quarta-feira, 22 de maio de 2024

Hoje na História do Mundo: 22 de Maio

 GUERRA DAS DUAS ROSAS

    Em 1455, as forças da Dinastia de York vencem o exército do rei Henrique VI (1422-61 e 1470-71), da Dinastia de Lancaster, em Saint Albans, a pouco mais de 30 quilômetros de Londres, dando início à Guerra das Duas Rosas (1455-85), uma disputa entre os herdeiros do rei Eduardo III (1327-77) pelo trono da Inglaterra.

Muitos nobres da Dinastia de Lancaster morrem, inclusive Edmundo de Beaufort, Duque de Somerset, grande amigo da rainha Margaret de Anjou. O rei é preso por Ricardo Plantageneta, Terceiro Duque de York. A guerra entre as dinastias de York, cujo escudo tinha uma rosa branca, e de Lancaster, da rosa vermelha, dura 30 anos.

Quando Eduardo III morre, ascende ao trono seu neto Ricardo II (1377-99), de apenas 10 anos, porque o filho mais velho, Eduardo, conhecido como Príncipe Negro, morre antes do pai. 

Seu reinado é marcado pela Revolta Camponesa, liderada por Wat Tyler, em 1381. Com o campo arrasado pela pandemia da peste bubônica, um imposto cobrado por pessoa deflagra a rebelião. 

Os últimos anos do reinado de Ricardo II são marcados pela tirania. Quando ele vai à guerra na Irlanda, é derrubado por Henrique IV (1399-1413). 

Henrique Bolinbroke é filho de João de Gaunt, filho de Eduardo III e irmão de Dona Philippa de Lancastre, rainha de Portugal, casada com Dom João I e mãe do Infante Dom Henrique. Por parte de mãe, Henrique IV é neto de Felipe IV, da França. É o primeiro rei desde a Invasão Normanda, em 1066, a discursar em inglês na cerimônia de coroação.

Seu filho Henrique V (1413-22) invade a França, vence a Batalha de Agincourt e reivindica a coroa francesa. Henrique VI não tem as qualidades exigidas de um monarca. Perde quase tudo que o pai conquistara na França.

Em 1453, o rei dá sinais de insanidade. Ricardo, Duque de York, descendente do terceiro filho de Eduardo III, é nomeado Lorde Protetor. Henrique VI descende do quarto filho de Eduardo III. Quando o rei se recupera, em 1454, afasta o pessoal de York, que via como ameaça a seu filho.

Com um exército de 3 mil homens, York marcha rumo a Londres, no início da guerra. Henrique VI consegue recuperar o trono, mas com vitórias em 1459 e 1460 York ganha o direito de herdar a coroa. Lancaster reage a mata Ricardo, Duque de York, em dezembro de 1460.

Eduardo, filho de Ricardo de York, chega a Londres antes da rainha Margaret de Anjou e é coroado como Eduardo IV (1461-70 e 1471-83). Em seguida, consolida o poder com uma vitória decisiva em 29 de março de 1461, na Batalha de Towton, a mais sangrenta travada em solo inglês, quando cerca de 50 mil homens se enfrentam durante 10 horas sob a neve no Domingo de Ramos.

Henrique VI, Margaret de Anjou e o filho fogem para a Escócia. Termina a primeira parte da guerra.

Em 1470, Henrique VI recupera o trono. Eduardo IV volta do exílio no ano seguinte, derrota as forças de Margaret de Anjou, e mata o filho dela e de Henrique VI, que é preso e morre na Torre de Londres.

Eduardo IV governa até morrer. Seu filho mais velho é coroado como Eduardo V, mas seu tio Ricardo III, nomeado Lorde Protetor, usurpa o trono e prende os principezinhos na Torre Londres, onde eles são mortos.

Em agosto de 1485, Henrique Tudor, à frente do exército de Lancaster, vence Ricardo III na Batalha de Bosworth. É o fim da Guerra das Duas Rosas e da Idade Média na Inglaterra. Sobe ao trono a Dinastia Tudor, que com Henrique VIII (1509-47) rompe com o Vaticano e cria a Igreja da Inglaterra em 1534 para se divorciar na busca de um filho homem para evitar uma guerra na sua sucessão, e começa a construir o Império Britânico sob Elizabeth I (1558-1603).

TERREMOTO DE VALDÍVIA

    Em 1960, o Terremoto de Valdívia, o sismo mais violenta da história, com magnitude de 9,5 graus na escala abertura de Richter, abala a costa leste do Chile, mata cerca de 5,7 mil pessoas, fere mais de 2 milhões e provoca um maremoto que atinge lugares distantes no Oceano Pacífico como o Japão, o Havaí, onde morrem 62 pessoas, as Filipinas, onde morrem 31 pessoas, e a costa oeste dos Estados Unidos.

O Terremoto de Valdívia começa às 15h11 com a maior ruptura tectônica registrada até hoje, ao longo de mil quilômetros, entre a Placa de Nazca e a Placa Sul-Americana, na fosse oceânica Peru-Chile. Dura 10 minutos. O epicentro fica a 570km ao sul de Santiago e o hipocentro a 33km de profundidade. Uma onda de 8m atingiu a costa chilena entre Concepción e Chiloé a 150 km/h de velocidade.

NIXON EM MOSCOU

    Em 1972, Richard Nixon é o primeiro presidente dos Estados Unidos a ir a Moscou e o segundo a visitar a União Soviética.

As viagens do presidente Nixon, um anticomunista ferrenho, à China e à URSS em 1972 marcam o início de um período de degelo na Guerra Fria conhecido como détente, quando houve um diálogo entre as superpotência, que vai até a invasão do Afeganistão pela URSS no Natal de 1979.

Um marco inicial é a viagem secreta do então assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Henry Kissinger, grande articulador desta política, à China em setembro de 1971 para preparar a visita de Nixon, que vai primeiro a Beijim e depois a Moscou. A aproximação à China e à URSS levou à retirada dos EUA dos Vietnã.

Numa reunião de cúpula, Nixon e o ditador Leonid Brejnev, secretário-geral do Partido Comunista da URSS, assinaram acordos importantes como o Primeiro Tratado de Limitação de Armas Estratégicas (SALT-1), um acordo sobre incidentes no mar e o Tratado de Mísseis Antibalísticos (ABM), também conhecido pela slgla MAD (Destruição Mutuamente Assegurada em inglês), que significa louco em inglês. 

Este tratado proíbe a instalação de defesas antimísseis. Em caso de guerra nuclear, os dois lados arrasariam um ao outro sem qualquer defesa. É o equilíbrio do terror nuclear. Mas começam a ser assinados os acordos que levam ao fim da Guerra. Todos caducam, menos o Terceiro Tratado de Redução de Armas Estratégicas (START-3), prorrogado até 5 de fevereiro de 2026. 

No momento, com a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, que o ditador Vladimir Putin apresenta como um conflito com o Ocidente, não há a menor condição para negociar acordos de desarmamento e controle de armas.

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