sexta-feira, 31 de maio de 2024

Hoje na História do Mundo: 31 de Maio

 NASCE WALT WHITMAN 

    Em 1819, nasce Walt Whitman, um dos maiores poetas da literatura americana, autor de Folhas das Folhas da Relva.

FIM DA GUERRA DOS BÔERES

    Em 1902, com a assinatura do Tratado de Vereeniging, termina a Segunda Guerra dos Bôeres, na África do Sul, com a vitória do Império Britânico.

A maior e mais custosa guerra do Reino Unido desde as guerras napoleônicas começa em 11 de novembro de 1899 e é travada por exércitos desiguais. Os britânicos tem 500 mil homens contra 88 mil mil bôeres, os camponeses que origem holandesa e francesa que formam o povo africâner.

A principal causa da guerra é a ambição imperial de assumir o controle sobre as minas de ouro de Witwatersrand, que ficam na República Sul-Africana, na região do Transvaal, aliada do Estado Livre de Orange. Os britânicos alegam estar exercendo sua suserania estabelecida nas convenções de Pretória (1881) e de Londres (1885).

Apesar da vantagem no número de homens, os britânicos lutam num país hostil com terreno acidentado. Em posição defensiva, os bôeres usam rifles modernos para conter o avanço inimigo. É uma prévia da guerra de trincheiras da Primeira Guerra Mundial (1914-18).

Mais de 22 mil britânicos morrem e 934 desaparecem, e 6.189 boêres são mortos. Os britânicos chamam os boêres de "tribo branca da África" e os internam em campos de concentração, que haviam sido usados pela Espanha contra a luta pela independência de Cuba.

MASSACRE DE TULSA 

    Em 1921, começa o Massacre de Tulsa, em Oklahoma, o maior ataque isolado contra negros da história dos Estados Unidos.

Uma malta de supremacistas brancos ataca uma delegacia onde está preso Dick Rowland, acusado de agressão contra uma jovem ascensorista branca. Os negros ajudam a polícia a defender a delegacia. 

A malta branca segue então para Greenwood, o bairro negro da cidade, na época chamada de "capital mundial do petróleo", onde fica a Wall Street Negra, referência ao centro financeiro de Nova York. Durante 18 horas, os terroristas brancos arrasam o bairro negro, destruindo casas, lojas, hotéis e hospitais. Cerca de 300 negros são mortos.

EICHMANN ENFORCADO

    Em 1962, o carrasco nazista Adolf Eichmann, um dos criminosos de guerra do Holocausto, é enforcado em Telavive, depois de fugir em 1946 de um campo de prisioneiros da Segunda Guerra Mundial (1939-45) e viver clandestinamente por 14 anos até ser preso na Argentina em 11 de maio de 1960 e levado secretamente para julgamento em Israel.

Eichmann nasce em Solingen em 19 de março de 1906. Durante a Primeira Guerra Mundial, a família se muda para Linz, na Áustria. Antes de entrar para o Partido Nazista, ele leva uma vida desinteressante. Trabalha como vendedor em uma companhia de petróleo e perde o emprego na Grande Depressão (1929-39).

Ele entra para o Partido Nazista em abril de 1932 em Linz e sobe rapidamente na hierarquia. Em novembro, se torna membro da SS, a força paramilitar do partido, sob o comando de Heinrich Himmler. Em 1933, Eichmann sai de Linz para a escola de terrorismo da Legião Austríaca em Lechfeld, na Alemanha.

De janeiro a outubro de 1934, ele serve na unidade da SS no campo de concentração de Dachau. De lá vai para o escritório central da SS em Berlim, onde trabalha para o serviço secreto na seção de assuntos judaicos.

Depois da anexação da Áustria pela Alemanha Nazista, em março de 1938, Eichmann é enviado para Viena para "livrar" a cidade de judeus. Um ano depois, vai para Praga cumprir a mesma missão na Tcheco-Eslováquia. Ao criar o Escritório Central de Segurança do Reich, Himmler nomeia Eichmann para a seção sobre judeus em Berlim.

Quando os nazistas aprovam a "solução final da questão judaica", o extermínio dos judeus da Europa, na Conferência de Wannsee, in Berlim, em 20 de janeiro de 1942, Eichmann é o grande executor. Coordena a prisão e a deportação de judeus para campos de concentração e centros de extermínio.

No fim da guerra, Eichmann é capturado, mas consegue fugir de um campo de prisioneiros em 1946 e vai para a Áustria e a Espanha até se fixar na Argentina em 1958. Ele é localizado e preso perto de Buenos Aires em 11 de maio de 1960 e retirada secretamente do país e levado para Israel nove dias depois.

Seu julgamento pelo Estado de Israel, fundado em 1948, três anos depois do fim da guerra, recebe crítica de ser Justiça pós-fato, porque as leis e a Justiça de Israel não existem quando os crimes são cometidos. Há apelos para que o julgamento seja na Alemanha ou num tribunal internacional. Mas Israel insiste em julgar Eichmann. Vê uma oportunidade de educar as novas gerações sobre o Holocausto.

Eichmann alega não ser antissemita, mas apenas um burocrata que cumpriu rigorosamente as ordens. Diz que leu O Estado Judeu, de Theodor Herzl, livro que lança o moderno sionismo, o movimento nacional do povo judeu, e não Minha Luta, de Adolf Hitler. Nega até mesmo que seu escritório tivesse responsabilidade pelo extermínio dos judeus.

Seis milhões de judeus morrem no Holocausto, 60% da população de judeus da Europa, no que é considerado o pior genocídio da história, além de 1,5 milhão e meio de ciganos, e ainda socialistas, comunistas, anarquistas, negros e oposicionistas do regime nazista.

O julgamento vai de 11 de abril a 15 de dezembro de 1961, quando Eichmann é condenado à morte na forca.

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