiu cumprir seus objetivos, como evitar guerra porque operava por consenso, o que gerou uma paralisia. 

O modelo da UA é a União Europeia, para criar "uma África integrada, próspera e pacífica". Em 2018, 45 dos 55 países-membros assinaram o Acordo de Livre Comércio Continental Africano. A área de livre comércio começou a funcionar em 1º de janeiro de 2021.

domingo, 20 de janeiro de 2019

Tribunal Constitucional do Congo confirma eleição de Tshisekedi

Apesar dos apelos da União Africana para uma recontagem dos votos, o Tribunal Constitucional da República Democrática do Congo confirmou hoje a vitória de Félix Tshisekedi na eleição presidencial de 30 de dezembro. O oposicionista Martin Fayulu se declarou vencedor.

Filho de um ex-líder da oposição, Tshisekedi, de 55 anos, sucede ao presidente Joseph Kabila, que está no poder desde a morte do pai, Laurent Kabila, assassinado em 2001 durante a guerra civil congolesa. A suspeita é que o atual presidente tenha feito um acordo com o eleito para frustrar a eleição da Fayulu.

Uma apuração paralela feita pela Igreja Católica, com fiscais nas seções eleitorais, deu a vitória a Fayulu com cerca de 60% dos votos. Pela contagem oficial da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), Tshisekedi venceu com 38,5% dos votos contra 34,8% para Fayulu e 23% para Emmanuel Ramazani Shadary, o candidato governista.

A decisão dos nove juízes não surpreendeu. Eles são considerados aliados de Kabila, que estaria preocupado em manter seus negócios e evitar investigações sobre seu governo.

"Eu me considero o único presidente legítimo da RDC", afirmou Fayulu, acusado Tshisekedi de "total cumplicidade" com um "golpe eleitoral".

Seria a primeira transição pacífica e democrática neste grande país do centro da África desde a independência da Bélgica, em 30 de junho de 1960, com uma história marcada por guerras civis brutais.

A UA suspendeu o envio de uma missão ao Congo, mas a África do Sul reconheceu a decisão da Justiça e apelou "a todas as partes para que respeitem a decisão do Tribunal Constitucional".

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

África e América Central reagem à declaração racista de Trump

O presidente Donald Trump negou ter chamado Haiti, El Salvador e os países da África de "buracos de merda", confirmada ontem pela Casa Branca. Durante negociações com líderes do Congresso sofre imigração, Trump disse ainda querer mais imigrantes da Noruega. A indignação foi generalizada, prejudicando ainda mais a autoridade dos Estados Unidos no mundo.

"A Comissão da União Africana está francamente alarmada com as declarações do presidente dos EUA quando se referiu a migrantes de países africanos e outros em termos depreciativos", reagiu a porta-voz da UA, Ebba Kalondo. "Considerando a realidade histórica de quantos africanos chegaram aos EUA durante o tráfico de escravos no Oceano Atlântico, isso vai contra todos os comportamentos e práticas aceitáveis."

Na África do Sul, a subsecretária-geral do Congresso Nacional Africano (CNA), o partido de Nelson Mandela reagiu: "Nosso país não é um buraco de merda, nem o Haiti ou qualquer outro país em sofrimento."

Um apresentador da TV sul-africana SABC escreveu no Twitter: "Bom dia do maior e mais bonito buraco de merda do mundo." O Senegal cobrou explicações do embaixador americano. No Quênia, um cartunista publicou um "mapa da África da Casa Branca" em que os nomes de todas regiões vinham acompanhados dos palavrões do presidente sem limites.

Em Genebra, o porta-voz das Nações Unidas para direitos humanos, Rupert Colville, foi menos diplomático do que de costume: "Não há outra palavra a usar a não ser racismo. Você não pode desprezar países e um continente inteiro como 'buracos de merda' onde a população não é branca."

No Haiti, Harold Isaac publicou fotos de praias maravilhosas com águas verdes com o seguinte texto: "Ei, presidente buraco de merda. Veja como parece meu buraco de merda." O embaixador americano no Panamá abandonou o cargo em protesto.

Em Miami, a imigrante haitiana e ativista social Farah Larrieux lembrou a visita que o candidato Trump fez ao Pequeno Haiti, um dos bairros mais pobres da cidade, prometeu ser "o maior campeão na defesa dos haitiano-americanos. No cargo, Trump chegou a dizer que "todos os haitianos têm aids".

Um antigo desafeto de Trump, o ex-presidente mexicano Vicente Fox atacou diretamente: "Sua boca é o buraco de merda mais sujo do mundo."

O governo da Noruega ofereceu ajuda a imigrantes noruegueses e descendentes que emigraram para os EUA, se quiserem sair do país.

Para os EUA, envolvidos numa disputa geopolítica com a China sobre influência na África, foi um tiro que sai pela culatra.

domingo, 15 de outubro de 2017

Pior atentado da história da Somália deixa mais de 300 mortos

Dois caminhões-bomba explodiram ontem perto de um hotel e de ministério no centro de Mogadíscio. Mais de 300 pessoas morreram e outras 300 saíram feridas, noticiou a televisão pública britânica BBC. Foi o pior atentado da história da Somália. O país da região do Chifre da África vive em estado de anarquia desde 1991.

As maiores suspeitas recaem sobre a milícia extremista muçulmana Al Chababe (A Juventude), ligada à rede terrorista Al Caeda. "Eles não se preocupam com as vidas dos somalianos, mães, pais e filhos. Alvejaram a área mais povoada de Mogadíscio e só mataram civis", lamentou o primeiro-ministro Hassan ali Khayre.

O presidente interino Mohamed Abdullahi Mohamed decretou três dias de luto e fez um apelo desesperado por doações de sangue. Ele lidera um governo provisório que não controla nem a capital do país. Sobrevive sob a proteção de uma força de paz de 20 mil soldados da União Africana.

Durante a noite, equipes de resgate procuraram sobreviventes nas ruínas do Hotel Safari, bastante destruído. "É um dia triste. Isto mostra como eles são brutais e impiedosos e por que temos de nos unir contra eles", declarou o ministro da Informação, Abdirahman Omar, em entrevista a uma rádio local.

"Estes ataques covardes revigoram o compromisso dos Estados Unidos com a ajuda a nossos aliados da Somália e da UA no combate ao flagelo do terrorismo", declarou em nota o governo americano, somando-se à condenação ao ato terrorista.

O atentado aconteceu dois dias depois da visita do comandante militar dos EUA na África ao presidente da Somália e da queda do ministro da Defesa e do comandante do Exército por razões não reveladas.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Nigéria e Senegal invadem Gâmbia para depor ditador

Em nome da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental e da União Africana, com mandato do Conselho de Segurança das Nações Unidas, os exércitos da Nigéria e do Senegal invadiram hoje a Gâmbia para depor o ditador Yahya Jammeh e dar posse ao presidento eleito, o empresário Adama Barrow.

O novo presidente tomou posse na embaixada da Gâmbia em Dacar, a capital senegalesa, noticiou a agência Reuters.

Yammeh chegou a reconhecer a derrota na eleição presidencial de 1º de dezembro de 2016. Depois, voltou atrás. Em 18 de janeiro de 2017, o Parlamento prorrogou o mandato de Jammeh. Ele estava no poder desde um golpe de Estado em 1994.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Parlamento prorroga mandato do presidente da Gâmbia

Em mais um agravante para a crise política no país, que está sob ameaça de intervenção militar dos países da Comunidade Econômica da África Ocidental (ECOWAS), o Parlamento da Gâmbia decretou estado de emergência e aprovou hoje a prorrogação por 90 dias do mandato do presidente Yahya Jammeh, que terminaria amanhã.

As forças de segurança foram orientadas a "manter a paz, a ordem e a segurança totalmente".

Depois de reconhecer a derrota para o empresário Adama Barrow na eleição presidencial de 1º de dezembro de 2016, Jammeh voltou atrás e se nega a deixar o poder, que ocupa desde um golpe militar em 1994.

Até agora, todas as tentativas de mediação fracassaram. A ECOWAS, o bloco regional liderado pela Nigéria. pode intervir na Gâmbia a pedido da União Africana com mandato do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Barrow fugiu para o Senegal, onde declarou que pode voltar a qualquer momento para tomar posse.

sábado, 13 de agosto de 2016

Conselho de Segurança da ONU reforça missão no Sudão do Sul

Com 11 votos a favor e quatro abstenções (China, Egito, Rússia e Venezuela), o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou ontem resolução para fortalecer com uma força regional de 4 mil soldados a missão de paz no Sudão do Sul, que já conta com 12 mil homens, e prorrogou seu mandato até 15 de dezembro de 2016.

A resolução manifesta "grave preocupação e alarme" com a crise política, econômica, humanitária e de segurança.

O novo contingente vai se concentrar na proteção das instalações, tropas e trabalhadores da ONU, voluntários que trabalham com ajuda humanitária e a população civil, principalmente na capital do país, Juba, e nos arredores.

Como o governo sul-sudanês não concordou com a presença no país de uma força regional, a resolução invoca o direito de uso da força. Não proíbe o comércio de armas, mas indica que pode impor um embargo.

Para pacificar o Sudão do Sul, o Conselho de Paz e Segurança da União Africana pediu a saída do recém-nomeado vice-presidente Taban Deng Gai e a devolução do cargo a Riek Machar.

Mais novo país do mundo, o Sudão do Sul foi fundado em julho de 2011. É resultado de um acordo de paz e da divisão do Sudão depois da mais longa guerra civil africana da era moderna. De dezembro de 2013 a agosto de 2015, viveu uma guerra civil em que morreram de 50 a 300 mil pessoas.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Atentado suicida mata pelo menos sete pessoas na Somália

Duas explosões mataram pelo menos sete pessoas ontem perto da entrada do aeroporto de Mogadíscio, a capital da Somália, noticiou a televisão pública britânica BBC. A milícia jihadista Al Chababe (A Juventude), ligada à rede terrorista Al Caeda, assumiu a autoria do atentado.

Em uma das explosões, um terrorista suicida explodiu o carro que dirigia ao chegar a um posto policial. Há guardas entre os mortos.

A Somália fica na região conhecida como Chifre da África, no Nordeste do continente. Sob a ditadura de Mohamed Siad Barre (1969-91), o país deixou de ser aliado da União Soviética, que apoiou a Etiópia na Guerra de Ogaden, em 1977, e passou para o lado dos Estados Unidos.

Com o fim da Guerra Fria, a Somália perdeu sua importância estratégica. Desde a morte de Siad Barre, em 1991, vive em estado de anarquia, sem um governo central que funcione.

No Norte, a região da Somalilândia, a antiga Somália Britânica, é praticamente independente. O resto do país é vítima de uma guerra civil permanente, com o território disputado por milícias e senhores da guerra, fome, pirataria e terrorismo. A Somália virou exemplo de Estado falido.

Desde 2007, a Missão da União Africana na Somália (AMISOM) tenta pacificar o país com 22 mil soldados e mandato do Conselho de Segurança das Nações. Sustenta o governo provisório reconhecido internacionalmente, que não controla o território nacional. O maior inimigo é a milícia jihadista Al Chababe.

Apesar do sucesso relativo da missão de paz, a União Europeia, maior financiadora, resolveu cortar sua contribuição em 20%. Os presidentes do Quênia, Uhuru Kenyatta, e de Uganda, Yoweri Museveni, ameaçaram retirar seus soldados, mas os países vizinhos têm muito a perder se abandonarem a Somália.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Ex-ditador pega prisão perpétua por crimes contra humanidade

O ex-ditador do Chade Hissène Habré foi condenado hoje por um tribunal especial apoiado pela União Africana instalado no Senegal por crimes contra a humanidade, inclusive escravidão sexual e o assassinato de 40 mil pessoas durante seu governo, de 1982 a 1990.

"Este é um dia histórico para o Chade e para a África, declarou Yamassum Konar, representante de um grupo de vítimas, à televisão pública britânica BBC. "Pela primeira vez um chefe de Estado africano é condenado em outro país. É uma lição para todos os ditadores da África."

A União Africana se opôs ao julgamento de líderes africanos pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), acusado de ser um tribunal para punir governantes de países da periferia. É a favor de um tribunal africano para julgar os africanos.

Habré tomou o poder num golpe militar em 7 de junho de 1982 e foi deposto em outro, pelo coronel Idriss Déby, em 1º de dezembro de 1990. Por sua brutalidade, ficou conhecido como o "Pinochet africano", referência ao ditador do Chile de 1973 a 1990.

terça-feira, 22 de março de 2016

Al Chababe mata mais de 70 soldados do Exército da Somália

Depois de tomar temporariamente o campo de treinamento do frágil Exército Nacional da Somália em Laanta Buuro, a milícia extremista muçulmana Al Chababe (A Juventude) matou ontem mais de 74 soldados, informou o boletim de notícias somaliano Shabelle News.

Os jihadistas da Chababe, ligada à rede terrorista Al Caeda, atacaram durante a noite a cidade estratégica de Laanta Buuro, situada a 90 quilômetros a noroeste de Mogadíscio, a capital da Somália, e anunciaram na Internet ter tomado 10 picapes.

Quando o dia amanheceu, o Exército da Somália e a missão de paz da União Africana retomaram o campo, abandonado pelos rebeldes. Durante o tempo em que ocuparam a cidade, tentaram convencer os moradores a não apoiar o governo provisório e a força de paz.

A missão de paz africana está na Somália há nove anos com mandato do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Foi aprovada depois de uma intervenção unilateral da Etiópia (2006-9) para conter os grupos terroristas e a anarquia em que o país afundou desde a morte do ditador Mohamed Siad Barre, em 1991.

segunda-feira, 7 de março de 2016

Drones dos EUA matam 150 em ataque a Al Chababe na Somália

Um ataque de aviões não tripulados dos Estados Unidos a um campo de treinamento da milícia terrorista Al Chababe (A Juventude) situado a 195 quilômetros ao norte de Mogadíscio, a capital da Somália, deixou pelo menos 150 mortos, anunciou hoje o Departamento de Defesa dos EUA.

"Os combatentes estavam treinando para em grande escala", declarou em Washinton o porta-voz do Pentágono, capitão Jeff Davies. "Sabemos que deixariam o campo e seriam uma ameaça iminente para os EUA e as forças da União Africana", que realizam uma missão de paz em apoio ao governo provisório.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Al Chababe mata 15 pessoas em ataque a hotel em Mogadíscio

A milícia extremista muçulmana Al Chababe (A Juventude), ligada à rede terrorista Al Caeda, atacou um hotel de Mogadíscio, a capital da Somália, em 1º de novembro e matou pelo menos 15 pessoas, declarou a polícia local, citada pela televisão pública britânica BBC.

Os milicianos explodiram dois carros-bomba para abrir caminho para o complexo do Hotel Sahafi. Entre as vítimas, há um deputado, o general que comandou a ofensiva para expulsar Al Chababe da capital somaliana em 2011 e o dono do hotel.

Depois de uma batalha feroz, as forças do governo provisório e da missão de paz da União Africana reassumiram o controle do hotel. Desde que foi expulsa dos principais centros urbanos, Al Chababe trava uma guerra de guerrilhas contra o governo reconhecido internacionalmente e a força internacional.

domingo, 11 de outubro de 2015

África do Sul vai abandonar o Tribunal Penal Internacional

Sob fortes críticas por não cumprir uma ordem de prisão contra o ditador do Sudão, Omar Bachir, acusado de genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade, o governo da África do Sul prepara a retirada do país do Tribunal Penal Internacional, declarou à agência Reuters um vice-ministro sul-africano.

Vinte e um anos depois do fim da ditadura da minoria branca, os críticos do Congresso Nacional Africano (CNA), o partido de Nelson Mandela, afirmam que, se a maioria negra estivesse lutando contra o apartheid  em outro país, o atual governo sul-africano não a apoiaria. É notória a cumplicidade com ditadores como Robert Mugabe, do vizinho Zimbábue.

Em junho deste ano, a Suprema Corte da África do Sul autorizou a prisão do ditador sudanês, que participava de uma reunião da União Africana no país. O governo do presidente Jacob Zuma simplesmente ignorou a decisão da Justiça.

Diante de pressões para se explicar, na semana passada, a África do Sul pediu mais tempo ao TPI para se justificar, mas estaria decidida a se retirar. Grande esperança para ajudar a democratizar a África, o governo sul-africano decepciona mais uma vez.

Vários países do continente podem seguir o exemplo. Seus líderes exigem imunidade enquanto estiverem no poder. Em reunião extraordinária da UA realizada em outubro de 2013, eles resolveram lutar contra o TPI e sua importância global.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Presidente de Burkina Fasso reassume uma semana após golpe

O presidente interino de Burkina Fasso, Michel Kafando, reassumiu o cargo nesta quarta-feira, depois que o Exército tomou a capital e exigiu a rendição dos golpistas, membros da guarda presidencial ligados ao ex-ditador Blaise Compaoré.

"Estou de volta ao trabalho", declarou Kafando. "Durante esta experiência difícil, lutamos juntos e triunfamos juntos."

Pelo menos dez pessoas foram mortas durante o golpe. Kafando, o primeiro-ministro Isaac Zida e vários ministros foram presos pelos golpistas na quarta-feira passada. Zida foi libertado ontem.

O golpe foi repudiado pelas Nações Unidas, a União Africana e a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Ecowas, em inglês), que negociou a restituição do poder ao governo deposto.

O líder golpista, general Gilbert Diendéré, chefe do Regimento de Segurança Presidencial, o nome oficial da guarda, é ligado ao ex-ditador Blaise Compaoré, deposto em outubro de 2014 em meio a uma revolta popular quando tentava concorrer a um novo mandato depois de 27 anos no poder.

Como presidente interino, a principal missão de Kafando é organizar as eleições parlamentares e presidencial previstas para 11 de outubro de 2015.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Líderes do golpe libertam presidente deposto em Burkina Fasso

Os líderes do golpe militar libertaram hoje o presidente Michel Kafando, deposto ontem, e vários ministros detidos durante uma reunião ministerial no palácio presidencial em Uagadugu, a capital de Burkina Fasso, um país muito pobre da África Ocidental, noticiou a Agência France Presse (AFP).

A rebelião foi liderada pelo novo homem-forte do país, general Gilbert Diendéré, próximo do ex-ditador Blaise Compaoré, que caiu em outubro de 2014 durante uma revolta popular contra sua tentativa de mudar a Constituição para concorrer a um novo mandato depois de 27 anos no poder.

Kafando, político e diplomata, assumiu em novembro do ano passado como presidente interino. Sua principal missão era preparar as eleições parlamentares e presidencial convocadas para 11 de outubro. O processo de redemocratização está ameaçada.

Em nota conjunta, as Nações Unidas, a União Africana e a Comunidade Econômica dos Países da África Ocidental repudiaram o golpe e reafirmaram o compromisso com a democratização de Burkina Fasso, a antiga República do Alto Volta, um dos países mais pobres do mundo, com renda média anual por habitante de apenas US$ 790.

sábado, 5 de setembro de 2015

Al Chababe toma duas cidades e ataca missão de paz

A milicia extremista muçulmana Al Chababe (A Juventude) tomou duas cidades e atacou dois comboios da missão de paz da União Africana no Sul da Somália nos últimos dois dias, noticiou a agência Reuters, citando como fontes porta-vozes do grupo e do governo provisório.

Apesar das vitórias recentes da UA e do Exército somaliano, Al Chababe ainda é uma força guerrilheira poderosa e uma grande ameaça terrorista para a própria Somália e o vizinho Quênia, que fornece o grosso das tropas da missão de paz.

Desde a queda do ditador Mohamed Siad Barre, em 1991, a Somália não tem um governo estável. Vive em estado de anarquia, de que se aproveitou Al Chababe, uma milícia ligada à rede terrorista Al Caeda.