O próprio governo da Grécia admitiu ontem que sua dívida pública está numa trajetória insustentável e "fora de controle" por causa de "um aumento importante da dívida, do grande déficit público inicial e de uma profunda recessão".
Sob o peso dos cortes de gastos e aumentos de impostos exigidos pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional em troca de um empréstimo de 110 bilhões de euros (R$ 250 bilhões), a previsão agora é de uma queda de 4,5% no produto interno bruto deste ano. A expectativa anterior era de contração de 3,5%.
Esse empréstimo não foi suficiente. A Grécia negocia nova ajuda em valor equivalente. Enfrenta a resistência de Finlândia, que exige um contrato especial comprometendo os gregos a pagar diretamente aos finlandeses a parte destes no empréstimo.
A dívida grega soma hoje 350 bilhões de euros. O déficit público, de 14,69 bilhões no primeiro semestre de 2011, se tornou insustentável, conclui o relatório.
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