Israel atingiu um de seus objetivos na guerra. Matou os três principais líderes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas): o líder político, Ismail Haniya; o comandante militar, Mohamed Deif; e agora o líder na Faixa de Gaza, Yahya Sinwar, principal responsável pelo ataque terrorista de 7 de outubro de 2023, morte anunciada hoje.
É uma oportunidade para Israel declarar vitória e retomar as negociações para cessar-fogo e trocar reféns israelenses por presos palestinos, mas o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu insiste em continuar a guerra, a não ser que o Hamas se renda.
O chefe de governo de Israel festejou a morte como uma "vitória do bem contra o mal" e o fim do domínio do Hamas sobre Gaza. Ele afirmou que os milicianos que ainda mantêm reféns israelenses têm uma chance de libertá-los para salvar suas vidas. E acrescentou que a libertação dos reféns tornaria o fim da guerra mais próximo: "Esta guerra pode acabar amanhã, se o Hamas depuser as armas e entregar os reféns."
Sinwar foi morto na quarta-feira durante uma patrulha de rotina que viu suspeitos entrando num edifício, o bombardeou com tanques e fez uma inspeção com drones que localizaram o terrorista, mas sua identidade só foi descoberta no dia seguinte.
Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden, que há meses tenta negociar uma trégua para troca de reféns por presos, declarou que é um "bom dia" para Israel para os EUA e para o mundo, e uma oportunidade para um acordo de paz definitivo que dê "um futuro melhor a israelenses e palestinos": "É hora de acabar com a guerra e de trazer os reféns de volta para casa", disse Biden.
O presidente da França, Emmanuel Macron, também pediu um cessar-fogo em Gaza e o fim da ofensiva de Israel no Líbano, uma antiga colônia francesa.
A proposta defendida pelos EUA e países árabes aliados prevê uma trégua para a libertação dos reféns em troca de garantias de vida para os milicianos que os entregarem e do reinício das negociações no Cairo para acabar com a guerra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário