quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Knesset critica despreparo de Israel para declaração de independência da Palestina

O governo conservador do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu "não preveniu o que poderia ser prevenido e depois não se preparou adequadamente", critica um relatório da Knesset, o Parlamento de Israel, referindo-se à declaração de independência da Palestina, que deve ser feita ainda neste mês, durante a reunião anual da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Nos últimos meses, a Comissão de Relações Exteriores do parlamento, presidida pelo ex-ministro linha-dura Shaul Mofaz, ouviu uma grande quantidade de depoimentos sobre o significado da declaração palestina, inclusive do primeiro-ministro, do ministro da Defesa, do comandante das Forças de Defesa de Israel, e dos comandantes dos serviços secretos militar, do Mossad e do Shin Bet.

A conclusão básica, noticia hoje o jornal liberal Haaretz, é que o reconhecimento internacional da independência da Palestina vai apoiar a luta pelos direitos nacionais do povo palestino e reduzir a margem de manobra de Israel, criando um problema de longo prazo para o país.

O maior risco é de uma deterioração do conflito árabe-israelense com uma escalada em todo o Oriente Médio, adverte o relatório, assinado apenas por Mofaz, porque Netanyahu pressionou os outros membros da comissão.

Se o governo conservador tivesse aceitado a proposta dos Estados Unidos para reiniciar negociações diretas com os palestinos para chegar a um acordo de paz definitivo, observa o relatório, poderia ter neutralizado a iniciativa palestina.

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