quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Morte de Sinwar cria oportunidade de acabar guerra em Gaza

 Israel atingiu um de seus objetivos na guerra. Matou os três principais líderes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas): o líder político, Ismail Haniya; o comandante militar, Mohamed Deif; e agora o líder na Faixa de Gaza, Yahya Sinwar, principal responsável pelo ataque terrorista de 7 de outubro de 2023, morte anunciada hoje. 

É uma oportunidade para Israel declarar vitória e retomar as negociações para cessar-fogo e trocar reféns israelenses por presos palestinos, mas o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu insiste em continuar a guerra, a não ser que o Hamas se renda.

O chefe de governo de Israel festejou a morte como uma "vitória do bem contra o mal" e o fim do domínio do Hamas sobre Gaza. Ele afirmou que os milicianos que ainda mantêm reféns israelenses têm uma chance de libertá-los para salvar suas vidas. E acrescentou que a libertação dos reféns tornaria o fim da guerra mais próximo: "Esta guerra pode acabar amanhã, se o Hamas depuser as armas e entregar os reféns."

Sinwar foi morto na quarta-feira durante uma patrulha de rotina que viu suspeitos entrando num edifício, o bombardeou com tanques e fez uma inspeção com drones que localizaram o terrorista, mas sua identidade só foi descoberta no dia seguinte.

Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden, que há meses tenta negociar uma trégua para troca de reféns por presos, declarou que é um "bom dia" para Israel para os EUA e para o mundo, e uma oportunidade para um acordo de paz definitivo que dê "um futuro melhor a israelenses e palestinos": "É hora de acabar com a guerra e de trazer os reféns de volta para casa", disse Biden.

O presidente da França, Emmanuel Macron, também pediu um cessar-fogo em Gaza e o fim da ofensiva de Israel no Líbano, uma antiga colônia francesa.

A proposta defendida pelos EUA e países árabes aliados prevê uma trégua para a libertação dos reféns em troca de garantias de vida para os milicianos que os entregarem e do reinício das negociações no Cairo para acabar com a guerra.

Nenhum comentário: